quinta-feira, 30 de setembro de 2010
terça-feira, 28 de setembro de 2010
A Arte de cultivar o que é Vital para a harmonia e a felicidade de existirmos
Estas são as primeiras fotos do que vai tomando formas de orquidário, cultivado com o talento e o carinho do meu amigo Celso Lins. Destaco aqui as catleeyas lindíssimas... As estufas estão repletas de 11 espécies diferentes de orquídeas e o clima propenso adicionados à beleza do local, contribuem enormemente para o êxito do projeto do futuro Orquidário Regina.
Se você está em Teresópolis, vai visitar a cidade ou conhece a aptidão e a paixão de nosso amigo pelas belas laelias purpuratas, não deixe de visita-lo. O orquidário fica na Est. Teresópolis-Friburgo, 5540, no belíssimo Bairro Albuquerque em Teresópolis. O amor do homem pela natureza é a essência vital para o que ainda sobrevive em nossa existência.
catlleya leoa |
catlleya real |
Phalaenopsis |
catlleya lilás |
Fotos: Antonio Siqueira
sábado, 25 de setembro de 2010
Retorno à musica de qualidade para um começo de sábado sublíme...
O compositor Daniel Figueiredo, exímio guitarrista, é o criador do ECO PEACE FROM MUSIC NATION PROJECT, que pelo próprio título já fala por si só.
É muito bom também observar um artista como Flávio Venturini retornando às suas origens e às suas mais profundas vertentes e raízes. Vale a pena assistir e ouvir esse belíssimo clipe de Daniel Figueiredo com a participação do compositor mineiro Flávio Venturini e mais um grande time de nomes consagrados da Word Music:
É muito bom também observar um artista como Flávio Venturini retornando às suas origens e às suas mais profundas vertentes e raízes. Vale a pena assistir e ouvir esse belíssimo clipe de Daniel Figueiredo com a participação do compositor mineiro Flávio Venturini e mais um grande time de nomes consagrados da Word Music:
Eco Peace" from Musical Nation Project"
MUSICAL NATION PROJECT: FRANK COLÓN (percussion and arrangement) USA DANIEL FIGUEIREDO (nylon guitar, electric guitar, keys, programming and arrangement) Brazil Featuring: FLÁVIO VENTURINI (piano and voice) Brazil LINUS WYRSCH (clarinet) Switzerland MARIO RODRIGUEZ (bass) Uruguay DIOGO BARCELLOS (recording, mixing and mastering) MAURÍCIO HERSZ (recording) RICARDO DIAS (piano recording) BIA ESCOBAR (piano recording assistant)
"Dois amantes felizes não têm fim nem morte,
nascem e morrem tantas vezes enquanto vivem...
são eternos como é a natureza." Pablo Neruda
nascem e morrem tantas vezes enquanto vivem...
são eternos como é a natureza." Pablo Neruda
quinta-feira, 23 de setembro de 2010
Notas Vitais - Por Antonio Siqueira
Fenômeno estranho, porém real
Acho, há tempos, que o fenômeno Lula deveria ser motivo de estudos, palestras, teses e outras "antropologilancias". É algo passível de reflexão, de um pensamento profundo e que já está mexendo com a cabeça de gente que pensa. Gente como Arnaldo Jabour, por exemplo. Jabor abordou o tema em sua resenha das terças-feiras, no Caderno de Cultura do Jornal O Estado de São Paulo no perfeito e lúcido texto; Lula é um Fenômeno Religioso.
De um lado, temos a candidatura Dilma Rousseff. Inteiramente novata em campanhas eleitorais nacionais, talvez tenha sido escolhida pelo presidente Lula num gesto de vaidade. Seria a prova de que sua extraordinária popularidade é fato...é real. Gerada por um eleitorado mal alfabetizado, como ele próprio, e apolitico. Poularidade essa, gerada por uma politica de assistêncialismo, uma elegia, uma odê à esmola, o que representa o nosso dízimo público.
Um fenômeno complicado de se explicar |
Lula parece ir além: está mostrando o poder de transferir a sua popularidade para quem bem entender. Até mesmo para uma mulher. Está certo que no mundo de hoje, mulher chefiando governo deixou de ser raridade no planeta. No Brasil, fora um ou outro caso regional, é experiência inédita. Em princípio, bem-vinda.
Barraco no feudo
Moradores de quatro edifícios da Rua Timóteo da Costa, no Alto Leblon, entraram com ação conjunta contra um morador da Rua Codajás, no Jardim Pernambuco, que há um ano joga gelo ou ovos, ou o que estiver sobrando na geladeira, nas janelas dos seus vizinhos. Os sobrenomes envolvidos são poderosos, o IPTU dos barraqueiros é altíssimo, e nada foi resolvido até agora, apesar das queixas registradas na 14ª DP. O advogado dos reclamantes é Técio Lins e Silva. Que coisa, não?
Dica para minha amiga
Ela deve saber, mas não custa tocar no assunto, aproveitando o adendo para incrementar a agenda cultural do Arte Vital: Em comemoração aos dez anos da Escola Portátil de Musica, o instituto Casa do Choro e a Funarte apresentam o V Festival Nacional de Choro, que vai acontecer entre outubro e novembro, com oficina para novos músicos em Belém, Belo Horizonte, Brasília, São Luiz e Porto Alegre. Confirmando as datas, postarei neste blog, certo minha querida Áurea Alves?
Estréia nesta sexta-feira a continuação de Wall Street
"O Dinheiro Nunca Dorme": estréia mundial nesta sexta-feira |
Gordon Gekko, o lendário vilão de Wall Street vivido por Michael Douglas, deixa a prisão após cumprir sentença de oito anos por fraudes e lavagem de dinheiro. O ano é 2001. Do carcereiro, recebe de volta um celular "tijolão", um relógio de ouro Cartier, um anel de brasão, uma carteira (sem dinheiro) e uma gravata de seda, relíquias de seu passado glamoroso. Do lado de fora, ninguém o espera. Envelhecido, maltratado, despido de poder, tem um caminho sombrio pela frente e muitas reconsiderações.
O novo filme de Oliver Stone, "Wall Street - O dinheiro nunca dorme", tem estreia mundial nesta sexta-feira, 23 anos após o estrondoso sucesso de "Wall Street - Poder e cobiça" cunhar o bordão "greed is good" (ganância é bom). Os tempos são outros para Wall Street, e também para Michael Douglas, que, aos 65 anos, luta contra um câncer na garganta.
Essa é a grande dica para o weekend, meus diletos leitores!
O prazer me chama; pudim de leite!!!
terça-feira, 21 de setembro de 2010
Há exatos 150 anos, morria o Filósofo Arthur Schopenhauer
O Universo Filósofico
de Arthur Schopenhauer
Por Antonio Siqueira
Em 21 de setembro de 1860, há exatos 150 anos, morria em Berlim o filósofo alemão Arthur Schopenhauer. Seu legado é profundo. Causou gigantesca influencia em pensadores com Frederic Nitzche e Sigmund Freud. Contra o obscurantismo pedante de filósofos do seu tempo, que muitas vezes servia apenas para camuflar a imensa falta de conteúdo, Schopenhauer transmitiu sua mensagem de forma bastante clara.
O ponto de partida do pensamento de Schopenhauer encontra-se na filosofia kantiana. Immanuel Kant (1724 – 1804) estabelecera distinção entre os fenômenos e a coisa-em-si (que chamou noumenon), isto é, entre o que nos aparece e o que existiria em si mesmo. A coisa-em-si (noumenon) não poderia, segundo Kant, ser objeto de conhecimento científico, como até então pretendera a metafísica clássica. A ciência restringir-se-ia, assim, ao mundo dos fenômenos, e seria constituída pelas formas a priori da sensibilidade (espaço e tempo) e pelas categorias do entendimento. Dessas distinções, Schopenhauer concluiu que o mundo não seria mais do que representações, entendidas por ele, num primeiro momento, como síntese entre o subjetivo e o objetivo, entre a realidade exterior e a consciência humana. Como afirma em O Mundo como Vontade e Representação, “por mais maciço e imenso que seja este mundo, sua existência depende, em qualquer momento, apenas de um fio único e delgadíssimo: a consciência em que aparece”.
“Um homem vale por aquilo que sua conduta evidencia, não ao que agrada uma língua solta dizer sobre ele.” Essa constatação anda muito ignorada no país das bravatas, da crueldade publica e dos equívocos político-sociais. Schopenhauer doou luz a um tempo de hipocrisia. O próprio Freud reconheceu a importância das idéias de Schopenhauer; em um de seus escritos afirma que certas considerações sobre a loucura, encontradas no Mundo como Vontade e Representação, poderiam "rigorosamente, sobrepor-se à doutrina da repressão".
Transcrevo aqui algumas frases que mudaram o pensamento moderno e jogaram alguma clarividencia no universo filosofico de seu tempo. No sistema de Schopenhauer, a vontade é a raiz metafísica do mundo e da conduta humana; ao mesmo tempo, e a fonte de todos os sofrimentos. O tempo é o melhor amigo das artes, das expressões e do pensamento:
"A nossa felicidade depende mais do que temos nas nossas cabeças, do que nos nossos bolsos."
"Quanto menos inteligente um homem é, menos misteriosa lhe parece a existência."
"A música exprime a mais alta filosofia numa linguagem que a razão não compreende."
"A solidão é a sorte de todos os espíritos excepcionais."
"O dinheiro é uma felicidade humana abstrata; por isso aquele que já não é capaz de apreciar a verdadeira felicidade humana, dedica-se completamente a ele."
"Nas pessoas de capacidade limitada, a modéstia não passa de mera honestidade, mas em quem possui grande talento, é hipocrisia."
"Ninguém é realmente digno de inveja, e tantos são dignos de lástima!"
"O amor é a compensação da morte."
"Vista pelos jovens, a vida é um futuro infinitamente longo; vista pelos velhos, um passado muito breve."
"Da árvore do silêncio pende seu fruto, a paz."
Sua sensualidade espiritual, sua doutrina - que era vida - segundo a qual conhecimento, pensamento,
filosofia não são apenas ocupação de cabeça,
mas do homem inteiro coração e sentidos.
O que dele faz um artista,
tudo isso pode ajudar a produzir uma humanidade
que ultrapassa a aridez da razão e a desertificação do instinto. Porque sempre,
companheiro do homem na jornada que penosamente o conduz a si mesmo, a arte atinge primeiro o objetivo.
É vital e cotumaz...é a essência.
de Arthur Schopenhauer
Por Antonio Siqueira
Em 21 de setembro de 1860, há exatos 150 anos, morria em Berlim o filósofo alemão Arthur Schopenhauer. Seu legado é profundo. Causou gigantesca influencia em pensadores com Frederic Nitzche e Sigmund Freud. Contra o obscurantismo pedante de filósofos do seu tempo, que muitas vezes servia apenas para camuflar a imensa falta de conteúdo, Schopenhauer transmitiu sua mensagem de forma bastante clara.
O ponto de partida do pensamento de Schopenhauer encontra-se na filosofia kantiana. Immanuel Kant (1724 – 1804) estabelecera distinção entre os fenômenos e a coisa-em-si (que chamou noumenon), isto é, entre o que nos aparece e o que existiria em si mesmo. A coisa-em-si (noumenon) não poderia, segundo Kant, ser objeto de conhecimento científico, como até então pretendera a metafísica clássica. A ciência restringir-se-ia, assim, ao mundo dos fenômenos, e seria constituída pelas formas a priori da sensibilidade (espaço e tempo) e pelas categorias do entendimento. Dessas distinções, Schopenhauer concluiu que o mundo não seria mais do que representações, entendidas por ele, num primeiro momento, como síntese entre o subjetivo e o objetivo, entre a realidade exterior e a consciência humana. Como afirma em O Mundo como Vontade e Representação, “por mais maciço e imenso que seja este mundo, sua existência depende, em qualquer momento, apenas de um fio único e delgadíssimo: a consciência em que aparece”.
“Um homem vale por aquilo que sua conduta evidencia, não ao que agrada uma língua solta dizer sobre ele.” Essa constatação anda muito ignorada no país das bravatas, da crueldade publica e dos equívocos político-sociais. Schopenhauer doou luz a um tempo de hipocrisia. O próprio Freud reconheceu a importância das idéias de Schopenhauer; em um de seus escritos afirma que certas considerações sobre a loucura, encontradas no Mundo como Vontade e Representação, poderiam "rigorosamente, sobrepor-se à doutrina da repressão".
Transcrevo aqui algumas frases que mudaram o pensamento moderno e jogaram alguma clarividencia no universo filosofico de seu tempo. No sistema de Schopenhauer, a vontade é a raiz metafísica do mundo e da conduta humana; ao mesmo tempo, e a fonte de todos os sofrimentos. O tempo é o melhor amigo das artes, das expressões e do pensamento:
"A nossa felicidade depende mais do que temos nas nossas cabeças, do que nos nossos bolsos."
"Quanto menos inteligente um homem é, menos misteriosa lhe parece a existência."
"A música exprime a mais alta filosofia numa linguagem que a razão não compreende."
"A solidão é a sorte de todos os espíritos excepcionais."
"O dinheiro é uma felicidade humana abstrata; por isso aquele que já não é capaz de apreciar a verdadeira felicidade humana, dedica-se completamente a ele."
"Nas pessoas de capacidade limitada, a modéstia não passa de mera honestidade, mas em quem possui grande talento, é hipocrisia."
"Ninguém é realmente digno de inveja, e tantos são dignos de lástima!"
"O amor é a compensação da morte."
"Vista pelos jovens, a vida é um futuro infinitamente longo; vista pelos velhos, um passado muito breve."
"Da árvore do silêncio pende seu fruto, a paz."
Sua sensualidade espiritual, sua doutrina - que era vida - segundo a qual conhecimento, pensamento,
filosofia não são apenas ocupação de cabeça,
mas do homem inteiro coração e sentidos.
O que dele faz um artista,
tudo isso pode ajudar a produzir uma humanidade
que ultrapassa a aridez da razão e a desertificação do instinto. Porque sempre,
companheiro do homem na jornada que penosamente o conduz a si mesmo, a arte atinge primeiro o objetivo.
É vital e cotumaz...é a essência.
O ARTE VITAL de cara nova...
“a imagem principal é resultado da manipulação sobre fotografia de Antonio Siqueira.” Essa é a frase que credita a Mariza Lourenço o layout deste blog. Não só deste layout, como também o anterior, com a obra-prima “A Criação de Adão” de Michelangelo di Lodovico Buonarroti Simoni, pintor, escultor, poeta, arquiteto italiano e um dos maiores nomes do Renascimento. Mariza Lourenço é escritora, advogada, mãe de Felipe e Camilla, minha namorada e uma das melhores web designers em atividade. Obrigado pelo fantástico presente, Marizinha. Está lindo demais isso aqui. A Arte é Vital e você, querida, é vital para que essa mesma arte floresça.
Antonio Siqueira
Antonio Siqueira
Prognóstico
Mariza Lourenço
Sete romãs
Duas velas brancas apagadas
Sete ondas puladas
Doze caroços de uva.
Uma oração bem feita
Esparramada num pote de mel.
Durante o ano
Nada demais.
Nem a falta
Tão dolorida.
Só meu coração e eu.
Só ele
desmanchado num pedaço
Virgem de papel
quinta-feira, 16 de setembro de 2010
Revista "Germina Literatura": Literatura e Arte em um Espaço Virtual luxuoso...
A maioria dos leitores que passam aqui pelo Arte Vital já conhecem a Revista GERMINA LITERATURA que conta com a participação e colaboração dos melhores escritores do país. Essa conceituada publicação é produzida e editada pelas poderosas e talentosas escritoras, Mariza Lourenço e Silvana Guimarães e esta belíssima edição de setembro conta com a participação deste humilde escriba e blogueiro, com um artigo sobre o álbum revolucionário The dark Side of the moom da banda inglesa, Pink Floyd e uma ótima entrevista com a jovem e excelente cantora e compositora brasiliense, Lidi Satier.
...uma excelente leitura a todos
"A literatura é o pensamento dos espíritos que pensam."
(Thomas Carlyle)
"A literatura é o pensamento dos espíritos que pensam."
(Thomas Carlyle)
quarta-feira, 15 de setembro de 2010
Com a palavra...
CONSUMO, LOGO EXISTO
Por Frei Betto
Ao visitar em agosto a admirável obra social de Carlinhos Brown, no Candeal, em Salvador, ouvi-o contar que na infância, vivida ali na pobreza, ele não conheceu a fome. Havia sempre um pouco de farinha, feijão, frutas e hortaliças. "Quem trouxe a fome foi a geladeira", disse. O eletrodoméstico impôs à família a necessidade do supérfluo: refrigerantes, sorvetes etc. A economia de mercado, centrada no lucro e não nos direitos da população, nos submete ao consumo de símbolos. O valor simbólico da mercadoria figura acima de sua utilidade. Assim, a fome a que se refere Carlinhos Brown é inelutavelmente insaciável.
É próprio do humano - e nisso também nos diferenciamos dos animais - manipular o alimento que ingere. A refeição exige preparo, criatividade, e a cozinha é laboratório culinário, como a mesa é missa, no sentido litúrgico.
A ingestão de alimentos por um gato ou cachorro é um atavismo desprovido de arte. Entre humanos, comer exige um mínimo de cerimônia: sentar à mesa coberta pela toalha, usar talheres, apresentar os pratos com esmero e, sobretudo, desfrutar da companhia de outros comensais. Trata-se de um ritual que possui rubricas indeléveis. Parece-me desumano comer de pé ou sozinho, retirando o alimento diretamente da panela.
Marx já havia se dado conta do peso da geladeira. Nos "Manuscritos econômicos e filosóficos" (1844), ele constata que "o valor que cada um possui aos olhos do outro é o valor de seus respectivos bens. Portanto, em si o homem não tem valor para nós." O capitalismo de tal modo desumaniza que já não somos apenas consumidores, somos também consumidos. As mercadorias que me revestem e os bens simbólicos que me cercam é que determinam meu valor social. Desprovido ou despojado deles, perco o valor, condenado ao mundo ignaro da pobreza e à cultura da exclusão.
Para o povo maori da Nova Zelândia cada coisa, e não apenas as pessoas têm alma. Em comunidades tradicionais de África também se encontra essa interação matéria-espírito. Ora, se dizem a nós que um aborígene cultua uma árvore ou pedra, um totem ou ave, com certeza faremos um olhar de desdém. Mas quantos de nós não cultuam o próprio carro, um determinado vinho guardado na adega, uma jóia?
Assim como um objeto se associa a seu dono nas comunidades tribais, na sociedade de consumo o mesmo ocorre sob a sofisticada égide da grife. Não se compra um vestido, compra-se um Gaultier; não se adquire um carro, e sim uma Ferrari; não se bebe um vinho, mas um Château Margaux. A roupa pode ser a mais horrorosa possível, porém se traz a assinatura de um famoso estilista a gata borralheira transforma-se em cinderela…
Somos consumidos pelas mercadorias na medida em que essa cultura neoliberal nos faz acreditar que delas emana uma energia que nos cobre como uma bendita unção, a de que pertencemos ao mundo dos eleitos, dos ricos, do poder. Pois a avassaladora indústria do consumismo imprime aos objetos uma aura, um espírito, que nos transfigura quando neles tocamos. E se somos privados desse privilégio, o sentimento de exclusão causa frustração, depressão, infelicidade.
Não importa que a pessoa seja imbecil. Revestida de objetos cobiçados, é alçada ao altar dos incensados pela inveja alheia. Ela se torna também objeto, confundida com seus apetrechos e tudo mais que carrega nela mas não é ela: bens, cifrões, cargos etc.
Comércio deriva de "com mercê", com troca. Hoje as relações de consumo são desprovidas de troca, impessoais, não mais mediatizadas pelas pessoas. Outrora, a quitanda, o boteco, a mercearia, criavam vínculos entre o vendedor e o comprador, e também constituíam o espaço das relações de vizinhança, como ainda ocorre na feira.
Agora o supermercado suprime a presença humana. Lá está a gôndola abarrotada de produtos sedutoramente embalados. Ali, a frustração da falta de convívio é compensada pelo consumo supérfluo. "Nada poderia ser maior que a sedução" - diz Jean Baudrillard - "nem mesmo a ordem que a destrói." E a sedução ganha seu supremo canal na compra pela internet. Sem sair da cadeira o consumidor faz chegar à sua casa todos os produtos que deseja.
Vou com freqüência a livrarias de shoppings. Ao passar diante das lojas e contemplar os veneráveis objetos de consumo, vendedores se acercam indagando se necessito algo. "Não, obrigado. Estou apenas fazendo um passeio socrático", respondo. Olham-me intrigados. Então explico: Sócrates era um filósofo grego que viveu séculos antes de Cristo. Também gostava de passear pelas ruas comerciais de Atenas. E, assediado por vendedores como vocês, respondia: "Estou apenas observando quanta coisa existe de que não preciso para ser feliz".
* Frei Betto é uma das vozes mais ativas pela justiça social na América Latina.
Por Frei Betto
Ao visitar em agosto a admirável obra social de Carlinhos Brown, no Candeal, em Salvador, ouvi-o contar que na infância, vivida ali na pobreza, ele não conheceu a fome. Havia sempre um pouco de farinha, feijão, frutas e hortaliças. "Quem trouxe a fome foi a geladeira", disse. O eletrodoméstico impôs à família a necessidade do supérfluo: refrigerantes, sorvetes etc. A economia de mercado, centrada no lucro e não nos direitos da população, nos submete ao consumo de símbolos. O valor simbólico da mercadoria figura acima de sua utilidade. Assim, a fome a que se refere Carlinhos Brown é inelutavelmente insaciável.
É próprio do humano - e nisso também nos diferenciamos dos animais - manipular o alimento que ingere. A refeição exige preparo, criatividade, e a cozinha é laboratório culinário, como a mesa é missa, no sentido litúrgico.
A ingestão de alimentos por um gato ou cachorro é um atavismo desprovido de arte. Entre humanos, comer exige um mínimo de cerimônia: sentar à mesa coberta pela toalha, usar talheres, apresentar os pratos com esmero e, sobretudo, desfrutar da companhia de outros comensais. Trata-se de um ritual que possui rubricas indeléveis. Parece-me desumano comer de pé ou sozinho, retirando o alimento diretamente da panela.
Marx já havia se dado conta do peso da geladeira. Nos "Manuscritos econômicos e filosóficos" (1844), ele constata que "o valor que cada um possui aos olhos do outro é o valor de seus respectivos bens. Portanto, em si o homem não tem valor para nós." O capitalismo de tal modo desumaniza que já não somos apenas consumidores, somos também consumidos. As mercadorias que me revestem e os bens simbólicos que me cercam é que determinam meu valor social. Desprovido ou despojado deles, perco o valor, condenado ao mundo ignaro da pobreza e à cultura da exclusão.
Para o povo maori da Nova Zelândia cada coisa, e não apenas as pessoas têm alma. Em comunidades tradicionais de África também se encontra essa interação matéria-espírito. Ora, se dizem a nós que um aborígene cultua uma árvore ou pedra, um totem ou ave, com certeza faremos um olhar de desdém. Mas quantos de nós não cultuam o próprio carro, um determinado vinho guardado na adega, uma jóia?
Assim como um objeto se associa a seu dono nas comunidades tribais, na sociedade de consumo o mesmo ocorre sob a sofisticada égide da grife. Não se compra um vestido, compra-se um Gaultier; não se adquire um carro, e sim uma Ferrari; não se bebe um vinho, mas um Château Margaux. A roupa pode ser a mais horrorosa possível, porém se traz a assinatura de um famoso estilista a gata borralheira transforma-se em cinderela…
Somos consumidos pelas mercadorias na medida em que essa cultura neoliberal nos faz acreditar que delas emana uma energia que nos cobre como uma bendita unção, a de que pertencemos ao mundo dos eleitos, dos ricos, do poder. Pois a avassaladora indústria do consumismo imprime aos objetos uma aura, um espírito, que nos transfigura quando neles tocamos. E se somos privados desse privilégio, o sentimento de exclusão causa frustração, depressão, infelicidade.
Não importa que a pessoa seja imbecil. Revestida de objetos cobiçados, é alçada ao altar dos incensados pela inveja alheia. Ela se torna também objeto, confundida com seus apetrechos e tudo mais que carrega nela mas não é ela: bens, cifrões, cargos etc.
Comércio deriva de "com mercê", com troca. Hoje as relações de consumo são desprovidas de troca, impessoais, não mais mediatizadas pelas pessoas. Outrora, a quitanda, o boteco, a mercearia, criavam vínculos entre o vendedor e o comprador, e também constituíam o espaço das relações de vizinhança, como ainda ocorre na feira.
Agora o supermercado suprime a presença humana. Lá está a gôndola abarrotada de produtos sedutoramente embalados. Ali, a frustração da falta de convívio é compensada pelo consumo supérfluo. "Nada poderia ser maior que a sedução" - diz Jean Baudrillard - "nem mesmo a ordem que a destrói." E a sedução ganha seu supremo canal na compra pela internet. Sem sair da cadeira o consumidor faz chegar à sua casa todos os produtos que deseja.
Vou com freqüência a livrarias de shoppings. Ao passar diante das lojas e contemplar os veneráveis objetos de consumo, vendedores se acercam indagando se necessito algo. "Não, obrigado. Estou apenas fazendo um passeio socrático", respondo. Olham-me intrigados. Então explico: Sócrates era um filósofo grego que viveu séculos antes de Cristo. Também gostava de passear pelas ruas comerciais de Atenas. E, assediado por vendedores como vocês, respondia: "Estou apenas observando quanta coisa existe de que não preciso para ser feliz".
* Frei Betto é uma das vozes mais ativas pela justiça social na América Latina.
segunda-feira, 13 de setembro de 2010
Arte Vital na sua cozinha
Cozinhar é uma arte especial
Por Antonio Siqueira
É para ser feito com amor e muito carinho. A alquimia perfeita; cozinhar para quem se ama faz bem para o espírito e para auto estima. Tirar um domingo para agradar a cara metade com um Fettuccine à Romana não é para qualquer um, preparar essa delicia 100% italiana e comer com quem se ama, regado a um belo vinho branco.O Fettuccine Existe praticamente, desde que Marco Polo descobriu que chinês fazia macarrão e o trouxe para a Europa na volta de sua viagem a China das Dinastias. Marco Polo descobriu e surrupiou o Lamen, o miojo de hoje. Tão instantâneo quanto essa meleca grudenta que comemos quando nos desesperamos por apenas saciar a fome. Com vocês, o fettuccine que eu vou preparar para a Marizinha, minha metade mais cara:
Fettuccine à romana
100 gramas de espaguete/fetuccine
50 gramas de lulas limpas com cabeças
100 gramas de polvo
50 gramas de mexilhões
200 ml de azeite de oliva
5 camarões médios
8 cubos de badejo
Alho, cebola, sal, pimenta do reino
Cheiro verde
1 tomate
Lave o polvo e coloque-o para cozinhar com temperos por duas horas em fogo médio. Retire o povo da água e reserve. Corte o polvo em pequenos pedaços. Em uma frigideira doure a cebola, o alho no azeite de oliva. Junte a lula e doure por um minuto. Acrescente os camarões, os mexilhões, o badejo e por último o polvo. Junte o tomate em cubo. Sem pele e semente. Junte a massa e mexa bem. Salpique queijo ralado fresco e leve ao forno medio por 10 minutos. Sirva ao seu amor e bonapetit.
Eu acho que é afrodisíaco. Depois vocês confirmam comentando aqui. Não esqueçam de pôr uma musiquinha da Annie Lennox.
Abraços para quem é de abraços e beijos para quem é de beijo.
sábado, 11 de setembro de 2010
Onde você estava na hora dos Atentados de 11 de Setembro?
The Black Tuesday 9 anos depois
Por Antonio Siqueira
O mundo humano complicou-se ainda mais, graças a uma serie de acontecimentos que antecederam e sucederam os eventos de 11 de Setembro de 2001. Exatamente às 8:30 AM, _10:30 AM em Brasília_ o primeiro Boeing da America Air Lines se chocava contra uma das Torres Gêmeas de Manhatam. Eu acordava naquele exato momento, com Carlos Nascimento, nesta época ainda na equipe “Global” de jornalismo, anunciando que “... um mono motor acaba de se chocar contra o Word Trade Center...”. 15 minutos depois o segundo avião explodiria na Torre Sul, revelando para o mundo, a nova faceta do terrorismo islâmico.
Se não foi a maior tragédia da história, foi a de maior impacto. Tudo como o planejado; a transmissão em tempo real, simultâneas às ações dos terroristas suicidas. O desespero, o caos, pessoas correndo, forças de segurança tentando organizar resgates desesperados que custaram centenas de vidas, a queda das torres norte e sul. A destruição parcial do Pentágono. Mais de 350 bombeiros e policiais perderam suas vidas. O número total de mortos nos ataques foi 2 996 pessoas, incluindo os 19 seqüestradores. A esmagadora maioria das vítimas era civil, incluindo, cidadãos de mais de 70 países. Além disso, há pelo menos um óbito secundário - uma pessoa foi descartada da contagem por um médico legista, pois teria morrido por doença pulmonar devido à exposição à poeira do colapso do World Trade Center.
Em 2001, Barack Obama era tão desconhecido que não havia sido citado por nenhuma publicação brasileira. Hillary ainda era apenas a mulher de Bill Clinton. Yasser Arafat liderava os palestinos. A Intifada se intensificava. Saddam Hussein vivia ignorado e enfraquecido no Iraque, sendo lembrado apenas em episódios de South Park. Um moderado, para os padrões do regime de Teerã, governava o Irã. A Síria ainda ocupava o Líbano. Fernando Henrique Cardoso estava na Presidência do Brasil. Obviamente, na Venezuela, já era Hugo Chávez. O papa era João Paulo II. Em 2001, 11 de Setembro era apenas a data do golpe militar no Chile.
Onze dias depois da queda das torres, Gore Vidal, jornalista, romancista, ensaísta e um dos principais intelectuais dos EUA; publicava seu primeiro artigo sobre os atentados. No texto “Algo de Novo na Terça-Feira Negra”, Vidal aborda temas polêmicos que conspiram contra as versões, tanto do ataque realizado pelos japoneses a Pearl Harbor, quanto o próprio 11 de Setembro. Recentemente foi chamado de “velho Gaga” em matéria de Veja, assinada por Reinaldo Azevedo. Reinaldo Azevedo, como analista internacional é um excelente hipócrita. Filhote de uma imprensa velha e mecanizada. Esse cidadão seria, numa revista séria, a última pessoa designada a comentar sobre o fato e tampouco criticar o genial romancista, respeitado em todas as línguas, etnias e raças.
Michael Moore, jornalista e repórter norte-americano, sentiu a necessidade de investigar o fato, já que havia muita obscuridade nas declarações do presidente George W. Bush. De posse de provas, documentos e depoimentos e raciocínio lógico, produziu o documentário “Fahrenheit 11 de setembro”, apresentando uma visão diacrônica que prova o envolvimento do presidente dos EUA em relações comerciais com os Bin Laden e, vai mais além, explicando que a “guerra contra o terror” era apenas uma manobra publicitária para expandir seus negócios na área de armamentos e utensílios de uso militar. O título do filme faz referência ao livro Fahrenheit 451 (233°C, que representa a temperatura que arde o papel), escrito em 1953 por Ray Bradbury, e também aos atentados de 11 de setembro de 2001, já que "11/9" se escreve "9/11" nos países de língua inglesa.
Terry Jones, pastor da pequena igreja Dove World Outreach Center, em Gainesville, uma cidade universitária da Flórida, convocou a imprensa para frente do templo, onde anunciou a desistência de fazer a grande merda do século. Não é surpresa que, às vésperas de completar 9 anos desta tragédia de proporções planetária, um imbecil irresponsável resolvesse incendiar exemplares do Alcorão em praça pública, tentando assim acender o pavio para o fim do mundo. Ele afirmara a dois meses o que faria e, uma semana atrás, intensificou as provocações. Os norte-americanos, assim como os judeus israelenses, estão sempre à procura de uma forma de destruírem suas civilizações definitivamente.
Leia o artigo, Algo de novo na Terça-Feira Negra de Gore Vidal.
Há exatamente 9 anos o mundo mudaria a sua forma de pensar, agir e sentir diante dele próprio.
Por Antonio Siqueira
O segundo Boeing se choca com a torre sul: tragédia sem precedentes na história. |
O mundo humano complicou-se ainda mais, graças a uma serie de acontecimentos que antecederam e sucederam os eventos de 11 de Setembro de 2001. Exatamente às 8:30 AM, _10:30 AM em Brasília_ o primeiro Boeing da America Air Lines se chocava contra uma das Torres Gêmeas de Manhatam. Eu acordava naquele exato momento, com Carlos Nascimento, nesta época ainda na equipe “Global” de jornalismo, anunciando que “... um mono motor acaba de se chocar contra o Word Trade Center...”. 15 minutos depois o segundo avião explodiria na Torre Sul, revelando para o mundo, a nova faceta do terrorismo islâmico.
Se não foi a maior tragédia da história, foi a de maior impacto. Tudo como o planejado; a transmissão em tempo real, simultâneas às ações dos terroristas suicidas. O desespero, o caos, pessoas correndo, forças de segurança tentando organizar resgates desesperados que custaram centenas de vidas, a queda das torres norte e sul. A destruição parcial do Pentágono. Mais de 350 bombeiros e policiais perderam suas vidas. O número total de mortos nos ataques foi 2 996 pessoas, incluindo os 19 seqüestradores. A esmagadora maioria das vítimas era civil, incluindo, cidadãos de mais de 70 países. Além disso, há pelo menos um óbito secundário - uma pessoa foi descartada da contagem por um médico legista, pois teria morrido por doença pulmonar devido à exposição à poeira do colapso do World Trade Center.
Em 2001, Barack Obama era tão desconhecido que não havia sido citado por nenhuma publicação brasileira. Hillary ainda era apenas a mulher de Bill Clinton. Yasser Arafat liderava os palestinos. A Intifada se intensificava. Saddam Hussein vivia ignorado e enfraquecido no Iraque, sendo lembrado apenas em episódios de South Park. Um moderado, para os padrões do regime de Teerã, governava o Irã. A Síria ainda ocupava o Líbano. Fernando Henrique Cardoso estava na Presidência do Brasil. Obviamente, na Venezuela, já era Hugo Chávez. O papa era João Paulo II. Em 2001, 11 de Setembro era apenas a data do golpe militar no Chile.
Onze dias depois da queda das torres, Gore Vidal, jornalista, romancista, ensaísta e um dos principais intelectuais dos EUA; publicava seu primeiro artigo sobre os atentados. No texto “Algo de Novo na Terça-Feira Negra”, Vidal aborda temas polêmicos que conspiram contra as versões, tanto do ataque realizado pelos japoneses a Pearl Harbor, quanto o próprio 11 de Setembro. Recentemente foi chamado de “velho Gaga” em matéria de Veja, assinada por Reinaldo Azevedo. Reinaldo Azevedo, como analista internacional é um excelente hipócrita. Filhote de uma imprensa velha e mecanizada. Esse cidadão seria, numa revista séria, a última pessoa designada a comentar sobre o fato e tampouco criticar o genial romancista, respeitado em todas as línguas, etnias e raças.
Michael Moore, jornalista e repórter norte-americano, sentiu a necessidade de investigar o fato, já que havia muita obscuridade nas declarações do presidente George W. Bush. De posse de provas, documentos e depoimentos e raciocínio lógico, produziu o documentário “Fahrenheit 11 de setembro”, apresentando uma visão diacrônica que prova o envolvimento do presidente dos EUA em relações comerciais com os Bin Laden e, vai mais além, explicando que a “guerra contra o terror” era apenas uma manobra publicitária para expandir seus negócios na área de armamentos e utensílios de uso militar. O título do filme faz referência ao livro Fahrenheit 451 (233°C, que representa a temperatura que arde o papel), escrito em 1953 por Ray Bradbury, e também aos atentados de 11 de setembro de 2001, já que "11/9" se escreve "9/11" nos países de língua inglesa.
Terry Jones, pastor da pequena igreja Dove World Outreach Center, em Gainesville, uma cidade universitária da Flórida, convocou a imprensa para frente do templo, onde anunciou a desistência de fazer a grande merda do século. Não é surpresa que, às vésperas de completar 9 anos desta tragédia de proporções planetária, um imbecil irresponsável resolvesse incendiar exemplares do Alcorão em praça pública, tentando assim acender o pavio para o fim do mundo. Ele afirmara a dois meses o que faria e, uma semana atrás, intensificou as provocações. Os norte-americanos, assim como os judeus israelenses, estão sempre à procura de uma forma de destruírem suas civilizações definitivamente.
Este post é dedicado aos corajosos, Gore Vidal e Michel Moore.
Leia o artigo, Algo de novo na Terça-Feira Negra de Gore Vidal.
sexta-feira, 10 de setembro de 2010
Notas e Dicas
Marina Silva
Não há dúvidas de que o discurso mais lúcido nesta corrida presidencial é o de Marina Silva. A Globo News transmitiu ontem a sabatina pela qual passou a candidata do Partido Verde. O jornal O Globo promoveu uma roda de debates entre a candidata e os colunistas da casa. Respondeu com clareza e objetividade à gente da monta de Arnaldo Jabour, Miriam Leitão, Zuenir Ventura. Ricardo Noblat, Cora Ronai, Alcelmo Gois, Elio Gaspari entre outros. Destaque para a resposta à pergunta de Cora Ronai. Cora quis saber como ficaria a política externa do país, como o esquisitíssimo apoio ao sistema carniceiro do Irã: “Temos que nortear a política externa a partir de princípios. Quais princípios devem nortear a política externa? A defesa dos direitos humanos." É realmente uma pena que não haja a mínima possibilidade de Marina Silva ser eleita. Sinceramente, acho que um ser humano que é reconhecido como um dos 50 que poderiam melhorar o mundo deva merecer credito.
Vá ao teatro, mas desta vez me chame
A peça “Historias de um garrafeiro”, que estreou na semana passada, é aplaudida de pé a cada apresentação. É um dos sete espetáculos mais aplaudidos pelo publico no Teatro Miguel Falabela, no Norte Shopping. O teatro passou por recente reforma e o acesso agora é pelo corredor de expansão do segundo piso. A peça conta a trajetória de Precioso Justino (Fábio Duarte) é um homem que, desde a infância, viveu nas ruas o drama do álcool, das drogas e assistiu à decadência do pai e à desintegração da família.
Para quem gosta, Bon Jovi também no Rio
Bon Jovi acrescentou mais uma cidade em sua turnê brasileira em outubro. Além de São Paulo, no dia 6 no Estádio Morumbi, a banda vai se apresentar também no Rio de Janeiro no dia 8, na Praça da Apoteose.
Rapidinhas aqui:
Orquestra Petrobrás Sinfônica
Local: Fundição Progresso
Gênero: Orquestra
Horário: 16:00 hs
Samba no Terraço
Local: Parada da Lapa
Gênero: Roda de Samba
Ingresso: R$ 15,00
Horário: 19:00 hs
Toni Garrido
Local: Lapa 40º
Gênero: Pop
Ingresso: R$ 30,00
Horário: 20:00 hs
O Rio voltou a ter uma agenda interessante
Yves Macena e a Lona Cultural
Mesmo sendo suspeito para tecer elogios à Lona Cultural de Campo Grande _Teatro De arena Elza Osborne_ muito bem dirigida e administrada pelo meu amigo, Yves Macena, sugiro a vocês que a visitem. Estou afastado há tempos de movimentos, eventos ou qualquer manifestação em que politicos estejam envolvidos, quaisquer que sejam eles. Tenho opinião própria sobre o assunto e desde muito cedo. Descobri que deles não devemos esperar nada, mesmo sabendo que existem algumas excessões e que não é uma regra só exitirem corruptos imbecís no meio. Anda contagiosa a atmosfera em que eles vivem. O meu único candidato é YVES MACENA 65777, Deputado Estadual, pelo PC do B; o homem que fez esse espaço cultural florescer e renascer, depois de décadas de abandono (por anos o teatro de arena foi morada de mendigos e viciados), inclusive influenciando o desenvolvimento de varios outros espaços semelhantes. Yves suportou todos os tipos de pressões, transpôs obstáculos como poucos nestes 15 anos. O resultado, mesmo que seja insuportável para alguns está lá, a olhos vistos. DECLARO AQUI O MEU APOIO INCONDICIONAL A SUA CANDIDATURA. Houve uma época que a verba da Prefeitura do Rio deestinada a manutenção da Lona de CG, girava em torno de R$ 600. Acho que nem a conta de luz, esse valor cobria. Fui testemunha ocular dessa epopéia. Obrigado Yves, esta é a minha humilde homenagem. Seu amigo, Antonioni.
O prazer me chama: chocolate branco!!!
byl antonio
Não há dúvidas de que o discurso mais lúcido nesta corrida presidencial é o de Marina Silva. A Globo News transmitiu ontem a sabatina pela qual passou a candidata do Partido Verde. O jornal O Globo promoveu uma roda de debates entre a candidata e os colunistas da casa. Respondeu com clareza e objetividade à gente da monta de Arnaldo Jabour, Miriam Leitão, Zuenir Ventura. Ricardo Noblat, Cora Ronai, Alcelmo Gois, Elio Gaspari entre outros. Destaque para a resposta à pergunta de Cora Ronai. Cora quis saber como ficaria a política externa do país, como o esquisitíssimo apoio ao sistema carniceiro do Irã: “Temos que nortear a política externa a partir de princípios. Quais princípios devem nortear a política externa? A defesa dos direitos humanos." É realmente uma pena que não haja a mínima possibilidade de Marina Silva ser eleita. Sinceramente, acho que um ser humano que é reconhecido como um dos 50 que poderiam melhorar o mundo deva merecer credito.
Vá ao teatro, mas desta vez me chame
A peça “Historias de um garrafeiro”, que estreou na semana passada, é aplaudida de pé a cada apresentação. É um dos sete espetáculos mais aplaudidos pelo publico no Teatro Miguel Falabela, no Norte Shopping. O teatro passou por recente reforma e o acesso agora é pelo corredor de expansão do segundo piso. A peça conta a trajetória de Precioso Justino (Fábio Duarte) é um homem que, desde a infância, viveu nas ruas o drama do álcool, das drogas e assistiu à decadência do pai e à desintegração da família.
Para quem gosta, Bon Jovi também no Rio
Bon Jovi acrescentou mais uma cidade em sua turnê brasileira em outubro. Além de São Paulo, no dia 6 no Estádio Morumbi, a banda vai se apresentar também no Rio de Janeiro no dia 8, na Praça da Apoteose.
Rapidinhas aqui:
Orquestra Petrobrás Sinfônica
Local: Fundição Progresso
Gênero: Orquestra
Horário: 16:00 hs
Samba no Terraço
Local: Parada da Lapa
Gênero: Roda de Samba
Ingresso: R$ 15,00
Horário: 19:00 hs
Toni Garrido
Local: Lapa 40º
Gênero: Pop
Ingresso: R$ 30,00
Horário: 20:00 hs
O Rio voltou a ter uma agenda interessante
Yves Macena e a Lona Cultural
Mesmo sendo suspeito para tecer elogios à Lona Cultural de Campo Grande _Teatro De arena Elza Osborne_ muito bem dirigida e administrada pelo meu amigo, Yves Macena, sugiro a vocês que a visitem. Estou afastado há tempos de movimentos, eventos ou qualquer manifestação em que politicos estejam envolvidos, quaisquer que sejam eles. Tenho opinião própria sobre o assunto e desde muito cedo. Descobri que deles não devemos esperar nada, mesmo sabendo que existem algumas excessões e que não é uma regra só exitirem corruptos imbecís no meio. Anda contagiosa a atmosfera em que eles vivem. O meu único candidato é YVES MACENA 65777, Deputado Estadual, pelo PC do B; o homem que fez esse espaço cultural florescer e renascer, depois de décadas de abandono (por anos o teatro de arena foi morada de mendigos e viciados), inclusive influenciando o desenvolvimento de varios outros espaços semelhantes. Yves suportou todos os tipos de pressões, transpôs obstáculos como poucos nestes 15 anos. O resultado, mesmo que seja insuportável para alguns está lá, a olhos vistos. DECLARO AQUI O MEU APOIO INCONDICIONAL A SUA CANDIDATURA. Houve uma época que a verba da Prefeitura do Rio deestinada a manutenção da Lona de CG, girava em torno de R$ 600. Acho que nem a conta de luz, esse valor cobria. Fui testemunha ocular dessa epopéia. Obrigado Yves, esta é a minha humilde homenagem. Seu amigo, Antonioni.
O prazer me chama: chocolate branco!!!
byl antonio
quinta-feira, 9 de setembro de 2010
Maravilhas da literatura
CONVERSA DE MENINO
Um conto de Mariza Lourenço
O menino era tão bonito que dava pena ralhar por qualquer coisa.
Que fosse livre então!
E era! Passava os dias empinando pipa, subindo em árvores e atentando os cachorros da vizinhança.
Tinha uma saúde de ferro, nunca precisara tomar remédio para baixar febre ou cortar infecção. Comia de tudo e não tinha desses enjoamentos de recusar brócolis e bife de fígado.
Um encanto de criança e, no entanto, em toda a sua pequena existência, jamais pronunciara uma única palavra. E não era doença, não. Reviraram o pobre menino de ponta-cabeça e nada de anormal foi constatado que justificasse a mudez.
Diziam que ele falava com os olhos, com as mãos, com o corpo inteiro. Quando sentia dor, fazia careta. Se a fome lhe vinha, apontava a barriga. Chorar não chorava, só quando pisava em caco de vidro ou prego enferrujado.
Os amiguinhos, com o tempo, aprenderam a identificar os gestos do companheiro e comunicavam-se com ele de um jeito muito particular, que só criança entende. Os adultos, ao contrário, irritavam-se com a teimosia e lhe davam uns petelecos.
Ele não ligava e continuava mudinho da silva.
As crianças das redondezas juravam de pés juntos que ele falava com os bichos lá na linguagem deles e que os animaizinhos o entendiam. Mas menino mente tanto que os adultos não se preocupavam com isso, mesmo que aos olhos de toda a Cidade, fosse visível a adoração dos animais por aquele menino bonito.
Na casa do garoto, a situação não era lá muito boa. Os pais brigavam demais e diziam “coisas” que ele não compreendia. Só sabia que dentro de casa tudo era sempre muito escuro e triste. A mãe era triste, o pai era triste, a irmã era triste. Até o cachorro era triste. E ele... Ele era mudo.
Certo dia foi embora de casa sem se despedir de ninguém. Nem do cachorro. Foi pra bem longe e nunca mais voltou.
O tempo passou, as crianças cresceram e deixaram de compreender a linguagem de criança e muitos casos foram inventados a respeito do sumiço do menino que não falava: Uns diziam que ele havia ido embora de carona com um anjo, outros, que tinha sido levado pelos ciganos.
O menino virou história bonita de se contar. Bonita e misteriosa. E ficou famoso, sim, senhor! Na pracinha onde brincava com os bichos foi erguida uma estátua em sua homenagem. E mais casos foram inventados. Agora já corre boato de que ele anda fazendo milagres.
Quem ri disso tudo é Filó, a andorinha que todos os anos costuma passar o verão na cidadezinha. Sempre chega com notícias fresquinhas do menino:
— Ele virou doutor de bicho, como não?
— Doutor de bicho?
— É, inclusive deu um jeito naquela ferida que eu tinha no cocuruto.
— Ele volta?
— Diz ele que não.
— Ele agora fala? Deixou de ser mudo?
— Nunca foi, ora! É que ele só falava da boca pra dentro. E continua assim.
— Mudo?
— Não! Continua falando da boca pra dentro. Mas a gente que é passarinho, entende.
— Ah...
— Vamos dar uma volta?
As duas andorinhas bateram asas e foram passear pela Cidade. Ela havia crescido, mas as histórias, as invencionices, as maldades, a falação e as brigas, como em todo canto, eram as mesmas.
Filó sentiu-se cansada e com desejos de ir embora. Antes, porém, avistou dois garotos brincando aos pés da estátua do menino bonito. Nada diziam.
A andorinha, então, aproximou-se e entre os três iniciou-se animada conversa.
E falaram bastante e riram demais, mas daquele jeito que somente passarinho e criança entende: da boca pra dentro e com todos os corações refletidos nos olhos.
Ilustração: Cândido Portinari
Musica: The Meeting - Rick Wakeman
Um conto de Mariza Lourenço
O menino era tão bonito que dava pena ralhar por qualquer coisa.
Que fosse livre então!
E era! Passava os dias empinando pipa, subindo em árvores e atentando os cachorros da vizinhança.
Tinha uma saúde de ferro, nunca precisara tomar remédio para baixar febre ou cortar infecção. Comia de tudo e não tinha desses enjoamentos de recusar brócolis e bife de fígado.
Um encanto de criança e, no entanto, em toda a sua pequena existência, jamais pronunciara uma única palavra. E não era doença, não. Reviraram o pobre menino de ponta-cabeça e nada de anormal foi constatado que justificasse a mudez.
Diziam que ele falava com os olhos, com as mãos, com o corpo inteiro. Quando sentia dor, fazia careta. Se a fome lhe vinha, apontava a barriga. Chorar não chorava, só quando pisava em caco de vidro ou prego enferrujado.
Os amiguinhos, com o tempo, aprenderam a identificar os gestos do companheiro e comunicavam-se com ele de um jeito muito particular, que só criança entende. Os adultos, ao contrário, irritavam-se com a teimosia e lhe davam uns petelecos.
Ele não ligava e continuava mudinho da silva.
As crianças das redondezas juravam de pés juntos que ele falava com os bichos lá na linguagem deles e que os animaizinhos o entendiam. Mas menino mente tanto que os adultos não se preocupavam com isso, mesmo que aos olhos de toda a Cidade, fosse visível a adoração dos animais por aquele menino bonito.
Na casa do garoto, a situação não era lá muito boa. Os pais brigavam demais e diziam “coisas” que ele não compreendia. Só sabia que dentro de casa tudo era sempre muito escuro e triste. A mãe era triste, o pai era triste, a irmã era triste. Até o cachorro era triste. E ele... Ele era mudo.
Certo dia foi embora de casa sem se despedir de ninguém. Nem do cachorro. Foi pra bem longe e nunca mais voltou.
O tempo passou, as crianças cresceram e deixaram de compreender a linguagem de criança e muitos casos foram inventados a respeito do sumiço do menino que não falava: Uns diziam que ele havia ido embora de carona com um anjo, outros, que tinha sido levado pelos ciganos.
O menino virou história bonita de se contar. Bonita e misteriosa. E ficou famoso, sim, senhor! Na pracinha onde brincava com os bichos foi erguida uma estátua em sua homenagem. E mais casos foram inventados. Agora já corre boato de que ele anda fazendo milagres.
Quem ri disso tudo é Filó, a andorinha que todos os anos costuma passar o verão na cidadezinha. Sempre chega com notícias fresquinhas do menino:
— Ele virou doutor de bicho, como não?
— Doutor de bicho?
— É, inclusive deu um jeito naquela ferida que eu tinha no cocuruto.
— Ele volta?
— Diz ele que não.
— Ele agora fala? Deixou de ser mudo?
— Nunca foi, ora! É que ele só falava da boca pra dentro. E continua assim.
— Mudo?
— Não! Continua falando da boca pra dentro. Mas a gente que é passarinho, entende.
— Ah...
— Vamos dar uma volta?
As duas andorinhas bateram asas e foram passear pela Cidade. Ela havia crescido, mas as histórias, as invencionices, as maldades, a falação e as brigas, como em todo canto, eram as mesmas.
Filó sentiu-se cansada e com desejos de ir embora. Antes, porém, avistou dois garotos brincando aos pés da estátua do menino bonito. Nada diziam.
A andorinha, então, aproximou-se e entre os três iniciou-se animada conversa.
E falaram bastante e riram demais, mas daquele jeito que somente passarinho e criança entende: da boca pra dentro e com todos os corações refletidos nos olhos.
Ilustração: Cândido Portinari
Musica: The Meeting - Rick Wakeman
quarta-feira, 8 de setembro de 2010
Devemos preservar a boa música da mesma forma que intentamos preservar a natureza como um todo...
Quando o som era bem mais puro
Neste feriadão da pátria amada, recebi um link muito bacana de um companheiro de compartilhanças virtuais do que é bom. Remete-nos a uma fase muito criativa da MPB contemporânea. Havia um grupo de excelentes músicos e compositores que mudaram bastante a face da nossa musica que tão medíocre anda. Flávio Venturini, Marcus Vianna, Cláudio Venturini, Paulinho Carvalho (baixo), Nenêm (bateria) e o execelente Paulinho “Uakti” Santos se encontraram no palco para um tributo _mostrado pela Rede Minas_ ao baterista Mario Castelo, morto em 2008. Interpretaram a belíssima Fantasia Barroca, instrumental dos bons tempos de Flávio Venturini, nos moldes e no arranjo fantástico do registro original do álbum Nascente do bom compositor mineiro. Eu baixei o vídeo e vale a pena conferir e viajar nesta aula de música instrumental, capitaneada por Flávio (que toca como um concertista neste vídeo), Marcus Vianna (um fenômeno inigualável ao viloino) e Claudio Venturini (One of the greatest guitars in the world).
Deleitam-se
* Esse post é dedicado à amiga Lidi Satier
Neste feriadão da pátria amada, recebi um link muito bacana de um companheiro de compartilhanças virtuais do que é bom. Remete-nos a uma fase muito criativa da MPB contemporânea. Havia um grupo de excelentes músicos e compositores que mudaram bastante a face da nossa musica que tão medíocre anda. Flávio Venturini, Marcus Vianna, Cláudio Venturini, Paulinho Carvalho (baixo), Nenêm (bateria) e o execelente Paulinho “Uakti” Santos se encontraram no palco para um tributo _mostrado pela Rede Minas_ ao baterista Mario Castelo, morto em 2008. Interpretaram a belíssima Fantasia Barroca, instrumental dos bons tempos de Flávio Venturini, nos moldes e no arranjo fantástico do registro original do álbum Nascente do bom compositor mineiro. Eu baixei o vídeo e vale a pena conferir e viajar nesta aula de música instrumental, capitaneada por Flávio (que toca como um concertista neste vídeo), Marcus Vianna (um fenômeno inigualável ao viloino) e Claudio Venturini (One of the greatest guitars in the world).
Deleitam-se
* Esse post é dedicado à amiga Lidi Satier
By Antonio Siqueira
Dica da casa...
Sugestão Progressiva
Por Antonio Siqueira
Definir o estilo musical do Tull é difícil, eles fazem um rock progressivo com pitadas claras do Hard Rock, Jazz, Blues e Folk. Tem como característica também complexas e densas letras musicais (eu diria até bem psicodélicas). O seu som tem como característica utilizar diversos instrumentos diferentes, como cítaras e instrumentos de percussão, com quase todos os discos acompanhados por arranjos orquestrados. Além, é claro, da conhecida flauta de Ian Anderson, encaixada no som do Tull sempre de forma magistral, e que é na verdade o instrumento que sempre caracterizou a banda.
Diferentemente dos outros álbuns sobre os quais eu escrevi, "Aqualung" não foi um álbum que mudou os rumos do rock, apesar de ser conceitual também, tratando da relação homem-Deus e da influência da religião nessa relação. Mas é interessante pelo fato de ser um trabalho no qual começamos a sentir a influência de sons mais pesados se misturando ao progressivo, na presença de riffs próprios do Hard Rock e Heavy Metal. E esse que é o negócio dele, não é daqueles álbuns que você ouve a primeira vez e fala "Porra, onde você estava por toda minha vida!!", mas é um disco extremamente agradável de se ouvir, que você vai se acostumando até virar um dos seus álbuns favoritos.
Assista ao video. Presentinho de meio de semana bem complexo.
Jethro Tull - Aqualung Live, 1977 - The Minstrel Looks Back 2
O prazer me chama. Bom apetite!
Por Antonio Siqueira
Definir o estilo musical do Tull é difícil, eles fazem um rock progressivo com pitadas claras do Hard Rock, Jazz, Blues e Folk. Tem como característica também complexas e densas letras musicais (eu diria até bem psicodélicas). O seu som tem como característica utilizar diversos instrumentos diferentes, como cítaras e instrumentos de percussão, com quase todos os discos acompanhados por arranjos orquestrados. Além, é claro, da conhecida flauta de Ian Anderson, encaixada no som do Tull sempre de forma magistral, e que é na verdade o instrumento que sempre caracterizou a banda.
Diferentemente dos outros álbuns sobre os quais eu escrevi, "Aqualung" não foi um álbum que mudou os rumos do rock, apesar de ser conceitual também, tratando da relação homem-Deus e da influência da religião nessa relação. Mas é interessante pelo fato de ser um trabalho no qual começamos a sentir a influência de sons mais pesados se misturando ao progressivo, na presença de riffs próprios do Hard Rock e Heavy Metal. E esse que é o negócio dele, não é daqueles álbuns que você ouve a primeira vez e fala "Porra, onde você estava por toda minha vida!!", mas é um disco extremamente agradável de se ouvir, que você vai se acostumando até virar um dos seus álbuns favoritos.
Assista ao video. Presentinho de meio de semana bem complexo.
Jethro Tull - Aqualung Live, 1977 - The Minstrel Looks Back 2
O prazer me chama. Bom apetite!
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
Papo Notícia
Notas Genéricas
Por Antonio Siqueira
Guns N' Roses Hostilizado
O Guns N' Roses foi recebido com fúria pelo público na Irlanda depois de chegar quase uma hora atrasado para o show de Dublin, por conta da nova turnê. Os integrantes tiveram de deixar o palco após serem alvo de copos de plástico e outros bagulhos.
John Lennon inédito
Treze gravações caseiras inéditas de John Lennon, algumas versões ao vivo e de ensaios escritos serão incluídos na antologia "Gimme some truth", que chegará às lojas em 4 de outubro para comemorar o 70º aniversário do nascimento do beatle.Lennon foi assassinado em 1981 por um suposto fã maníaco depressivo.
Pete Best e João Barone
O ex-beatle Pete Best acertou hoje a realização de um megashow em Vitória, em janeiro de 2011, no qual se apresentará ao lado do baterista João Barone, do Paralamas do Sucesso, e da banda Clube Big Beatles.
Paul Di'Anno ainda resiste
Deve ser difícil ser Paul Di'Anno, primeiro vocalista do Iron Maiden. Mesmo diante de tudo isso, Di'Anno é persistente. Depois de ter gravado os álbuns Iron Maiden (1980) e Killers (1981), com sucessos cantados até hoje pelo carismático vocalista Bruce Dickinson, como "Phantom of the Opera" e "Wrathchild", o vocalista embarcou em outros sete projetos de banda, ganhou alguns quilinhos, perdeu cabelo e lançou uma biografia.
Por Antonio Siqueira
Guns N' Roses Hostilizado
O Guns N' Roses foi recebido com fúria pelo público na Irlanda depois de chegar quase uma hora atrasado para o show de Dublin, por conta da nova turnê. Os integrantes tiveram de deixar o palco após serem alvo de copos de plástico e outros bagulhos.
John Lennon inédito
Treze gravações caseiras inéditas de John Lennon, algumas versões ao vivo e de ensaios escritos serão incluídos na antologia "Gimme some truth", que chegará às lojas em 4 de outubro para comemorar o 70º aniversário do nascimento do beatle.Lennon foi assassinado em 1981 por um suposto fã maníaco depressivo.
Pete Best e João Barone
O ex-beatle Pete Best acertou hoje a realização de um megashow em Vitória, em janeiro de 2011, no qual se apresentará ao lado do baterista João Barone, do Paralamas do Sucesso, e da banda Clube Big Beatles.
Paul Di'Anno ainda resiste
Deve ser difícil ser Paul Di'Anno, primeiro vocalista do Iron Maiden. Mesmo diante de tudo isso, Di'Anno é persistente. Depois de ter gravado os álbuns Iron Maiden (1980) e Killers (1981), com sucessos cantados até hoje pelo carismático vocalista Bruce Dickinson, como "Phantom of the Opera" e "Wrathchild", o vocalista embarcou em outros sete projetos de banda, ganhou alguns quilinhos, perdeu cabelo e lançou uma biografia.
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
Desde que o samba é samba
Rolling Stone escolhe
as 100 maiores músicas brasileiras
Por Antonio Siqueira
Das 100 maiores músicas brasileiras, escolhidas pela revista Rolling Stone, 32 nasceram no samba. Ou são sambas autênticos ou de gêneros que se relacionam com ele, como choro, marchinha e bossa nova. Ou seja, na terra do carnaval, até uma revista com nome gringo e inspiração rock`n roll se rende ao ritmo criado no quintal da Tia Ciata.
Destaque para as duas páginas que abrem a matéria: os primeiro, segundo e terceiro lugares do ranking são de Chico Buarque, Tom Jobim e Pixinguinha, representantes de três gerações de sambistas geniais que circularam por todos os lados da MPB.
A lista tem ainda Jorge Ben, Cartola, Paulinho da Viola, Adoniran Barbosa, João Bosco, Aldir Blanc, Caetano Veloso, Noel Rosa, Martinho da Vila, Lupicínio Rodrigues, Dorival Caymmi, Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito. Mas há uma grande – e imperdoável – injustiça: faltou a dupla João Nogueira/Paulo César Pinheiro.
Havia espaço no ranking para pelo menos uma composição dos dois: Espelho. A história da vida de João está entre os maiores sambas da história. Não há quem não se arrepie ao pensar no pai de anel no dedo e dedo na viola. Sorria e parecia mesmo ser feliz.
As dez primeiras entre a cem:
1 – Construção (Chico Buarque)
2 – Águas de março (Tom Jobim)
3 – Carinhoso (Pixinguinha/Braguinha)
4 – Mas que nada (Jorge Ben)
5 – Chega de saudade (Tom Jobim/Vinicius de Moraes)
6 – Canto de Ossanha (Baden Powell/Vinicius de Moraes)
7 – Aquarela do Brasil (Ary Barroso)
8 – As rosas não falam (Cartola)
9 – Desafinado (Tom Jobim/Newton Mendonça)
10 – Trem das Onze (Adoniran Barbosa)
as 100 maiores músicas brasileiras
Por Antonio Siqueira
Das 100 maiores músicas brasileiras, escolhidas pela revista Rolling Stone, 32 nasceram no samba. Ou são sambas autênticos ou de gêneros que se relacionam com ele, como choro, marchinha e bossa nova. Ou seja, na terra do carnaval, até uma revista com nome gringo e inspiração rock`n roll se rende ao ritmo criado no quintal da Tia Ciata.
Destaque para as duas páginas que abrem a matéria: os primeiro, segundo e terceiro lugares do ranking são de Chico Buarque, Tom Jobim e Pixinguinha, representantes de três gerações de sambistas geniais que circularam por todos os lados da MPB.
A lista tem ainda Jorge Ben, Cartola, Paulinho da Viola, Adoniran Barbosa, João Bosco, Aldir Blanc, Caetano Veloso, Noel Rosa, Martinho da Vila, Lupicínio Rodrigues, Dorival Caymmi, Nelson Cavaquinho e Guilherme de Brito. Mas há uma grande – e imperdoável – injustiça: faltou a dupla João Nogueira/Paulo César Pinheiro.
Havia espaço no ranking para pelo menos uma composição dos dois: Espelho. A história da vida de João está entre os maiores sambas da história. Não há quem não se arrepie ao pensar no pai de anel no dedo e dedo na viola. Sorria e parecia mesmo ser feliz.
As dez primeiras entre a cem:
1 – Construção (Chico Buarque)
2 – Águas de março (Tom Jobim)
3 – Carinhoso (Pixinguinha/Braguinha)
4 – Mas que nada (Jorge Ben)
5 – Chega de saudade (Tom Jobim/Vinicius de Moraes)
6 – Canto de Ossanha (Baden Powell/Vinicius de Moraes)
7 – Aquarela do Brasil (Ary Barroso)
8 – As rosas não falam (Cartola)
9 – Desafinado (Tom Jobim/Newton Mendonça)
10 – Trem das Onze (Adoniran Barbosa)
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