sexta-feira, 8 de março de 2019
Não caberão parabéns no dia 8 de março até que seja reparada toda a desigualdade entre homens e mulheres
Por Élida Ramirez
Por aqui, ela começa com sutileza na infância, quando se presenteia as meninas com panelinhas e vassouras e os meninos com pipas e aviões — brinquedos que denunciam as possibilidades de cada papel. Muitas vezes, as meninas são condenadas a ser exclusivamente cuidadoras. Da casa, dos homens da família, dos mais fracos e de todas as necessidades do entorno. Exceto delas mesmas. Por outro lado, aos meninos é oferecida a chance de viver seus voos, naquele céu lúdico e no seu real, empinando sonhos. Nasce desse descuido uma possível educação sexual castradora para elas x caçadora para eles.
E serve de lembrança das conquistas políticas e sociais como combustível para seguir avançando em busca de direitos iguais aos dos homens. Tomo emprestadas as palavras da socióloga Eva Blay, uma das pioneiras nos estudos sobre os direitos das mulheres no País, para encerrar no texto uma discussão que deve ser permanente: “Esse dia tem uma importância histórica porque levantou um problema que não foi resolvido até hoje. A desigualdade de gênero permanece. As condições ainda são piores para as mulheres. Já faz mais de cem anos que isso foi levantado, e é bom a gente continuar reclamando de modo organizado e combativo, porque os problemas persistem. Historicamente, isso é fundamental”.
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1 comentários:
Sem palavras!
Verdadeiro e consciente, o que andamos precisando muito: bom senso.
Lúcia
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