quarta-feira, 12 de março de 2014

CURTO CIRCUITO com Ives Pierini: "Politicamente Correto"

)




O "POLITICAMENTE CORRETO", PITORESCAMENTE OU NÃO

Segundo a Wikipédia

* "O politicamente correto (ou correção política) se refere a uma suposta política que consiste em tornar a linguagem neutra em termos de discriminação e evitar que possa ser ofensiva para certas pessoas ou grupos sociais, como a linguagem e o imaginário racista ou sexista. O politicamente incorreto, por outro lado, é uma forma de expressão que procura externalizar os preconceitos sociais sem receios de nenhuma ordem, funcionando muitas vezes como um eufemismo para discurso de ódio. No Brasil , é normalmente associado a um tipo de humor que envolve anti-semitismo , homofobia, estupro, racismo , machismo e outras formas de degradação da dignidade humana."


Segundo a definição de um aluno (que não se identificou) da Universidade de  Griffith, na Austrália:

* “Politicamente correto é uma doutrina, sustentada por uma minoria iludida e sem lógica, que foi rapidamente promovida pelos meios de comunicação e que sustenta a idéia de que é inteiramente possível pegar num pedaço de merda pelo lado limpo.”


Ives Pierini
Ives Pierini é professor de história, musico multi instrumentista, arranjador, compositor e produtor de trilhas sonoras. É um dos membros fundadores da Banda Black Dog Brazil e pensador nato. Segundo vídeo de uma série que abordará fatos cotidiano e do cenário politico-social da cidade, do país e do mundo com inteligência, embasamento e muito bom humor. Ives não é de direita, esquerda, centro, não é conservador, não é liberal, muito menos Politicamente Correto.





Apoio irrestrito deste blog, o Arte Vital Blog e do blog Politica & Afins.


 Todos os direitos reservados®




quinta-feira, 6 de março de 2014

CURTO CIRCUITO com Ives Pierini



       Como o próprio  Ives Pierini mencionou em suas palavras, procurando dar alguma utilidade ao feriado de carnaval, este produziu o primeiro de uma série de videos chamada "Curto Circuito" onde aborda uma série de assuntos polêmicos e fatos do cotidiano do cenário político e cultural brasileiro.

Ives Pierini_Black_Dog_Brazil


        Ives é professor de história, musico e arranjador, compositor e produtor de trilhas sonoras, um dos membros fundadores da Banda Black Dog Brazil e pensador nato. Primeiro vídeo de uma série que abordará fatos cotidiano e do cenário politico-social da cidade, do país e do mundo. Neste ano de eleições, será de suma importância e uma dor de cabeça a mais para a Côrte.
Apoio de Politica & Afins e Arte Vital Blog. Imperdível!

(A.S)







Todos os direitos reservados®

quarta-feira, 5 de março de 2014

Relíquias part 5: Marcha da Quarta-Feira de Cinzas

Vinícius e Lyra





















     


      O diplomata, advogado, jornalista, dramaturgo, compositor e poeta carioca Marcus Vinícius da Cruz de Melo Moraes (1913-1980) escreveu com Carlos Lyra, em 1963, a “Marcha da quarta-feira de cinzas”. O lirismo melancólico dos foliões a espera do próximo carnaval, que imperava na letra, depois serviu também como música de protesto contra a ditadura militar de 1964.

Embora consagrada pela voz de Nara Leão, essa marcha-rancho foi gravada, inicialmente, por Jorge Goulart, em 1963, pela Copacabana.



Marcha da Quarta-Feira de Cinzas
Carlos Lyra e Vinícius de Moraes

Acabou nosso carnaval
Ninguém ouve cantar canções
Ninguém passa mais brincando feliz
E nos corações
Saudades e cinzas foi o que restou.

Pelas ruas o que se vê
É uma gente que nem se vê
Que nem se sorri, se beija e se abraça
E sai caminhando
Dançando e cantando cantigas de amor.

E no entanto é preciso cantar
Mais que nunca é preciso cantar
É preciso cantar e alegrar a cidade…

A tristeza que a gente tem
Qualquer dia vai se acabar
Todos vão sorrir, voltou a esperança
É o povo que dança
Contente da vida, feliz a cantar.

Porque são tantas coisas azuis
Há tão grandes promessas de luz
Tanto amor para amar de que a gente nem sabe…

Quem me dera viver pra ver
E brincar outros carnavais
Com a beleza dos velhos carnavais
Que marchas tão lindas
E o povo cantando
Seu canto de paz
Seu canto de paz



terça-feira, 4 de março de 2014

Relíquias part 4


A Noite dos Mascarados



@arte_vital_blog
   













       


     

      O cantor, escritor, poeta e compositor carioca Chico Buarque de Hollanda, na letra de “Noite dos Mascarados”, descreve o encontro de duas pessoas no carnaval que, sob a forma de diálogo, procuram encontrar seus namorados. Essa marcha-rancho foi gravada no LP Chico Buarque de Hollanda – Vol. 2, em 1966, pela RGE.



Noite dos mascarados

Chico Buarque

- Quem é você?
- Adivinha, se gosta de mim!
Hoje os dois mascarados
Procuram os seus namorados
Perguntando assim:
- Quem é você, diga logo…
- Que eu quero saber o seu jogo…
- Que eu quero morrer no seu bloco…
- Que eu quero me arder no seu fogo.
- Eu sou seresteiro,
Poeta e cantor.
- O meu tempo inteiro
Só zombo do amor.
- Eu tenho um pandeiro.
- Só quero um violão.
- Eu nado em dinheiro.
- Não tenho um tostão.
Fui porta-estandarte,
Não sei mais dançar.
- Eu, modéstia à parte,
Nasci pra sambar.
- Eu sou tão menina…
- Meu tempo passou…
- Eu sou Colombina!
- Eu sou Pierrô!
Mas é Carnaval!
Não me diga mais quem é você!
Amanhã tudo volta ao normal.
Deixa a festa acabar,
Deixa o barco correr.
Deixa o dia raiar, que hoje eu sou
Da maneira que você me quer.
O que você pedir eu lhe dou,
Seja você quem for,
Seja o que Deus quiser!
Seja você quem for,
Seja o que Deus quiser!







segunda-feira, 3 de março de 2014

Relíquias Part 3

@Paulo_Cesar_Pinheiro
O cantor, compositor e poeta carioca Paulo César Francisco Pinheiro, na letra de “A velhice da porta-bandeira”, registra que a vida partilha alegrias e tristezas enquanto o tempo passa e, nas escolas de samba, há sempre outra porta-bandeira a espreitar.
Esse samba foi gravado no LP “O importante é que a nossa emoção sobreviva”, em 1974, pela Odeon, por Eduardo Gudin, Paulo César Pinheiro e a cantora Márcia, alcançando repercussão nacional com o disco e os shows realizados por diversos estados.




"A velhice da porta-bandeira"
Por Eduardo Gudin e Paulo César Pinheiro

Ela renunciou
A Mangueira saiu, ela ficou
Era porta-bandeira
Desde a primeira vez
Por que terá sido isso que ela fez?

Não, ninguém saberá
Ela se demitiu, outra virá
Ninguém a viu chorando
Coisa tão singular
Quando a bandeira tremeu no ar

Ô… quando toda avenida sambou
O seu mundo desmoronou
Ela se emocionou
Perto dela ela ouviu, alguém gritou:
“Viva a porta-bandeira”,
“Sou eu”, ela pensou
Mas foi a outra quem se curvou
Ô… quando toda avenida sambou
O seu mundo desmoronou
Ô… quando a porta-bandeira passou
Quem viu
Ela se levantou e aplaudiu








domingo, 2 de março de 2014

A tradição do "Bloco dos Sujos"



      Os compositores Luiz Antonio e Luis Reis são os autores do samba “Bloco de Sujo”, cuja letra expressa as manifestações populares típicas do carnaval de rua, onde o improviso e a desorganização são a tônica. Um grupo de foliões com fantasias improvisadas, ou mesmo de roupa comum, reúnem-se ao som de instrumentos também improvisados e desfilam pelas ruas da cidade, cantando e dançando.

"Bloco de Sujos":Tradição  dos carnavais que nunca acaba

Alguns blocos de sujo satirizam a política nacional com faixas e cartazes, sempre em tom de ironia e deboche, com a marca do humor brasileiro.

      As Gatas gravaram esse samba, em 1969, após terem vencido o Concurso de Músicas de Carnaval, no ano anterior, na TV Tupi, promovido pelo Conselho Superior de MPB do Museu da Imagem e do Som.





"Bloco de Sujo"
 Luiz Antonio e Luis Reis

Olha o bloco de sujo,
Que não tem fantasia,
Mas que traz alegria,
Para o povo sambar,

Olha o bloco de sujo,
Vai batendo na lata,
Alegria barata,
Carnaval é pular.

Olha o bloco de sujo,
Que não tem fantasia,
Mas que traz alegria,
Para o povo sambar,

Olha o bloco de sujo,
Vai batendo na lata,
Alegria barata,
Carnaval é pular.

Plác, plac, plac,
Bate a lata,
Plac, plac, plac,
Bate a lata,
Plac, plac, plac,
Se não tem tamborim,
Plac, plac, plac,
Bate a lata,
Plac, plac, plac,
Bate a lata,
Plac, plac, plac,
Carnaval é assim !…

sábado, 1 de março de 2014

Reliquias Part 2

   

    A regente, pianista e compositora carioca Francisca Hedwiges de Lima Neves Gonzaga (1847-1935) compôs a marcha-rancho “Ó Abre Alas” para o Cordão Rosas de Ouro, em 1899, “primeiro grande destaque carnavalesco que se tem registro na MPB”, segundo a História da Música Popular Brasileira – Grandes Compositores, excelente edição da Abril-Cultural.


@image_abril_cultural

















Ó abre alas
Chiquinha Gonzaga

Ó abre alas
Que eu quero passar
Ó abre alas
Que eu quero passar
Eu sou da Lira
Não posso negar
Ó abre alas
Que eu quero passar
Ó abre alas
Que eu quero passar
Rosa de Ouro
É quem vai ganhar









Reliquias

   


ze_keti@arte_vital_blog

   





















      O cantor e compositor carioca Zé Kéti, nome artístico de José Flores de Jesus (1921-1999), sentiu a sua carreira começar a deslanchar em 1955, quando o seu samba “A voz do morro”, gravado por Jorge Goulart, pela Continental, fez enorme sucesso na trilha do filme “Rio 40 graus”, de Nelson Pereira dos Santos.

     “A Voz do Morro” mostra em sua letra que o samba é a única voz valorizada no morro, transformada em um condutor de alegria do Rio de Janeiro para o resto do país.





A VOZ DO MORRO
   Zé Kéti

Eu sou o samba
A voz do morro sou eu mesmo sim senhor
Quero mostrar ao mundo que tenho valor
Eu sou o rei dos terreiros

Eu sou o samba
Sou natural daqui do Rio de Janeiro
Sou eu quem levo a alegria
Para milhões
De corações brasileiros

Mais um samba, queremos samba
Quem está pedindo é a voz do povo do país
Viva o samba, vamos cantando
Essa melodia do Brasil feliz




ZéKeti - "A voz do morro"/gravação da radio JB am