Insensato Epílogo
Por Antonio Siqueira
Eu estou tão cansado
o convívio com a mentira aprisiona o espírito
Já me faltam as palavras
As que saboreio entre os dissabores
Da minha própria loucura
Já não sinto o meu corpo
As vogais consomem-no
Desfalecem em parcas consoantes
Ficaram tantas frases no passado
Que já não consigo escrever,
Falta-me força
As mãos trêmulas
O que meu insano olhar constrói
O que meu pensamento rejeita.
9 comentários:
que beleza, queridamigo.
queria ter escrito este: ando me sentindo igual. ;)
beijo e beijo.
Por que será que a poesia sofrida é sempre mais bonita? Amigo poeta, homem das palavras anestesiantes.
Amor é tudo que move, amigo. Saiamos para fazer som! Isso diminui todas as dores possíveis.
Alex Freitas
Forjar a dor, transformando-a em poema, é um tipo de terapia que faz bem a quem dói, seja o autor ou ao leitor. E todo mundo entende a linguagem da dor, ela é a substância mais universal que pode haver.
Daí eu tenho que dizer: Que bom que você escreveu isso, Antonio. E também: Que pena que você escreveu isso, Antonio. Se eu pudesse, poupava todos os que amo, sempre.
Beijo grande!
Meu irmão carioca e único. Lindo e triste, mas as coisas tristes são escritas com amor e isso eu sei que você tem em abundância e para o mundo. Vou fazer uma conta gmail só para poder postar aqui com a minha cara, pois seguir com yahoo não está vencendo.
Adoro você
Luana BH
Os melhores textos nascem da dor e da indignação. A própria História da Humanidade se manifesta mais interessante e atrativa nas tragédias, então: fodamonos sempre...não é?
Celso Lins, que sabe o que é dor e prazer na mesma intensidade.
PS: O comentário anterior saiu de "zica", hehehe
Marcia, vc é poetisa de ofício...um primor!
Nálu: Você é verdadeira festa literária com talento e fibra inigualáveis.
Magda: Vamos conseguir aquilo tudo que me dissestes agora ao tel e com sobras.
Alex: Vamos nos encontrar no estúdio amanhã. Já mandei um mail confirmando minha presença.
Luaninha: Quando estive em BH para compromisso familiar em 2006 e conheci vc e sua family crazy, vc me mostrou que o mundo virtual pode ser caloroso, também, com os pés no chão.
Celso: Vá tomar um banho pra vc ir pra Teresópolis, pois a noite já caiu e não aguento mais seu bafo de café expresso....hehehe...seu comentário tá perfeito, amigo.
em suma: AMO VOCÊS!
Antonioni, que na essência é o homem mais feliz da terra.
Aqui em Colonia a tarde cai para a noite, muito triste e fria... cinzenta... deve chover. Esse poema é a cara de um tempo em que você escrevia compulsivamente a procura da letra que se encaixasse na metáfora das harmonias que criavamos. Que bom que você ainda arrisca, Antonio. Gostei muito.
Dayana
Postar um comentário
Diga-me algo