quarta-feira, 20 de janeiro de 2016

Carta ao Pequeno Príncipe

Por Fernando Figueiredo


@Art_Animation






















Caro príncipe,  como vai? Não,  você não me conhece,  mas eu, se me permite a ousadia,  posso dizer que lhe conheço e muito bem, uma vez que fui apresentado ao universo da leitura através das suas palavras.

Mas hoje,  príncipe, preciso discordar de algumas delas, compreendi, depois de algumas idas e vindas, mas idas do que vindas devo dizer, que não suportaria ser responsável por tudo aquilo que cativo, assim como as outras pessoas também não são responsáveis pelo que cativam em mim.

Este velho coração,  príncipe,  já teve a sua dose de infortúnios, e não pode agora ter que suportar o que cativa nos outros, que não o cativaram de volta, ainda mais eternamente.
Desculpe o desabafo, príncipe, mas não quero mais ser cativo de ninguém,  nem cativar ninguém,  se isso não me fizer bem.

Meu amigo, posso te chamar assim príncipe? Vamos combinar assim, eu serei responsável pelo que cativar, na justa medida, que for cativado de volta e pelo tempo que durar.

P.S. Não me queira mal, príncipe, nem tudo está perdido,  afinal, o essencial continua invisível aos olhos.


*Fernando Figueiredo é jornalista formado no Centro Universitário Plínio Leite, pensador nas horas vagas e amigo deste blog



Cabe música:



3 comentários:

Anônimo disse...

Na justa medida ou não,“Tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas.”
Talvez a frase mais famosa do livro. É uma assertiva que dispensa explicação. Toda e qualquer fala seria inútil. Se quiseres compreender, exercita-te. Cativa! E cativa-te primeiro a ti. Só assim dimensionarás a responsabilidade de tudo aquilo que é eterno.

Anônimo disse...

Perfeito. Somos falhos sim e cativaremos o que pudermos.

Marcelo

Anônimo disse...

Viajei nesta carta.
Tudo a ver.

M.P.L.Z

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