Por Antonio Siqueira
Quase todas as grandes famílias musicais têm heróis assim. Alguém que sem perder o contato com a raiz fundadora de determinada tipologia musical é capaz de expandir o seu leque de influências, acabando por universalizar essa linguagem.
O flamenco teve a sorte de ter o guitarrista, compositor e produtor Paco de Lucía, que morreu esta quarta-feira, aos 66 anos, de enfarte cardíaco. Estava na praia com os filhos, em Cancún, no México, onde tinha uma casa, quando se sentiu indisposto, vindo a morrer a caminho do hospital.
A cultura espanhola perdeu um dos seus pilares. Ele foi esse músico que, sem perder o contato com a essência, foi capaz de mesclar o flamenco com outras sonoridades, principalmente com o jazz ou a bossa nova, embora os blues, a salsa, a música hindu ou a música árabe também o tenham marcado. Mas não foi apenas porque revestiu exteriormente o flamenco que se tornou imortal. Nunca é apenas por isso. Paco foi o maior o virtuoso de seu tempo. A genialidade sai de cena e a sonoridade pede licença. Ouçamos como à uma prece. -.-
Paco de Lucia - Live at the Montreux Jazz Festival 2012
1 comentários:
Maravilhoso!!!
Uma grande perda para o mundo cultural. :(
Está tocando e encantando ... Agora,nas estrelas ...
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