Palco Sunset é o grande barato
Família medina deveria organizar espetáculos circenses, não festivais de "rock".
Por Antonio Siqueira
Marky Ramone - Lenda Viva! |
Fora o fato de o Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro pedir a suspensão da segunda semana do festival por insuficiência no atendimento dos postos médicos e as porradas que o filho de Preta Gil, um tal Francisco, deu em uma menina de 13 anos, tudo correu normal no Reino Encantado dos Medinas Saltitantes. Com a diferença que o Senhor Roberto passou para sua filha doidona, já há alguns anos, as responsabilidades de organizar o RiR e não melhorar em absolutamente nada, pelo menos no que concerne a qualidade dos shows.
Segundo os agentes da prefeitura de Dudu Malvadeza, nas áreas para atendimento não havia médicos suficientes, que os espaços eram reduzidos e que não havia pistas de escape seguras para a remoção de pacientes. A assessoria de imprensa do Rock in Rio disse que ainda não foi notificada, mas que está providenciando melhorias no setor. Fala sério: quem quer saber de atendimento médico? A galera? No dia da apresentação do David Guetta, a galera consumiu água até faltar para os demais shows. Tomou-se muita balinha, com o calor dos infernos carioca, o resultado foi um gigantesco numero de desidratados apagados... e de uma vez só. Não há médico para tantos drogados frouxos ao mesmo tempo.
Francisco Gil, filho da cantora Preta Gil e do ator Otávio Muller, acabou preso por agredir uma menina de 13 anos no primeiro dia do Rock in Rio e foi encaminhado ao posto do Juizado Especial no local. O moleque tem cara de retardado mental, não deveria estar só, tampouco em meio a multidões endoidadas. Queríamos saber o que uma menina de 13 anos faz num evento MP; é criança demais para um Festival de Rock e até via TV temos esta impressão. Só mais uma coisinha: O Francisco consegue ser mais feio que a mãe e o pai juntos. Uma mistura canhestra de jacaré com cobra d’água.
O PM e o funcionário do RiR parecem ter gostado da bunda da representante do juizado. Moleque feio esse Francisco Gil! |
Os shows
No primeiro dia (13), Beyoncé encerrou o show rebolando ao som do funk "Passinho do Volante", de MC Federado e os Leleks, nada mais apropriado. Antes David Guetta soltava os bichos e o público foi ao delírio com uma rave gigantesca que lotou os postos médicos da Cidade do Rock. No meu tempo era excesso de cana mesmo, agora o pessoal fica doidão bebendo muita água. Será hiper-hidrose?
Living Colours: Showzaço com direito a perfomances |
O que chamou a atenção é a qualidade dos shows no Palco Sunset. O Living Colours fez um show irretocável no primeiro dia. Uma banda amadurecida, com um baixista mágico e um guitarrista virtuoso e seguro. Mas enquanto o som fluía nos palcos Sunset e Mundo, mais uma vez o Rock Street - sensação da quarta edição do Rock in Rio - atraiu a atenção dos visitantes da Cidade do Rock. Quem passou pelo Rock Street no primeiro dia de festival viu de tudo! Música celta, irlandesa, banda cover dos Beatles com All You Need is Love, Evandro Mesquita e muita dança! E é claro a banda anfitriã, que abriu os trabalhos: a Rock Street Big Band.
Os eventos que para a organização são secundários foram os de mais qualidade lógica. Ivete Sangalo é e sempre será uma presença inexplicável. Inexplicável para quem não conhece os meandros e armações financeiras da musica popular brasileira e do que as corporações que ainda cuidam destes artistas medíocres são capazes de fazer para que eles apareçam. O que sobrou de uma geração notável de artistas pop dos anos 1980 e 90, resume-se a Capital Inicial, J. Quest, Skank e Ivete.... To a bad end.
Diante ao marasmo do Palco Mundo, o Palco Sunset era um consolo para
quem pagou para entrar e quis assistir e ouvir algo decente. Marky Ramone&Michale Graves, The Offsprings
e Saints of Valory salvaram a Pele da turma que estava lá para assistir ao
verdadeiro rock’n roll. Alias, o Sunset, na maioria do tempo, esteve mais cheio
do que o Palco Mundo durante o segundo dia. Até que subiram ao palco, Florence
and the Machine, mandando pesado a sua word
music da nova era (que alguns “entendidos” confundem infelizes com
psicodelismo) e Muse, que fechou a noite com seu som 'indie progressivo'.
No terceiro dia de festival, o Pop foi quem deu as cartas nos palcos da "cidade do rock", que recebeu Justin Timberlake, Alicia Keys, Jessie J, Jota Quest, Aurea,
The Black Mamba, Nando Reis, Samuel Rosa, Kimbra, Olodum, George Benson e Ivan
Lins. Nando Reis fez um show digno de Palco Mundo e Ivan mostrou a George Benson por que é considerado
um dos compositores brasileiros mais respeitados no mundo da música. The Black
Mamba é eficiente e faz dançar, o Olodum deveria, definitivamente, nomear um
pai de santo, abrir um terreiro de macumba e ficar por lá por toda a eternidade. O samba
nasceu na Bahia, apenas na cabeça encachaçada do Chico Pinheiro. Esperava-se
mais de Alicia Keys. Porém, a necessidade que a faz tentar igualar-se à
Beyonce, Lady Gaga, Madona e outras bitches of music, a faz perder a voz e
mergulhar seus shows no marasmo. Mas Alicia está longe disso, apenas deveria
mudar o formato de seus espetáculos, pois é notável cantora e compositora
...além de tocar piano muito bem.
No mais, se a vida começasse agora, ela poderia começar sem o Rock in Rio...pelo menos isto aí que chamam de Festival de Rock
The Offspring: Punk do bom! |
...além de tocar piano muito bem.
No mais, se a vida começasse agora, ela poderia começar sem o Rock in Rio...pelo menos isto aí que chamam de Festival de Rock
Marky Ramone & Michale Graves - Sunset - RiR 2013