sábado, 22 de novembro de 2014

Vinte anos depois



O melhor álbum do Pink Floyd
      depois de "The Wall"

             Por Antonio Siqueira

The Endless River by Pink Floyd
















Embora o embrião de The Endless River seja as sessões de The Division Bell, o disco em nada se parece com um TDB II como muitos comentam, muito pelo contrário, é um disco onde Rick Wright está na liderança com David Gilmour e isso nos remete ao Floyd early seventies com recursos de estúdio do século XXI como já foi dito,inclusive,anteriormente pelo guitarrista em algumas entrevistas promocionais para o disco.

Este álbum é dividido em 4 partes e abre com “Things left Unsaid” que realmente é a que mais me lembrou o PINK FLOYD dos últimos anos, pois os dois últimos discos de estúdio, bem como o último disco solo de estúdio de Gilmour, começam com uma bela melodia sem compromisso cheia de teclados e com um belíssimo solo de cordas. “It’s What We Do” nos mostra Rick Wright com tudo e a música em si lembra a injustiçada parte IX de “Shine on crazy you diamond...” com um belíssimo órgão e a banda acompanhando. Os “Floydianos” de coletâneas e de discos ao vivo não conhecerão esta parte que originalmente saiu no disco Wish You Were Here em 1975, que é assinada somente pelo gênio Richard Wright e que inclusive fecha a obra. “Ebb and Flow”, a seguinte trata-se de uma continuação da primeira música que parece voltar justamente para finalizar a viagem instrumental da primeira parte do álbum.


“Anisina” talvez a mais bela do disco é uma melodia de piano de Richard Wright com um lindíssimo solo de Sax e o velho Gilmour ao seu estilo deixando a celebração mais primorosa ainda. É a canção que o Arte Vital Blog tomou a "liberdade" de produzir e publicar. Este disco, 20 anos depois do "derradeiro" The Division Bell e comandado pelo gênio criativo de Richard  Wright, nos é dado como um belo presente de começo de século. Daqui a 200 anos, talvez, eles sejam lembrados como Vivaldi, Beethoven e Johann Sebastian Bach, só que com seus singles devidamente digitalizados e intactos em qualidade e acuidade sonora. Vida longa à música de qualidade.


Pink Floyd - "Anisina" - Side 2, Pt. 4 By Arte Vital Blog






sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Cecília Absoluta

Por Antonio Siqueira




Fotografia: Antonio Siqueira







































É Mar Absoluto, que dá título à coletânea e exemplifica o "fluxo de inspiração espontâneo e disciplinado" atribuído a ela pelo crítico Otto Maria Carpeaux. Estudante de música especializada em voz e violino, a poeta compunha seus versos com o uso de abundantes assonâncias, aliterações e outros recursos sonoros e rítmicos. O resultado são versos em harmônica cadência musical, que não caem, contudo, na artificialidade parnasiana.

Nesse poema, o tema do mar, que já aparecera em Viagem (1939) e Vaga Música (1942), e as imagens por ele produzidas transmitem a subjetividade mutável do eu-lírico: "Foi desde sempre o mar,/ E multidões passadas me empurravam/ como o barco esquecido. (...) E tenho de procurar meus tios remotos afogados./ Tenho de levar-lhes redes de rezas,/ campos convertidos em velas,/ barcas sobrenaturais/ com peixes mensageiros/ e cantos náuticos.// E fico tonta./ acordada de repente nas praias tumultuosas. (...)/ Queremos a sua solidão robusta,/ uma solidão para todos os lados,/ uma ausência humana que se opõe ao mesquinho formigar do mundo,/ e faz o tempo inteiriço, livre das lutas de cada dia".

O mar aparece como metáfora do desapego ao tempo - aquele existe desde sempre, como afirma o primeiro verso do poema. Apresenta-se, também, como símbolo da ausência, um dos temas centrais da produção da autora. Para a professora Darlene Sadlier, "o que está perdido na vida vive através da essência do seu ser, que é sustentado pelo poeta na memória e no verso".

Tanto em Mar Absoluto como nos outros poemas do livro expressam-se a combinação de espiritualismo e materialismo e a fusão de passado, presente e futuro. A matéria poética está ligada a esse tempo, cujos espíritos estão presos num espaço além do reino da existência material, os problemas e as preocupações da vida diária. Quando se volta ao que passou, o fluxo das experiências vividas transparece apenas pela simbologia da perda, nostalgia e resignação. Afora essa atmosfera comum, esta coletânea possui outra vertente: os poemas de inigualável intensidade chamados Motivo da Rosa, que estão dispersos pelo livro e unem-se pela força estilística. Metáfora para a efemeridade, a flor é uma constante nos trabalhos de Cecília. O segundo desses motivos é dedicado a Mário de Andrade: "Por mais que te celebre, não me escutas,/ embora em forma e nácar te assemelhes/ à concha soante, à musical orelha/ que grava o mar nas íntimas volutas".

Cecília tinha muito pouco em comum com qualquer uma das vertentes modernistas e outros autores que lhe eram contemporâneos. Sua obra não se voltava ao tempo presente, atitude que não se estendia à atuação da escritora como educadora ou jornalista. Entre suas causas, estavam a universalização do ensino, a igualdade entre os sexos e a derrota do autoritarismo político que testemunhou.




quinta-feira, 6 de novembro de 2014

Coletânea 'Queen Forever' traz inédita com voz de Fredie Mercury

Por Antonio Siqueira


Queen com Mercury nos anos 1980





















Uma das novidades da coletânea Queen Forever, que só chega às lojas na semana que vem, foi divulgada na web. É a música inédita Let Me In Your Heart Again, com a voz do vocalista do grupo Freddie Mercury, e que está disponível para audição no canal oficial da banda no You Tube.

A versão é uma mixagem especial de William Orbit, que está produzindo o disco. Além dela, o álbum terá mais duas músicas novas: There Must Be More to Life Than This, que tem participação de Michael Jackson, e uma nova versão para Love Kills.

A coletânea será comercializada em CD simples, com 20 faixas, e CD duplo, com 36 músicas no repertório.



Confira: