domingo, 30 de janeiro de 2011

Raros, por isso, alternativos


Gov't Mule:
A evolução máxima do Rock'n Blues
Por Antonio Siqueira


























Um fantástico espetáculo é o ‘Gov’t Mule’! Uma banda de southern rock, uma mistura de rock and roll, country e blues geralmente centrada na guitarra e no canto, o coração pulsante do blues. Formada em 1994 pelo guitarrista Warren Haynes e o baixista Allen Woody do ‘Allmann Brothers Band’ e o baterista Matt Abts. O nome da banda foi sugerido pelo baterista Jaimo e do “Allman Brothers”, após assistir a um dos vários ensaios. Embora não haja uma tradução apropriada para a língua portuguesa, Gov’t Mule’ significa algo como ‘mula de carga’. Não sei se é correto, mas li que o nome seria uma sátira ao antigo governo americano, que depois da libertação dos escravos sulistas, deu uma mula e um pequeno pedaço de terra para cada um dos libertos.

Com composições próprias e covers que ganharam uma roupagem totalmente diferente, a idéia era reviver os Power - trios das décadas de 60 e 70. O primeiro álbum

‘Gov’t Mule’ é gravado em 1995, e Warren Haynes é eleito pela segunda vez consecutiva o melhor guitarrista. Um dos pontos altos é ‘Trane’, instrumental em homenagem a John Coltrane, um dos ídolos de Haynes.
O Government Mule é um espetáculo a parte para quem curte o Rock e o Blues, misturados na medida certa e no mesmo “copo”.




Gov't Mule - Banks of the Deep End






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sábado, 29 de janeiro de 2011

Um poema ainda existe, no calor, na matéria, no tempo...sob tela de Sergio Cajado:


Cronológico
Por Antonio Siqueira

Imagem: Sergio Cajado




























No tempo certo
No limite das minhas ações
Num temporal
Onde a natureza, incalta
Concreta
Concisa
Permanente
Derramo minha saudade
Na forma mais preciosa, demasiadamente humana
através de minhas lágrimas
que secam ao sol
40º graus precisos
Pois o tempo é o algoz de toda a matéria viva.


sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Um poema lembrança. O exercício da alma e o sentido da vida sob a tela de Sergio Cajado


SONHO
por Fernando Toledo

Imagem: Sergio Cajado























Imagens esparsas
Contudo sólidas
Derretem na seiva da noite
(onze cavalheiros de azul
 um gato de unhas pintadas
 meu primo aos sete anos
 roubando os cajás do vizinho)
Meus dias passaram,
Incompletos
Algo não veio
E eu o quis
Recupero-o agora, satisfeito
No momento em que os medos criam garras
E os prazeres têm coxas macias

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

O imprevisível Hendrix


JIMI HENDRIX, UNPREDICTABLE
Por Antonio Siqueira





O guitarrista, cantor e compositor, Johny Allen Hendrix nasceu em Seattle, Washington, depois de ter o nome mudado por seu pai para James Marshall Hendrix, pouco depois que sua mãe o abandonou e morreu.

Al, seu pai lhe deu uma guitarra pequena quando ele tinha cinco anos, ao notar o amor de seu filho pela música. Aprendeu a tocar guitarra com quatorze anos de idade, compunha desde que ainda não sabia ler e escrever, decorando tudo. Hendrix foi capaz de pegar uma seqüência de uma guitarra acústica, que o inspirou e tocar como Muddy Waters e Lightnin'Hopkns. Ele aprendeu a tocar de ouvido e de ouvir e praticar horas intermináveis de Chuck Berry.

Depois de um curto período no serviço militar, foi dispensado por ser um soldado não combatente, porque tinha adquirido uma lesão na perna devido a um salto de para-quedas, mas tudo o que ele queria fazer era tocar guitarra.


Ao deixar o Exército, ele se mudou para Nashville, onde tentou fixar uma banda que pudesse acompanhar seu estilo, só passou a tocar em clubes negros, mas aspirava por algo mais. Mudando-se para Nova York, Greenwich Village, foi descoberto por um produtor que, eventualmente, o assistiu e o convidou para tocar em Londres.
Em 1967, uma vez lá,  regravou "Hey Joe", que logo foi sucesso. Lançou outras duas canções que havia escrito e que também foram ‘número um’ em vendas. Hendrix é considerado o pai do blues/rock.

Após sua volta aos Estados Unidos em 1969, Hendrix encara o Festival de Woodstock. Sua performance tocando o hino americano, com aqueles barulhos de explosões e bombas, se tornou um clássico. Depois do protesto, ele ainda fez um culto às drogas, um símbolo de Woodstock e da cultura hippie. A apresentação de encerramento de Hendrix, diante de um público estimado de apenas 40 mil pessoas que permaneceram até a manhã de segunda-feira, se tornou um dos momentos icônicos do festival, mas o co-fundador de Woodstock, Michael Lang, tentou ao máximo colocar o guitarrista diante de um público maior. O empresário de Hendrix, insistiu até o fim que ele deveria fechar Woodstock. Jimi Hendrix, também cantou "The Star-Spangled Banner", esta canção foi símbolo da grande resistência contra a Guerra do Vietnã que já tinha matado jovens americanos demais.

 De volta a Londres aos 27 anos, Hendrix foi encontrado morto em seu apartamento no hotel depois de uma pílula para dormir. Aparentemente foi uma overdose de álcool e barbitúricos e dada a vontade de viver e a felicidade do grande momento que atravessava, descartou-se a hipótese de suicídio.

Jimi Hendrix era o neto de um índio Cherokee . Além de roupas extravagantes, ele se distinguia por seus longos cabelos crespos. Era particularmente notável como cada percepção acústica, como o som de uma maçaneta da porta ou passagem do automóvel, se transformado em percepção óptica. Seu feedback  _ solos pesados e melodias alucinógenas _ que ajudou a definir a década psicodélica de 1960, foram eternizados. Hendrix cresceu e se tornou uma lenda da guitarra, do rock’n blues. A guitarra como parte de seu corpo, num passeio elegante entre as cordas. Dispensava as famingeradas paletas, solava sua guitarra nas costas e tocava com a boca, usando a língua em suas performances quase que surreais.

Um amigo disse: “Se eu tivesse que escolher ser outra pessoa, um músico, talvez, seria provavelmente Jimi Hendrix. Ele cruzou a divisão racial, atraiu fãs de todo o mundo. Inesquecível. A assinatura mais fiel em um estilo diferente de qualquer outra coisa na época. "

Há 40 anos, eternizou sua obra com uma morte precoce. Jimi Hendrix, a perfeição na mistura eclética entre o blues, o rock e o jazz, que construíram um estilo inigualável. Hedrix is Hendrix ... is anyone else.




English Version: 


The guitarist, singer and composer, was born Johnny Allen Hendrix in Seattle, Washington, after the name changed by his father to James Marshall Hendrix, shortly after his mother abandoned him and he died. 


Al, his father gave him a small guitar when he was five years, noting his son's love for music. He learned to play guitar with the age of fourteen, composed from still could not read and write, memorizing everything. Hendrix was able to grab a string acoustic guitar, which inspired him and play like Muddy Waters and Lightnin'Hopkns. He learned to play by ear and listen to endless hours of practice and Chuck Berry. 


After a short stint in the military, was fired for being a non-combatant soldier, because he had acquired a leg injury due to a jump with a parachute, but all he wanted to do was play guitar. 




On leaving the Army, he moved to Nashville, where he tried to secure a band that could follow his style, just started playing black clubs, but yearned for something more. Moving to New York, Greenwich Village, was discovered by a producer who eventually assisted him and invited him to play in London. 
In 1967, once there, re-recorded "Hey Joe", which was soon successful. Released two other songs he had written and which were also 'number one' in sales. Hendrix is considered the father of the blues / rock. 


After his return to the United States in 1969, Hendrix sees the Woodstock Festival. His performance playing the national anthem with those noises of explosions and bombs, became a classic. Following the protest, he still made a cult of drugs, a symbol of Woodstock and the hippie culture. The closing presentation of Hendrix, before an estimated audience of just 40 000 people who stayed until the morning of Monday, became one of the iconic moments of the festival, but the co-founder of Woodstock, Michael Lang, the most tried guitarist put before a larger audience. Hendrix's manager, insisted to the end that he should close Woodstock. Jimi Hendrix, also sang "The Star-Spangled Banner", this song was great symbol of resistance against the Vietnam War that had already killed too many young Americans. 


 Back in London at age 27, Hendrix was found dead in his hotel room after a sleeping pill. Apparently it was an overdose of alcohol and barbiturates, and given the will to live and happiness of the great time we crossed, ruled out the hypothesis of suicide. 


Jimi Hendrix was the grandson of a Cherokee Indian. Besides fancy clothes, he distinguished himself for his long curly hair. It was particularly remarkable how every acoustic perception, such as the sound of a door knob or move the car, turned into optical perceptions. Your feedback and heavy soils _ _ hallucinatory tunes that helped define the psychedelic decade of 1960, were eternal. Hendrix grew up to become a guitar legend, the rock and blues. The guitar as part of his body, an elegant walk between the ropes. Relieve the famingeradas palettes, solava his guitar behind his back and played with the mouth, using language in their performances almost surreal. 


A friend said: "If I had to pick somebody else, a musician, perhaps, would be Jimi Hendrix. He crossed the racial divide, has attracted fans from around the world. Unforgettable. The signing more faithful in a different style from anything else at the time. " 


For 40 years, immortalized his work with an early death. Jimi Hendrix, perfection in the eclectic mix of blues, rock and jazz, who built a unique style. Hedrix Hendrix is ... is anyone else. 




*Colaborou: Sandra Britto


Publicado originalmente em 09/09/2009 no Jornal Atitude




Jimi Hendrix - Hey Joe







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domingo, 23 de janeiro de 2011

O domingo e sua imposições confessionais




Domingo tangente 
Por Antonio Siqueira

...O que o passado beija e acalenta
Aqui e agora,
se fragmenta
Num presente sem muitas novidades, que nada sacia
Claro e evidênte a olho nu
Um som do The Who autenticando um verão de pouca poesia.





*Quando eu era adolescente e não podia sair aos domingos, me trancava no quarto para ouvir The Who e fugir do som da voz de Silvio Santos. Eu, simplesmente, me entrincheirava. 




sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

As canções de amor de Oswaldo Montenegro



Canções de Amor, Silêncio e Paz
Por Antonio Siqueira

















Sempre achei uma enorme injustiça o que fazem com Oswaldo Montenegro. Confundiram a inteligência e genialidade do compositor brasiliense, radicado há 3 décadas no Rio de Janeiro, com chatice. Oswaldo é um papo ótimo, além de ser um cara super elegante e educadíssimo. Oswaldo gravou um belo cd em 2010, o excelente “Canções de Amor”. A carreira longeva pode até ter o obrigado a revisitar velhos sucessos, Montenegro o fez, mas com lucidez e beleza ímpares.

Em “Canções de Amor, as canções aparecem cruas e nuas na essência, tocadas apenas ao violão e algumas poucas flautas de Madalena Salles. E, talvez, esse seja o único ponto passível de crítica, o fato de ter tão poucas flautas de Madá. O disco reúne 12 faixas, sendo duas delas nunca gravadas por Oswaldo e as outras regravações de canções lançadas ao longo de três décadas de carreira.

Além de Oswaldo e Madá, o álbum traz uma pequena participação de Zélia Duncan dividindo os vocais com o menestrel em uma das mais belas músicas já lançadas por Oswaldo Montenegro: “Sempre Não é Todo Dia”, do musical “Aldeia dos Ventos” de 1985. A bela composição de Oswaldo e Mongol dispensa a colaboração que, no final das contas, acabou tirando a suavidade própria da música.

Para o repertório de “Canções de Amor” Oswaldo Montenegro escolheu regravar músicas que não são tão populares para aqueles que não acompanham sua carreira, como “Se Puder, Sem Medo”, belíssima canção que parece conter uma despedida e a esperança de um retorno.

As palavras das músicas nesse disco parecem ganhar uma força maior do que em outras gravações justamente pelo formato como são apresentadas, de modo tão intimista. Além disso, Oswaldo interpreta as músicas em tons mais baixos, criando todo um clima quase confessional.

Quem conhece a delicadeza das poesias de Oswaldo Montenegro sabe o quanto são belas quando unidas às harmonias de seu violão e da flauta de Madalena Salles. Por isso, esse é um ótimo trabalho de releituras suaves e emocionadas do cancioneiro e do artista.




Oswaldo Montenegro - Canções de Amor





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quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Mariza Lourenço chamou-me a atenção para esta crônica sobre Copacabana, escrita 33 anos atrás pelo maior cronista brasileiro desde Machado de Assis. Obrigado Mariza, sua sensibilidade e acuidade literárias, não podem se ausentar de nós...jamais.

AI DE TI, Copacabana
Rubem Braga






1. AI DE TI, Copacabana, porque eu já fiz o sinal bem claro de que é chegada a véspera de teu dia, e tu não viste; porém minha voz te abalará até as entranhas.

2. Ai de ti, Copacabana, porque a ti chamaram Princesa do Mar, e cingiram tua fronte com uma coroa de mentiras; e deste risadas ébrias e vãs no seio da noite.

3. Já movi o mar de uma parte e de outra parte, e suas ondas tomaram o Leme e o Arpoador, e tu não viste este sinal; estás perdida e cega no meio de tuas iniqüidades e de tua malícia.

4. Sem Leme, quem te governará? Foste iníqua perante o oceano, e o oceano mandará sobre ti a multidão de suas ondas.

6. Grandes são teus edifícios de cimento, e eles se postam diante do mar qual alta muralha desafiando o mar; mas eles se abaterão.

6. E os escuros peixes nadarão nas tuas ruas e a vasa fétida das marés cobrirá tua face; e o setentrião lançará as ondas sobre ti num referver de espumas qual um bando de carneiros em pânico, até morder a aba de teus morros; e todas as muralhas ruirão.

7. E os polvos habitarão os teus porões e as negras jamantas as tuas lojas de decorações; e os meros se entocarão em tuas galerias, desde Menescal até Alaska.

8. Então quem especulará sobre o metro quadrado de teu terreno? Pois na verdade não haverá terreno algum.

9. Ai daqueles que dormem em leitos de pau-marfim nas câmaras refrigeradas, e desprezam o vento e o ar do Senhor, e não obedecem à lei do verão.

10. Ai daqueles que passam em seus cadilaques buzinando alto, pois não terão tanta pressa quando virem pela frente a hora da provação.

11. Tuas donzelas se estendem na areia e passam no corpo óleos odoríferos para tostar a tez, e teus mancebos fazem das lambretas instrumentos de concupiscência.

12. Uivai, mancebos, e clamai, mocinhas, e rebolai-vos na cinza, porque já se cumpriram vossos dias, e eu vos quebrantarei.}

13. Ai de ti, Copacabana, porque os badejos e as garoupas estarão nos poços de teus elevadores, e os meninos do morro, quando for chegado o tempo das tainhas, jogarão tarrafas no Canal do Cantagalo; ou lançarão suas linhas dos altos do Babilônia.

14. E os pequenos peixes que habitam os aquários de vidro serão libertados para todo o número de suas gerações.

15. Por que rezais em vossos templos, fariseus de Copacabana, e levais flores para Iemanjá no meio da noite? Acaso eu não conheço a multidão de vossos pecados?

16. Antes de te perder eu agravarei s tua demência — ai de ti, Copacabana! Os gentios de teus morros descerão uivando sobre ti, e os canhões de teu próprio Forte se voltarão contra teu corpo, e troarão; mas a água salgada levará milênios para lavar os teus pecados de um só verão.

17. E tu, Oscar, filho de Ornstein, ouve a minha ordem: reserva para Iemanjá os mais espaçosos aposentos de teu palácio, porque ali, entre algas, ela habitará.

18. E no Petit Club os siris comerão cabeças de homens fritas na casca; e Sacha, o homem-rã, tocará piano submarino para fantasmas de mulheres silenciosas e verdes, cujos nomes passaram muitos anos nas colunas dos cronistas, no tempo em que havia colunas e havia cronistas.

19. Pois grande foi a tua vaidade, Copacabana, e fundas foram as tuas mazelas; já se incendiou o Vogue, e não viste o sinal, e já mandei tragar as areias do Leme e ainda não vês o sinal. Pois o fogo e a água te consumirão.

20. A rapina de teus mercadores e a libação de teus perdidos; e a ostentação da hetaira do Posto Cinco, em cujos diamantes se coagularam as lágrimas de mil meninas miseráveis — tudo passará.

21. Assim qual escuro alfanje a nadadeira dos imensos cações passará ao lado de tuas antenas de televisão; porém muitos peixes morrerão por se banharem no uísque falsificado de teus bares.

22. Pinta-te qual mulher pública e coloca todas as tuas jóias, e aviva o verniz de tuas unhas e canta a tua última canção pecaminosa, pois em verdade é tarde para a prece; e que estremeça o teu corpo fino e cheio de máculas, desde o Edifício Olinda até a sede dos Marimbás porque eis que sobre ele vai a minha fúria, e o destruirá. Canta a tua última canção, Copacabana!

Rio de janeiro, 1958



Texto extraído do livro "Ai de ti, Copacabana", Editora do Autor - Rio de Janeiro, 1960, pág. 99.





segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

Notas e notáveis



Lady Jazz




















Lady Gaga, como diversos artistas populares da canção mundial, não é só lixo e propaganda esdrúxula; A Loira, caricatura mais que perfeita das regras do mercado fonográfico e “Madona da vez”, canta jazz e muito! Em passagem por um clube do gênero na cidade de Nova Iorque, na ultima quarta-feira, (05/01). Gaga subiu ao palco para cantar as músicas "Someone to Watch Over Me" e "Orange Colored Sky", de acordo com o site da revista norte-americana "Billboard". A cantora estava no clube para assistir ao show do jazzista Brian Newman, que também é seu amigo. Lady Gaga já havia dividido o palco com Newman no mesmo clube, em setembro passado. Segundo o site, a moça lança disco novo e maio deste ano. "Born This Way" sairá nos mesmos moldes madonescos dos últimos álbuns. A música que dá nome ao álbum será lançada como single no dia 13 de fevereiro.


Versatilidade é pouco

                                                              
Susan Boyle revelou que ela gostaria de gravar uma canção com a banda AC/DC.
A cantora escocesa, descoberta no Reality "Britain’s Got Talent", falou de suas esperanças sobre um dueto, durante sua aparição no programa de entrevistas de Shane Warne, Down Under. Quando perguntada se ela faria um cover de uma das canções da banda, Boyle respondeu: "O que você quer? Você consegue, vamos nessa. Sem problema, vamos lá, estarei pronta quando vocês estiverem." Susan Boyle é versátil e corajosa!

E será que o AC-DC marcará o seu retorno no Rock In Rio e novamente no Brasil em 2011? A banda é a campeã com 44% nas pesquisas que trazem a pergunta: “Quais as atrações internacionais que você quer ver no Rock In Rio 2011?!”



Banda 14 Bis em débito com os fãs




Os fãs da banda 14 Bis andam chateados com as promessas  não cumpridas para 2010. A banda tinha na pauta um projeto magnânimo para quem curte o som dos mineiros: a volta do tecladista e compositor, Flávio Venturini e, conseqüentemente, a gravação de um DVD comemorativo dos 30 anos de atividades do grupo mineiro com a participação de Flávio em todas as faixas. O que enlouquece os fãs e entopem as comunidades virtuais da banda de tópicos e reclamações contumazes. A  bronca toda é devido  a falta de informações sobre o dito projeto do DVD que já estaria pronto e dependendo daquela velha burocracia para divulgação + distribuição e, principalmente, a ausência total de satisfações da assessoria do quarteto vocal e instrumental que fez enorme sucesso nos anos 1980 e ainda mantém uma invejável agenda anual de shows e admiradores da excelente musica que ainda fazem. É hora de valorizar um legado de 30 anos de estrada. Os fãs são muitos e de todas as idades, inclusive o escriba que vos comunica, curtiu e curte muito o elaborado som dos mineiros.

Proibição esquisita

A prefeitura do Rio, por uma acaso, apresentou os motivos para a proibição do desfile de 40 blocos no carnaval 2011. Os mesmos blocos que foram limados dos desfiles de 2010. Inclusive os Embaixadores da Folia, que sai há 10 anos. A excelente Agenda do Samba & Choro trás detalhes sobre essa palhaçada.
Durou apenas 32 minutos a venda de ingressos para arquibancadas especiais e cadeiras individuais para os desfiles do grupo especial do Carnaval Rio 2011. É, meu amigo; se você não estiver conectado à internet, nos dias de hoje, você dança! Os compradores deverão realizar o depósito bancário com o valor dos ingressos na quinta-feira (13) e na sexta-feira (14). Porém, há uma esperanças para os fissurados na Marquês de Sapucaí que ficaram de fora: os bilhetes que não foram pagos neste período serão recolocados à venda, que está marca para o dia 19.

*O prazer me chama... let's have a coffee?

Um vídeo youtubeano para começar a semana com um astral menos pesado. Um pouco de nostalgia, please:



14 Bis Linda Juventude Globo de Ouro 83





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sábado, 15 de janeiro de 2011

Um minuto da sua vida, um minuto de silêncio aos que se foram




"Só seremos universais se conhecermos e amarmos nossa aldeia."
(Leon Tostoi)



Rubens (1577-1640)
      Cristo e S.João com os Anjos
               Wilton House at Wilts Shire, England

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Um poema ainda existe, a solidariedade também...

L'solidale
Por Antonio Siqueira























E porquê você não acreditaria no amor?
Mesmo diante de tanta barbárie?
Mesmo que a tempestade não cesse?
Que a vida se esvaia,
Mas que deixe uma oração de ternura
Na candura de cada coração partido.
O sonho quebrado tem gosto de nada.
A fé abalada...
Resta a culpa.
Cuidar do mundo, da terra...
Cuidar da sua casa, do seu quintal
Não é metafísico ou inalcançável...
É instinto de preservação.

Solidariedade,
Sentimento solene.
Solidariedade,
Fé, talvez sem causa.
Aos Olhos Dele, a essência de existir.

*"Solidariedade, amigos, não se agradece, comemora-se." ( Herbert de Souza, o Betinho )

O mínimo que podemos fazer é tudo para muitos




Todos podem ajudar aos desabrigados na região serrana do Estado do Rio de Janeiro: Roupas de cama, vestuário em geral ( fraldas, roupas infantis...), medicamentos e alimentos não perecíveis e de consumo emergencial, principalmente, água mineral. O “Viva Rio”, a rodoviária Novo Rio e todos os batalhões da PM, são as instituições publicas que recebem esses donativos.

O grupo de supermercados Pão de Açúcar montou postos de arrecadação em todas as 100 lojas da rede no estado do Rio. As doações podem ser feitas nos estabelecimentos Pão de Açúcar, ABC Compre Bem, Sendas , Extra Supermercados e Assaí. De acordo com o grupo, os donativos serão entregues até 26 de janeiro.

A partir de quinta-feira (13), a Polícia Rodoviária Federal vai montar quatro postos de arrecadação de alimentos e produtos de higiene pessoal. Dois pontos vão funcionar 24 horas, um deles será instalado na BR-116, na altura do pedágio da Rio-Magé, e o outro na BR-101, no trecho de Casimiro de Abreu.

Outros dois postos, na Rio-Petrópolis e na Rodovia Presidente Dutra, vão funcionar das 8h às 17 horas. A PRF informou que os alimentos arrecadados serão entregues para a Cruz Vermelha, que ficará encarregada de fazer a distribuição às vítimas.


*"A solidariedade é o sentimento que melhor expressa o respeito pela dignidade humana."
( Franz Kafka )



segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Amy Winehouse canta hoje no HSBC Arena às 20h30...

Amy Winehouse: uma epopéia de multigêneros
Por Antonio Siqueira


Amy Winehouse canta hoje no Rio

















Ela escolheu o Brasil para iniciar sua nova fase, hospedou-se no Bairro de Santa Tereza, bem pertinho do Largo dos Leões e dos botecos mais qualificados da região. Perambulou, discretamente, da Lapa ao Baixo Leblon, chapou caipirinha industrialmente e fez seu intercâmbio etílicultural pela cidade maravilhosa, antes de partir para Florianopolis. Não sem antes xingar alguns fãs sem noção na porta do hotel. Amy Winehouse, a maior voz dos últimos 30 anos, a diva do jazz, do blue, do pop rock e de todos os gêneros de qualidade, se apresenta no HSBC Arena, na Barra da Tijuca, hoje e amanhã, com ingressos que se ainda existirem, variam entre 180 a 700 Reais.

Quando ela marca um show, os fãs comemoram, mas eles nunca sabem se realmente ela vai aparecer. E mesmo quando ela aparece, é difícil dizer quanto tempo vai ficar no palco. Como terá sido o primeiro show da turnê brasileira de Amy Winehouse, em Floripa? Pois bem, Florianópolis foi um sucesso! Showzaço para 12 mil pessoas e uma Amy que mesmo muito doida e parecendo perdida, sacudiu as estruturas, vestida de branco e com o velho conhecido trovão vocal. Quem for ao HSBC Arena, provavelmente trará boas lembranças.

A trajetória de Amy Winehouse é de transgressão total. O segredo estava no diário que ela mantinha na adolescência, encontrado no lixo em dezembro do ano passado. "Assim que assinar com uma gravadora, vou viver loucamente como eu sempre quis", escreveu ela. E assim foi. De menina sorridente com corpinho torneado, se transformou na encrenqueira junkie. E diz que não quer saber de reabilitação, como frisa bem na letra do excelente hit, Rehab. Aos 27 anos de idade, coleciona episódios que se tornaram tão conhecidos quanto sua música. No Rock in Rio Lisboa (só em Portugal para existir um evento de outro país, outra cidade e manterem o mesmo nome do local de origem desse evento), em 2008: bebeu e caiu no palco. Flagrada consumindo crack. Por agressão, foi presa algumas vezes.

Amy é tão grandiosa, tão gigante na sua musica e nos palcos, que nada disso diminui o foco da sua obra, do seu trabalho. Deixem a menina se endoidar em paz! Enquanto houver musica de qualidade, existirá vida. Amy, musicalmente, é uma  das melhores partes da história da ARTE contemporânea.






Rehab - Amy Winehouse






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sábado, 8 de janeiro de 2011

Um poema ainda existe...está vivo e pulsando...nós queremos vida.

Nós queremos vida
Por Antonio Siqueira













Linda, muito linda...como a música
São nossas vidas, relógios de areia.
Querem nos levar... para quê?
Para morrer?
Medo.
Medo de quê?
De ser infeliz...
Mas foi tão linda...é tão linda
Que não passará,
 Passarão
As cinzas da Terra, meu amor.
Me abrace, me beije com calor.
Me ame na rua,
Na lua
Neste chão
Que eu quero VIDA
Nós queremos vida.

terça-feira, 4 de janeiro de 2011

Dadivas da genialidade



Gênios soltos 
Por Antonio Siqueira


Certa vez, numa mesa do Bar Luiz, na Rua da Carioca, no Centro do Rio; eu e Fernando Toledo, entre um chope e uma baforada num charuto baiano enorme, falávamos da liberdade de auto-identificação que certos livros transmitem ao leitor. A mesma abordagem de definições transigíamos à primeira arte, a mãe musica. Na verdade sempre concordávamos que as duas artes transcendiam além do humano.  Que lendo Joyce, nos sentimos no mesmo mundo moral, no mesmo tipo de enredo e abordagem de dilemas psicológicos. Aquele cara descreveria todo aquele sentimento na Dublin do século XIX ou no Rio de Janeiro da década de 1920, com seus malandros e suas navalhas e todo aquele seu corredor cultural selvagem (da Lapa ao Santo Cristo), porém encantador. Chegamos à conclusões, aos olhos de muitos, absurdas.

 Até que Fernando encontrou o fantástico jornalista e amigo, Fausto Wolff, em uma esticada até o Bar Brasil. Naquela mesma noite de sexta-feira em que ele me arrastou para a verdade dos fatos. Era um novembro chuvoso de 2003. Elucubrações filosóficas a parte, devo confessar que jamais esquecerei aqueles diálogos épicos. Acho que depois de uns 6 meses após aquela noitada sem nenhum juízo de valores, resolveram transformar aquelas conversas em uma entrevista com o próprio Fausto. Fui convidado para participar, via e-mail, mas confesso que amarelei. Fernando conduziu a entrevista com os amigos Eduardo Goldenberg e Gustavo Dumas no mesmo Bar Brasil, na Lapa de todas as culturas e tribos.

Se estivesse entre nós, meu amigo Fernando Cesar Toledo estaria completando 43 anos. Essa é uma data em que jamais poderei deixar de homenagea-lo e agradecê-lo por ter passado por esse planeta, convivido e ensinado a cada um de nós. Aprendeu muito também, mas doou muito mais de si. Nossa amizade ia muito mais além de um diálogo literário ou musical; era o dia a dia, o futebol, os bailes, as festas, as baladas, os amores, as noitadas de muito som, as contas a pagar de ambos, e a família. Que os anjos da arte lhe abracem para sempre.






Fernando Toledo, Edu Goldeberg e Gustavo Dumas entrevistam Fausto Wolff - 19/07/2004