no futebol mundial
Espanha conquista sua primeira copa do mundo com sofrimento e drama épicos.
Por Antonio Siqueira
Casillas ergue a taça
Foram necessários quase um século e mais 120 minutos de futebol para que a Espanha conquistasse seu primeiro mundial. Além do inédito título e um dos artilheiros (David Villa), a Espanha se despede da Copa com mais duas marcas: uma positiva e outra negativa. Com apenas dois gols sofridos, a Fúria se iguala a franceses e italianos como campeã com a defesa menos vazada. Entretanto, os espanhóis, conhecidos pelo futebol ofensivo, marcaram apenas oito gols, tornando-se o campeão com menor número de gols. Muito drama, muita raça e determinação, aliados a um toque de bola refinado e com a entrada providencial de Fabregas.
Uma final tensa e com a Holanda distribuindo muita porrada, assim foi a decisão da décima nona Copa do Mundo de Futebol. A Espanha cedeu ao revanchismo, o resultado foi assustador e jamais visto em uma final: um confronto marcado pelo alto número de cartões amarelos - 13, sendo oito para os holandeses. A Holanda explorou a marcação de pressão na saída de bola, no campo adversário. Muitas chances claras de gol desperdiçadas, os mais novos campeões mundiais garantiram 56% da posse de bola, nos 120 minutos do jogo, que só foi definido no segundo tempo da prorrogação.
Um título que nunca havia sido conquistado jamais viria facilmente. Ainda mais para uma seleção que sempre teve a fama de fracassar na hora H. Amarelona? Não. Sua cor é vermelha. E o título finalmente veio. Para a torcida da Espanha, pareceu que nunca viria. Noventa minutos que viraram 120. Ou melhor, 115, quando Iniesta estufou a rede e tirou da garganta um grito entalado há uma eternidade. Uma conquista com direito a 0 a 0 no tempo normal, 1 a 0 sobre a Holanda na prorrogação, desabafos, choro... A primeira Copa do Mundo na África viu nascer o oitavo campeão da história. A partir deste domingo, a Espanha pode colocar uma estrela no peito e exibir para o planeta que amarela é a cor da taça na mão dos seus jogadores.
Eu assisti a 10 copas do mundo (das 19 edições), contando com esta última que terminou a pouco na África do Sul. Lembro de todas, inclusive a primeira, a de 1974, onde surgiu o futebol total da Holanda de Rinus Michel. O que me levou a crer que o futebol era um esporte muito difícil de ser praticado. A Laranja Mecânica de Rinus Michel (e do capitão mal educado e íntimo da bola, Johan Cruyff) com aquele futebol coletivo espírita tornavam as coisas complicadas demais para a minha cabecinha de 6 anos de idade. O esquema não vingou mais e com os mesmo resultados, depois da derrota da Holanda para a Alemanha, a dona da casa em Monique. A Holanda de hoje estava decidida, bateu muito (Nunca vi uma final de copa tão violenta). Porém, concentrou as suas ações ofensivas no pé esquerdo Robben e no oportunismo de Wellers Schneider. Quase leva o título. Mas a Espanha mereceu. A Espanha buscou essa taça com determinação e raça. E RAÇA é coração, é FÚRIA. Parabéns Espanha!
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Ontem a Alemanha conquistou o terceiro lugar em jogo eletrizante e equilibradíssimo. Vitória de virada sobre o Uruguai do goleador Diego Forlan. Parabéns aos gemanicos e aos hermanos uruguaios, que foram ótimos.
Parabéns ao Luiz Felipe Leite pela excelente narração do jogo na Rádio WEB Metropole de São Paulo. O escriba que vos fala acompanhou o jogo na companhia deste jovem talentoso, estudante do oitavo periodo de jornalismo na Universidade metodista de Campinas. E com comentários muito bons de Gabriel Araújo e de Ismail Filho. O detalhe é que Luiz Felipe tem 19 anos e o Gabriel..... 14 anos. O Ismail deve ser "guri" também. Entendem e muito de futebol e jornalismo esportivo.
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Haveria um contra senso histórico muito forte se a Holanda fosse campeã mundial em uma terra que eles, os holandeses, tanto contribuiram para uma tortura étnica, para a grande segregação racial. Esquecer o que passou teve, hoje, um limite especial. E (creio eu) estamos diante deste limite.
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E o Miroslav que não arrumou nada na sua cruzada para ultrapassar Ronaldo Ex "Fenômeno" como maior artilheiro da história das copas? Ficou com 14 gols, atrás de Ronaldo, com 15 e à frente de seu compatriota, o também alemão, Gerd Muller (14 gols). Atrás também do francês Justi Fonteinne (13 gols numa só copa, a de 1958, vencida pelo Brasil)) e do Rei Pelé (12 gols). Para um atleta sem habilidade, perna de pau e limitado como o Mirus, é um feito épico.
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E o Miroslav que não arrumou nada na sua cruzada para ultrapassar Ronaldo Ex "Fenômeno" como maior artilheiro da história das copas? Ficou com 14 gols, atrás de Ronaldo, com 15 e à frente de seu compatriota, o também alemão, Gerd Muller (14 gols). Atrás também do francês Justi Fonteinne (13 gols numa só copa, a de 1958, vencida pelo Brasil)) e do Rei Pelé (12 gols). Para um atleta sem habilidade, perna de pau e limitado como o Mirus, é um feito épico.
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A Copa da África do Sul foi especial. Foi a copa dos Benue-Congo, dos Xhosa, dos Zulu, dos Swasi, dos Ndebele, dos brancos africâneres e, principalmente, a Copa de Nelson Mandela. A COPA DO MADIBA!
Aguardamos ansiosos a Copa do Mundo de 2014
6 comentários:
Mais do que justo...justíssimo! Villa, Fabregas, Puyol, Casillas....só FODÃO! VIVA LA FÚRIA!!!!
Ótimo fim de Copa aqui no seu blog, Antonioni! Parabéns pelas boas matérias e pela iniciativa. A final foi diferente e apoteótica.
abraços e até 2014
André
Parabéns à Espanha, que jogou com muita raça, técnica e habilidade.
Ainda acho que a Alemanha foi o melhor time da copa, mostrou um futebol mais bonito; mas a vitória espanhola foi justa, por tudo o que tem representado o futebol espanhol nesses últimos anos.
Holanda, apesar de ter alguns talentos individuais, e pelo seu retrospecto em copas do mundo, achei que já merecia ter uma estrelinha em sua camisa. Porém, nesta final mostrou o verdadeiro exemplo de futebol arte... marcial, com entradas violentas e desleais caracterizando assim, a final mais violenta da história... e aquela entrada de Jong com o pé no peito de Xabi Alonso, levando apenas um cartão amarelo, mostra a incompetência e a conivência da péssima arbitragem num jogo tão importante.
Premiação Completa - Copa 2010
MELHOR JOGADOR
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Bola de Ouro: Diego Forlán (Uruguai)*
Bola de Prata: Wesley Sneijder (Holanda)
Bola de Bronze: David Villa (Espanha)
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ARTILHEIRO
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Chuteira de Ouro: Thomas Müller (Alemanha) 5 gols, 3 assistências
Chuteira de Prata : David Villa (5 gols, 1 assistência)
Chuteira de Bronze: Wesley Sneijder (5 gols, 1 assistência)
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MELHOR GOLEIRO
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Iker Casillas (Espanha)
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MELHOR JOGADOR JOVEM
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Thomas Müller (Alemanha)
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FAIR PLAY
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Espanha
*Das seleções sul-americanas... apenas o Uruguai conseguiu se destacar. Além de chegar ás semifinais, o atacante Diego Forlán foi escolhido como o melhor jogador do Mundial.
Merecidamente, na minha opinião... jogou muito, foi realmente o melhor jogador do torneio.
Abraço a todos!
Se todos os comentários fossem assim; com tanta riqueza detalhes...rs. valeu a participação e etaremos aqui em 2014. Talvez em um espaço criado só para a Copa do Brasil.
abraços e gratíssimo pelas excelentes informações
Antonio Siqueira
Parabéns pelo blog e a Fúria perde agora sua fama de "amarelona". A geração espanhola é muito boa, e por isso, um título mundial seria a consagração de atletas que jogam muita bola, com um estilo rápido de jogo e que encanta quem vê.
E valeu pelos elogios da Webmetrópole.
Abs
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