Por Antonio Siqueira
A proibição de Moisés de contato com os espíritos dos mortos (Deuteronômio, capítulo 18) é uma das suas 613 leis mosaicas, que não são divinas. Realmente, elas são diferentes das leis divinas ou naturais dos Dez Mandamentos (Decálogo), que foram confirmadas por Jesus e que Ele até sintetizou em apenas duas: Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. (Mateus 22: 38 e 39). Outra síntese de Jesus das leis do Decálogo encontra-se, também, no Sermão da Montanha ou Bem-Aventuranças (Mateus 5: 3 a 11; e Lucas 6: 20 a 23).
Os demônios são almas ou espíritos humanos dos mortos. Esse é o significado da palavra grega “daimon”, no plural “daimones”, na época em que a Bíblia foi escrita. Assim, eles podem ser, pois, demônios maus, mas podem ser também bons. Os demônios de Moisés e Elias manifestaram-se a Jesus e aos apóstolos, médiuns especiais, Pedro, Tiago e João, no monte Tabor. Não se tratava, pois, de demônios maus nem do Espírito Santo trinitário, que muito respeitamos. Com esse episódio da transfiguração, ficou também evidente que Jesus não obedeceu a essa lei mosaica de proibição do contato com os espíritos dos mortos. E Moisés proibiu esse contato porque as pessoas do seu tempo eram muito ignorantes, não estando, pois, preparadas para exercer a mediunidade e, também, porque muitos médiuns faziam comércio com esse dom mediúnico, o que gerava falsos médiuns ou falsos profetas (Números 11: 24 a 30; e 1 João 4: 1).
A citada proibição mosaica deu origem à crença errada de que não existe contato com os espíritos dos mortos. Ela foi entendida, também erroneamente, como prova de que quem já morreu jamais voltou ao nosso mundo para contar-nos como é a vida do lado de lá. E, ainda, essa mesma lei mosaica deu origem à crença de que os demônios são outra categoria de espíritos somente maus e de que apenas eles manifestam-se por meio dos médiuns, o que o espiritismo e a parapsicologia desmentiram com a ciência e a Bíblia.
Demônios
Muitos cristãos pensavam e ainda pensam que para os espíritas a comunicação é somente com demônios maus, e que para eles manifesta-se o próprio Deus que eles chamam de Espírito Santo. Que pretensão!
Se fosse verdade que somente demônios maus se comunicam com os espíritas e adeptos de outras crenças, poderíamos até concluir que Deus, então, dá apoio ao mal, permitindo que somente espíritos ou demônios maus portadores de falsas doutrinas se manifestassem!
Mas não é assim. E foi com Kardec que o mundo foi esclarecido cientificamente sobre a grande verdade de que Deus permite, sim, que tanto os maus como os bons espíritos manifestem-se. Viva, pois Kardec, que, impulsionando a espiritologia, deu um chega pra lá no materialismo, concretizando, assim, seu grande desejo.
Proibir
Pode-se concluir da proibição mosaica de Deuteronômio, capítulo 18, que é uma verdade a comunicação com os espíritos dos mortos, pois Moisés não era doido de proibir uma coisa que não existe! E eis mais um exemplo bíblico da comunicação entre os dois mundos, o espiritual e o físico: “Samuel até depois de morto profetizou” (Eclesiástico 46: 20).
Mas ainda há cristãos católicos, protestantes e evangélicos que acreditam, ou fazem de conta que acreditam, na grande mentira de que os espíritos dos mortos não se comunicam conosco! Vale mais do que nunca a filosofia existencialista de 'São' Jean Paul Sartre: "O Inferno São os Outros".
Sagrado Coração da Terra - Manhã dos 33 - 1987
a vida do lado de lá |
A proibição de Moisés de contato com os espíritos dos mortos (Deuteronômio, capítulo 18) é uma das suas 613 leis mosaicas, que não são divinas. Realmente, elas são diferentes das leis divinas ou naturais dos Dez Mandamentos (Decálogo), que foram confirmadas por Jesus e que Ele até sintetizou em apenas duas: Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo. (Mateus 22: 38 e 39). Outra síntese de Jesus das leis do Decálogo encontra-se, também, no Sermão da Montanha ou Bem-Aventuranças (Mateus 5: 3 a 11; e Lucas 6: 20 a 23).
Os demônios são almas ou espíritos humanos dos mortos. Esse é o significado da palavra grega “daimon”, no plural “daimones”, na época em que a Bíblia foi escrita. Assim, eles podem ser, pois, demônios maus, mas podem ser também bons. Os demônios de Moisés e Elias manifestaram-se a Jesus e aos apóstolos, médiuns especiais, Pedro, Tiago e João, no monte Tabor. Não se tratava, pois, de demônios maus nem do Espírito Santo trinitário, que muito respeitamos. Com esse episódio da transfiguração, ficou também evidente que Jesus não obedeceu a essa lei mosaica de proibição do contato com os espíritos dos mortos. E Moisés proibiu esse contato porque as pessoas do seu tempo eram muito ignorantes, não estando, pois, preparadas para exercer a mediunidade e, também, porque muitos médiuns faziam comércio com esse dom mediúnico, o que gerava falsos médiuns ou falsos profetas (Números 11: 24 a 30; e 1 João 4: 1).
A citada proibição mosaica deu origem à crença errada de que não existe contato com os espíritos dos mortos. Ela foi entendida, também erroneamente, como prova de que quem já morreu jamais voltou ao nosso mundo para contar-nos como é a vida do lado de lá. E, ainda, essa mesma lei mosaica deu origem à crença de que os demônios são outra categoria de espíritos somente maus e de que apenas eles manifestam-se por meio dos médiuns, o que o espiritismo e a parapsicologia desmentiram com a ciência e a Bíblia.
Demônios
Muitos cristãos pensavam e ainda pensam que para os espíritas a comunicação é somente com demônios maus, e que para eles manifesta-se o próprio Deus que eles chamam de Espírito Santo. Que pretensão!
Se fosse verdade que somente demônios maus se comunicam com os espíritas e adeptos de outras crenças, poderíamos até concluir que Deus, então, dá apoio ao mal, permitindo que somente espíritos ou demônios maus portadores de falsas doutrinas se manifestassem!
Mas não é assim. E foi com Kardec que o mundo foi esclarecido cientificamente sobre a grande verdade de que Deus permite, sim, que tanto os maus como os bons espíritos manifestem-se. Viva, pois Kardec, que, impulsionando a espiritologia, deu um chega pra lá no materialismo, concretizando, assim, seu grande desejo.
Proibir
Pode-se concluir da proibição mosaica de Deuteronômio, capítulo 18, que é uma verdade a comunicação com os espíritos dos mortos, pois Moisés não era doido de proibir uma coisa que não existe! E eis mais um exemplo bíblico da comunicação entre os dois mundos, o espiritual e o físico: “Samuel até depois de morto profetizou” (Eclesiástico 46: 20).
Mas ainda há cristãos católicos, protestantes e evangélicos que acreditam, ou fazem de conta que acreditam, na grande mentira de que os espíritos dos mortos não se comunicam conosco! Vale mais do que nunca a filosofia existencialista de 'São' Jean Paul Sartre: "O Inferno São os Outros".