Para onde ia James Joyce?
Por Antonio Siqueira
Depois que James Joyce escreveu aquele monumento literário chamado Ulisses era natural que criasse, ao mesmo tempo, uma via de mão única. É extraordinário que o romance inaugural de um novo modelo de prosa é o mesmo que decreta o início e o fim de si mesmo. Para os outros era impossível imitá-lo ou tê-lo como manual do romance moderno; para Joyce, ou se superava enquanto escritor ou decretava a morte pública através de uma experiência radical de linguagem. E veio Finnegans Wake, “the illegible book.
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Num exercício de imaginação posso tentar uma aposta provocadora: sem a preocupação com a forma iria direcionar seu talento para a história e para os personagens. Mas ao escrever isso desvalorizo o trabalho de artesão feito por Joyce em Ulisses na construção e condução dos personagens e da história. Como seria o último livro do Joyce? Um Ulisses sem os experimentos? Um Dublinenses mais maduro e ainda melhor escrito? Será que Joyce, mesmo que não tivesse morrido, continuaria a escrever?
Perguntas sem respostas são igualmente interessantes e inúteis.
Me apresente Joyce, amigo. Será que tenho capacidade para sorve-lo?
ResponderExcluirLuana - BH
se a intenção de Joyce foi manter ocupados seus críticos e leitores, conseguiu. segundo um crítico esse livro é pra ouvir. ô escritor complicado esse James. e difícil. e bárbaro.
ResponderExcluirbeijo.
Joyce era loucaço e teve o estômago perfurado de tanto beber. Um gênio estraterrestre.
ResponderExcluirMartinica da Cuica
Aqui aprendi quem era esse cara: Uma insanidade genial!Ulisses construiu um mito e destruiu a caretice.
ResponderExcluirDay