terça-feira, 31 de dezembro de 2013

2013: O Ano Em Que a MPB Partiu do Nada Para Lugar Nenhum

Por Antonio Siqueira

Ninguém merece!












     


   




       A palavra MÚSICA deriva de "arte das musas" em uma referência à mitologia , as origens da música nos períodos anteriores da história do homem, ou seja, na pré-história. A maioria acredita que é muito difícil conceber como os "homens das cavernas" entendiam a música, pois não deixaram vestígios arqueológicos a respeito do entendimento dos sons, fato que permite muita especulação a respeito. O mais lógico eram os cantos de trabalho, quando, no alvorecer da cultura humana, estes bípedes se organizaram em sociedade, dominaram a agricultura e  passaram a usar desses cantos para afastar a fadiga do árduo ofício de caçar e cultivar, afim de manter suas proles.

      A Música Popular Brasileira Moderna ou Contemporânea (mais conhecida como MPB) é um gênero musical que surgiu em 1966 com as bençãos da bossa-nova. Evoluiu, transgrediu, quebrou estruturas, mesclou-se a outros gêneros e ritmos, brilhou...houve uma epoca de ouro e não irei citar aqui artistas que a fizeram florescer, pois foram os mesmos que destruiram, retrocederam e corromperam a nossa primeira arte. Obviamente que um certo canal tv contribuiu e contribui muito para isso. Mas a conivência de certo um grupo de midiáticos doentes por dinheiro e holofotes, nos fez o favor de pisar e amassar o que já não funcionava bem.

     Axés, Sertanejos, Funks, Pagodes e a fecundação de aberrações sonoras promovidas pela mídia aproveitando o bem sucedido processo de emburrecimento das massas promovido pelo Golpe de 1964 e sacramentado pela "democracia de esquerda" dos Governos Lula e Dilma, deram o tiro de misericórdia. Nossa miséria de "talentos" é farta, o atoleiro ideológico é evidente, as redes sociais trouxeram uma nova vanguarda de imbecis: de funkeiros, a bossanovistas chatos, torcedores do The Voice Brasil e "clubeiros" mal educados que trazem cada vez mais tédio ao cenário pobre do mercado da música nacional, a saga da boçalidade é como uma bactéria que só o fogo purificador a calaria e exterminaria definitivamente.

     Sem ter o que produzir, artistas "consagrados"da musica, abriram a "polêmica das biografias não autorizadas" e as discussões pararam no no STF (Supremo Tribunal Federal). Mas com apoio da maioria dos participantes à extinção da censura prévia para a divulgação de imagens, escritos e informações biográficas. Dos 17 convocados para a apresentação de defesas, 14 deles posicionaram-se a favor da publicação dos livros e três, contra. Tudo isso por miseros trocados. No mercado literário, repito de outras resenhas, as biografias chegam, miseravelmente, a 3% das vendas. É triste, mas o tal Procure Saber queria mesmo era dinheiro, não preservar a imagem de seus membros parasitas.

      O que, ao menos eu, faço? Deleto arquivos, jogo cds fora ou doo para desavisados e dedico-me a ouvir a verdadeira musica. A musica desde alvorecer da cultura até a musica dos genios que a trataram como a verdadeira MUSA das artes. Mas quem ainda se ilude, tem o meu respeito. Eu já me salvei há tempos e sonhei com a Filarmonica de Viena tocando no meu banheiro.

Que 2014 salve abra seus olhos e salve você também.


Este blog deseja um Feliz Ano Novo aos seus membros, leitores e colaboradores. 



Que possamos ver mais cenas como esta:

Sabadell Plaça de San Roc





segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Procure NÃO Saber


Ninho de Serpentes   
Por Antonio Siqueira







   














       Essa gente que foi censurada no passado topa agora vestir a carapuça de censores. É esse o preço que pretendem pagar por alguns tostões a mais na conta bancária no final do mês? Claro! Quem acredita nos singelos versos de um musico poeta, acredita em Papai Noel e Mula sem Cabeça. Não só os políticos emporcalham a história deste país, mas os artistas deste país, também! Por dinheiro destroem suas próprias famílias, roubam parceiros, sangram suas relações, negam paternidades biológicas e, agora, combatem o próprio povo. Aqueles que sustentam suas satisfações parasitárias. É preciso parar e refletir um pouco sobre o que é bom ou péssimo para nós.

       Caetano Veloso, Gilberto Gil, Chico Buarque, Djavan, João Gilberto e o "engessado" e sem ritmo, Roberto Carlos. Este último, já não esconde seu interesse puramente financeiro. Como se publicar livros no Brasil fosse um negócio da China! Talvez se essas biogramerdas fossem agir no inconsciente coletivo como essas imundices de auto-ajuda que invadem as prateleiras das livrarias todos os dias, quem sabe?! Mas chega ser risível, beirando ao ridículo. Principalmente a biografia "Roberto Carlos em Detalhes" de um tal de Araújo, que me aventurei a ler por pura curiosidade mórbida, pois tenho lá meus "bodes". Tacanha; tanto minha decisão de ler aquele lixo, quanto a própria publicação. E o lixo ainda tem lá suas vantagens, se este for reciclado com tecnologia e boas intenções.

      Por isso espanta e dói ver essa "gente", que podia e devia ser a "gente do bem (apesar de não ver talento algum em um deles)", transformar-se em “gente” do mal, o grupo da censura. Estão agora mais disfarçados, envergonhados, mas sempre gulosos e insaciáveis. Continuam cercando o Congresso Nacional, tentando garantir em lei a censura às biografias, seja em livros, filmes, televisões, revistas, jornais. Ainda bem que na semana passada o STJ (Superior Tribunal de Justiça) derrotou uma ação de João Gilberto, que tentava tirar das livrarias, confiscar, queimar uma singela biografia dele. Biografias, diga-se de passagem, ridículas, sem nenhum cunho cultural-histórico ou coisa parecida. E que representam, mal e parcamente, no máximo 3% do mercado editorial do país. Porquê não processam os autores, caso se sintam aviltados? Não! VAMOS CENSURAR! Mas se nos derem uma participação financeira, aceita-se o estupro. Estamos feitos!




@arte:benett



      Em outubro, a Folha de São Paulo publicou um Editorial assinado pelo "Procure Saber". Não parece ter sido redigido por Paula Lavigne, semi-alfabetizada que é, mas era contrassensioso e asquerosamente autoritário.

      Todo brasileiro acaba pagando o preço da glória de seus presidentes ou de seus ídolos. E se você for contar nos dedos das mãos os ídolos nacionais (Tiradentes, Getulio, Juscelino, Pelé), não há como deixar de incluir a trinca Roberto Carlos, João Gilberto, Gilberto Gil. O sucesso da música popular brasileira fez com que esses artistas passassem a enxergar a vida e o mundo pela perspectiva da caixa registradora. O contrassenso se mostra no fato de que a maioria desses artistas sempre foi de esquerda, e na década de 1960 não estava lutando pela democracia coisa alguma, e sim por um regime ditatorial comunista. A censura, portanto, faz parte de sua visão de mundo desde sempre. Não mudaram nesse aspecto.

      Até quando iremos pagar tão caro para que estes ídolos nos salvem? Digo "iremos" de um modo geral, é claro. A expressão Idolatria não faz parte do meu dicionário, idolatria é o cacete!
Neste espaço, será cada vez mais rara a menção da MPB Moderna. Talvez alguns “uns e outros” em início de carreira, amigos que, como eu, empunho e toco alguns instrumentos. Amigos ou não... Que tenham talento somente. Mas que são loucos o bastante  para tentar a sorte neste ninho de serpentes que é o nosso showbiz .






Charge: Benett



"A esperança tem duas filhas lindas, a indignação e a coragem. A indignação nos ensina a não aceitar as coisas como estão; a coragem, a mudá-las."
(Santo Agostinho)



quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Descanse em Paz, Madiba!



Missão Cumprida:

RIP: Nelson Mandela 
Por Antonio Siqueira



Nelson Rolihlahla Mandela, ✿1918 – ✝2013

















Jesus de Nazaré veio à terra, ensinou aos terráqueos que amar ao próximo como a si mesmo, independente de credo, cor e raça era a chave do entendimento, tanto no que concerne ao físico, mental e humano, quanto espiritual. Foi massacrado por  judeus canalhas que não valem estas linhas, mas deixou plantada no coração do homem, a semente do amor universal. Mesmo com sua imagem explorada ao máximo, os eternos vendedores de ‘indulgencias ignominiosas’, salvações bestiais e guerras... muitas guerras! Com esta atmosfera de loucuras e vilipêndios de seus ideais, sacros ou puramente humanos, Jesus ensinou a amar. E este amor prevaleceu e sobrevive há pouco mais de 2000 anos.

Existiu outro homem, nascido quase 2 milênios após Jesus,  que passou por este planeta e conseguiu fazer com que seus ideais de fraternidade, igualdade e harmonia entre os povos, se concretizassem sem ser assassinado. Que foi condenado à prisão perpétua por lutar contra a segregação racial na África do Sul do Séc XX; o Apartheid. A segregação racial na África do Sul teve início ainda no período colonial, mas o apartheid foi introduzido como política oficial após as eleições gerais de 1948. A nova legislação dividia os habitantes em grupos raciais ("negros", "brancos", "de cor", e "indianos") , segregando as áreas residenciais, muitas vezes através de remoções forçadas. A partir de finais da década de 1970, os negros foram privados de sua cidadania, tornando-se legalmente cidadãos de uma das dez pátrias tribais autônomas chamadas de bantustões. Nessa altura, o governo já havia segregado a saúde, a educação e outros serviços públicos, fornecendo aos negros serviços inferiores aos dos brancos.

Madiba (apelido de infância de Nelson Mandela) , lutou contra o Apartheit, foi capturado e  ficou preso por 28 anos. Uma verdadeira guerra civil o fez liberto. Mandela esperava para si e seus amigos a pena de morte. O juiz Quartus de Wet, no entanto, anunciou no dia 12 de junho de 1964 que decidira não aplicar a pena máxima. Sob o argumento de estar apenas cumprindo sua obrigação e que esta era a única clemência possível, ele condenou todos os acusados à prisão perpétua. O então prisioneiro político mais conhecido do mundo seria libertado só em fevereiro de 1990. O hino do ANC virou hino nacional e Nelson Mandela foi eleito, em 1994, primeiro presidente negro da história da África do Sul. Em outubro do mesmo ano, recebeu junto com o último presidente branco, Frederik de Klerk, o Prêmio Nobel da Paz.

Madiba morreu hoje, aos 95 anos.  Em 1988 foi inaugurado em Campo Grande RJ, bairro em que nasci e fui criado, o CIEP Nelson Mandela  com a ilustre presença de Madiba, sua esposa, o Governador Leonel Brizola e autoridades locais da época. Eu estive lá, era perto do centro, onde eu morava. Olhei nos olhos daquele homem e senti uma paz que só os espíritos bons transmitem. Que só o amor pelo ser humano, suas causas, suas dores e seus sonhos, é capaz de gerar. Descansa em PAZ, Madiba!


O dia de Madiba, a libertação:





sábado, 16 de novembro de 2013

O TEMPO PASSA, MAS A HISTÓRIA NÃO PODE PASSAR

Hellooooooooooooooo

Um "Cinquentenário" reputo ser uma marca histórica de grande importância ......

Para tanto vou pedir licença e, dando uma desviada no foco do blog, falar de um outro tipo de arte .........

A arte pela qual o Brasil sempre foi reconhecido no mundo inteiro e que se encontra em franco processo de extinção ......... E isso, principalmente, por falta de artistas. o NOSSO FUTEBOL

Há cinquenta anos atrás, o mundo viu consolidada a fama daquele que é o maior time de futebol de todos os tempos: O SANTOS FUTEBOL CLUBE.

Desculpem quem queira contestar, mas RANKINGS DA FIFA são uma afronta a memória de quem conhece história.

A data: 16 de novembro de 1963.

Quis a Providência, ou alguma mente extremamente engenhosa, que o palco dessa consolidação fosse também o "MAIOR DO MUNDO": O MARACANÃ.



Quis a Providência que o primeiro jogo, na casa do adversário, acabasse com uma derrota de 4 x 2 para os italianos do Milan.

Quis a Providência que o "REI" não estivesse presente no Maracanã, machucado ..... Pelé só jogou o primeiro jogo, na Itália.

Quis a Providência que um brasileiro que jogava no Milan, MAZZOLA, deitasse falação em cima dos jogadores do ALVINEGRO DA VILA BELMIRO.

Quis a Providência que no jogo de volta os italianos começassem ganhando de 2 x 0 e, após um diluvio cair sobre a CIDADE MARAVILHOSA durante o intervalo, no segundo tempo, com o gramado do "MARACA" transformado num brejo, o PEIXE devolvesse o placar feito pelo adversário na Itália ..... Forçando a realização de um terceiro jogo.

Quis a Providência que novamente o "MARIO FILHO" fosse escolhido para palco do espetáculo.

Quis a Providência que, iluminadamente dopado, Almir "O Pernanbuquinho" colocasse literalmente a cabeça na ponta da chuteira do italianos, suando sangue por uma vitória que seria histórica.

Quis a Providência que Dalmo, um dos "craques discretos" daquela equipe, marcasse o gol que daria o Bi-Campeonato Mundial aos PEIXEIROS .......... E, como aconteceria seis anos depois no GOL 1000 do REI, cobrando penalty, para que o estádio inteiro tivesse sua atenção focada naquele momento tão especial.

Se no primeiro título, contra o BENFICA, de EUSÉBIO e COLUNA, a conquista foi feita através de duas exibições da mais primorosa arte feita com os pés (segundo PEPE, O CANHÃO DA VILA, o segundo jogo em Lisboa foi a maior partida do SANTOS em todos os tempos), no segundo tudo foi conquistado de forma épica, quase dramática.

É pena que naquela época não houvesse televisão, pay-per-view ou Internet .......... Se fosse assim o mundo inteiro no dia 16 de novembro de 1963 se pintaria de branco.

É uma pena que essa memória esteja se perdendo ....... Que aquela identidade futebolística, genuinamente brasileira, esteja indo ralo abaixo.



Hoje as crianças muitas vezes preferem sair nas ruas usando uma camisa azul-grená, com MESSI escrito nas costas, que reverenciar um passado "NOSSO". Eles, pela patológica falta de memória desta nação, desconhecem esse passado e, ainda por cima, preferem ignora-lo.

Só quem viu aqueles negros maravilhosos, vestidos com um imaculado uniforme branco, pararem guerras, serem recebidos por reis e presidentes no mundo todo e lotarem estádios pelo planeta, e com os torcedores adversários aplaudindo-os de pé, sabem a reverência que deve ser feita a eles e suas conquistas.



Só quem viu o BIG-AFRO-BRASILEIRO (NEGÃO, hoje em dia, dizem que dá processo) fazer o que fazia com uma bola, pode sorrir ironicamente quando um jovem diz que MESSI é o maior de todos.



Sinto dizer à vocês, jovens iludidos, Messi não serviria para amarrar a chuteira de ZICO. Compara-lo com o REI é, no mínimo, uma aberração.

O SANTOS F.C. esta para o Brasil como os BEATLES estão para a Inglaterra ....... Ambos, saindo de uma cidade portuária, conquistaram o mundo e fizeram de sua arte aquilo que de mais belo poderia ter sido produzido em cada uma delas. Um vendeu mais canções que qualquer outro na história ....... O outro fez mais gols que qualquer outro time.

Resumindo: Quem viu, viu: ....... Quem não viu, jamais verá outra vez ........ E Guardiola sabe disso

Me and Julio down by the schoolyard





sábado, 26 de outubro de 2013

VELHOS AMORES SÃO ETERNOS

Helloooooooo !!!!!

Nos anos 70, o programa FANTÁSTICO, da Rede Globo de Televisão, já existia e preenchia as noites de domingo com entretenimento e alguma informação.

Nessa época, acredito que por volta de 1977, o programa apresentou um ancestral distante do vídeo-clip que me chamou a atenção.

Assim que pude, fui a loja de discos em busca de informações sobre o que eu tinha visto. O balconista me trouxe um álbum duplo, recém lançado no Brasil, cuja a capa, quando aberta verticalmente, ao contrário do que era usual, mostrava uma foto de um jovem artista, de longos cabelos loiros, empunhando uma guitarra.

Esse preambulo todo, é para dizer que o disco era o FRAMPTON COMES ALIVE e a guitarra, que iria se tornar legendária, era a 54's BLACK GIBSON LES PAUL.

É a história desse icônico instrumento que quero contar.



Em 1970, quando ainda fazia parte do HUMPLE PIE, Frampton usou essa guitarra em um show em San Francisco, emprestada por um músico local, chamado Mark Mariana. Frampton gostou tanto do resultado que perguntou a Mariana se ele venderia o instrumento. Mariana disse a Frampton que a guitarra não estava a venda, mas ficaria feliz em dar-lhe de presente.

A partir daí a BLACK LES PAUL tornou-se o principal instrumento do músico e ficou imortalizada na capa de seu maior sucesso.

FRAMPTON COMES ALIVE ainda hoje é o álbum-duplo, ao vivo, mais vendido da história.

Em 1980, Frampton esteve pela primeira vez no Brasil. Eu estava no seu show do ginásio do Ibirapuera-SP, e pude ver "in loco" o músico e sua Gibson atuando .

Alguns dias depois que o músico foi embora do Brasil, chegou a noticia de que um avião de carga com alguns membros de sua equipe técnica e todo seu equipamento havia caído na Venezuela. Frampton não tocaria mais seu instrumento preferido. Ele estava perdido.

Trinta anos se passaram até que, em Curaçao, um músico local levou a um luthier, chamado Donald Ballentina, uma guitarra para reparos.

Ballentina achou o modelo que lhe foi confiado muito parecido com a guitarra perdida de Frampton. Começou a investigar a procedência do instrumento e o fotografou, conseguindo que as fotos chegassem a seu suposto dono original.  Frampton achou que a guitarra parecida com a sua, mas disse que não tinha como ter certeza através de fotos.

Dois anos foram necessários para que Ballentina, com a ajuda de um agente de turismo chamado Gatim Kabarra, comprasse do músico de Curaçao o instrumento.

A GIBSON, fabricante  do instrumento, foi contactada para autenticar sua procedência e confirmou: O instrumento de Curaçao era a guitarra que estava no avião.

Ballentina e Kabarra viajaram até Nashville-EUA, onde vive Frampton, e graciosamente lhe devolveram a guitarra como um gesto de boa vontade e admiração

Frampton recebeu a guitarra surpreendido e emocionado. Mais de 30 anos foram necessários para que músico e instrumento estivessem novamente reunidos.



Agradecido as pessoas que trabalharam para que ele tivesse sua guitarra preferida de volta,  Frampton mandou o instrumento para que que fossem feitos alguns reparos. Entretanto, pediu para que as marcas de queimaduras e arranhões não fossem retiradas. Ele queria que as "cicatrizes de batalha" permanecessem.

Ao contrário do que poderíamos imaginar, Frampton não colocou sua GIBSON numa redoma em sua casa. Depois dos reparos, ela esta na estrada com o músico, tocando seus antigos sucessos mundo afora.



Quem disse que velhos amores não podem ser recuperados.

Me and Julio down by the Schoolyard


 P.S.: A coluna de hoje atende a um pedido antigo do CHEFE, Antonio Siqueira, que queria que eu contasse essa história. E pedido do Chefe é ordem ...... rs

sábado, 19 de outubro de 2013

Vinícius de Moraes: 100 Anos de Eternidade



Vinícius:
Eternamente do Brasil

   Por Antonio Siqueira



caricature: @image_batistao
Em meio a um temporal, na madrugada de 19 de outubro de 1913- há exatos 100 anos -, nascia o homem que marcaria a música brasileira para sempre com suas composições. Virou ícone e passava bem longe do padrão. Não era careta, falava de amor, era a favor do "eterno enquanto dure", definiu o que poucos conseguiram. O "poetinha", como era conhecido, casou-se e fez isso com propriedade, amou nove mulheres oficialmente e diversas outras por toda a sua vida. Vinicius de Moraes era um homem como poucos, teve parcerias felizes com Toquinho, Baden Powell, João Gilberto, Chico Buarque, Carlos Lyra, Tom Jobim, entre outros. Gostava de beber uísque, o qual garantia ser o melhor amigo do homem, o "cachorro engarrafado". Admirava as mulheres belas, a beleza (como um todo, é bom ressaltar) era fundamental. Sofreu um acidente grave de avião, um de carro, fez uma operação para instalar um dreno cerebral, mas não padeceu em nada disso. Vinicius de Moraes morreria no seu lugar preferido: a banheira. Teve um edema pulmonar. O dia 9 de julho de 1980 amanheceu triste no Rio de Janeiro. Este escriba tinha 12 anos e, logo pela manhã, ouvia pelo rádio, junto à sua mãe, a voz de Adelson Alves pronunciar num misto de imensa tristeza e tom audívelmente lacônico: “Morreu o Poetinha!”. Vinícius tocou o coração de crianças como eu naquela época, não só com “A Arca de Noé”, (Os discos A arca de Noé 1 -1980 e A Arca de Noé 2 -1981, traziam composições como "O pato", "A casa", "O gato", "O pinguim" e "São Francisco", que se tornaram famosas nas vozes de Chico Buarque, Milton Nascimento, Toquinho, Marina Lima e Ney Matogrosso, entre outros intérpretes) uma obra-prima destinada às crianças da geração oitentista mas, também, pelo conjunto da sua obra, que encantava a todas as criaturas de todas as idades, credos, gerações...

       Vinícius era a sensibilidade do poeta e do compositor de todos os gêneros, estilos e ritmos. Um dos maiores nomes da poesia contemporânea; Vinícius, Pablo Neruda e Maiakovski foram insuperáveis, o segundo, seu grande amigo. Neruda dizia que Vinícius de Moraes era insuperável pela capacidade iluminada de fazer da sua poesia, a canção mais bela, para o corpo e a alma da mulher amada. O lirismo e a vitalidade que se desprendem de sua obra contagiaram seus contemporâneos, mudaram o rumo da produção musical no país e influenciaram o modo de encarar a vida de várias gerações de brasileiros. Um sublime poeta e homem de paixões viscerais, dedicou sua vida à perseguição do amor e da felicidade, presenteando o mundo com a bossa nova, gênero que ajudaria a moldar a identidade brasileira. Muito além da sua literatura universalizada e de um nível elevadíssmo, não desfilou sua poesia e sua canção apenas na bossa-nova; ele escreveu, compôs e cantou em diversos gêneros, ritmos e estilos.



Neruda e Vinícius: Genialidade em dose dupla






       Impulsivo, passional, sedutor e "Bon vivant", Vinicius se casou com nove mulheres pelas quais se apaixonou perdidamente e das quais se separou ao término do feitiço, com exceção de Gilda de Queirós Mattoso, sua última companheira, com quem foi casado até 1978, dois anos antes de sua morte. E seu amor pelas mulheres ficou imortalizado nos versos de "Garota de Ipanema", canção que compôs em 1962 junto com o amigo Tom Jobim, com um copo de uísque na mão e na mesa de um bar do Rio de Janeiro, de onde observavam os passos de uma bela jovem de 15 anos a caminho do mar. O uísque, sua bebida preferida, corria em abundância nas famosas reuniões de artistas, intelectuais e boêmios que Vinicius costumava organizar quase que diariamente em sua casa do bairro de Jardim Botânico nos anos 60. Os encontros em questão reuniam diversos talentos da música brasileira, como Toquinho, João Gilberto, Baden Powell e o próprio Tom Jobim, alguns dos artistas, - como citado acima -, com quem Vinicius colaborou em suas melhores composições.


      Esse estilo de vida pouco ortodoxo e os ideais políticos de esquerda desagradaram os militares que governavam o país na época e, por isso, o mesmo acabou expulso do corpo diplomático em 1969 pelo então tiranossaurico gagá, Costa e Silva. Até então, Vinicius ocupou importantes cargos nas embaixadas e consulados do Brasil em Paris, Los Angeles e Montevidéu, funções que alternava com frequentes viagens ao Rio para realizar seus shows, nos quais era obrigado a se vestir de terno e gravata. A crítica literária da época também não tolerou bem seu estilo de vida e passou a persegui-lo. Porém, o engraçado de tudo isso era o fato de a ditadura e seus censores semi-alfabetizados nunca terem notado que as letras e poemas de Vina eram críticas severas ao sistema ou piadas engraçadíssimas. As letras de "Testamento", "Na Tonga da Mironga do Cabuletê", por exemplo, passaram incólumes e incógnitas pela caneta da censura. Vinícius brincava com as palavras e com o regime e os ditadores, apesar de terem o expulsado do corpo diplomático, eram seus fãs de carteirinha, inclusive Costa e Silva; este incapaz de traduzir as mensagens do menino Chico Buarque à sua pessoa de forma direta e até mais explicita, como no samba suingadíssimo, "Jorge Maravilha" (Você não gosta de mim, mas sua filha gosta). E ter dançado "Carolina" num baile de formatura com sua mulher e primeira dama, Iolanda Barbosa da Costa e Silva, foi risível e mostrava o lado cafonamente burro e medíocre dos militares bucéfalos. O poetinha Vinícius de Moraes superou o jovem Chico na genialidade em achincalhar o regime dos boçais de farda, criando metáforas como cenouras penduradas numa varinha para hipinose em jumentos.

      O Poeta maior da música popular contemporânea deixou um legado de mais de oito centenas de poemas editados, trabalhos ainda inéditos, canções maravilhosas, umas duas dezenas de viúvas, seu nome em uma das ruas mais famosas do país... Enfim, se o amor se traduz na arte, se a arte de escrever, compor e cantar puderem ser renomeadas, se a poesia atendesse por um codinome, o codinome da criação, do sentimento, do prazer e da alegria de viver, este nome seria Vinícius de Moraes, o “Vina”... o “Poetinha”! Que com o sol desta nação que ele tanto amou e reverenciou mundo a fora, ele... Vinícius  “...o andrógino meigo e violento, que possuiu a forma de todas as mulheres e morreu no mar”; como no seu “Epitáfio”, ainda nos brinda e encanta com os  100 anos de eternidade. Por que o amor é eterno...e se acaba, pode ser qualquer coisa; menos o amor.


*Caricatura: Batistão
**Foto: Arquivo do Site: www.viniciusdemoraes.com.br 



Vinícius e Tom: "Se Todos Fossem Iguais a Você"



O VELHINHO e as BIOGRAFIAS

Hellooooooooooooooooo agaaaaaaain

Essa semana, depois de seis anos, o Velhinho lançou um álbum de inéditas: NEW  .......

O Velhinho, como carinhosamente o trato, é Sir James Paul McCartney ............

Apesar dele não saber, somos íntimos ....... Já o vi por três vezes ....... Em 1990, 1993 e 2010 ......

Conheço detalhes de sua vida que, provavelmente, ele mesmo não deve lembrar ........

Essas "coisinhas" que sei dele não foram pauta da nossa última conversa de botequim, tomando um chopp

.......

Aliás, Paul dessa vez eu paguei, a próxima é sua ........ Leva a carteira .....

Sei porque li sua biografia ...... A autorizada, MANY YEARS FROM NOW, e algumas outras que, sei lá se autorizadas ou não, me montaram um escopo do homem por trás da obra ......

Durante as entrevistas de lançamento do álbum o Velhinho disse, abertamente, que um dos fatores que influenciaram nas composições de NEW foi seu terceiro casamento, relativamente recente.

Pergunto eu, Garbosos Infantes, como analisar e apreciar NEW, ainda mais depois desse comentário do próprio autor da obra, sem o pleno conhecimento disso e do que aconteceu anteriormente ?

É possível, e é correto, apreciar o efeito desconhecendo a causa ?

Alguns dirão: O HOMEM COMUM NÃO LIGA PARA ESSAS COISAS.

Mas certamente o homem comum é afetado por essas coisas e, me é muito claro isso, cabe essa análise. Ela se faz extremamente necessária.

McCartney sempre teve sua vida esmiuçada por todo tipo de análise/avaliação, jornalisticamente elaborada  ou não.

Mesmo assim, e é notório isso, é constantemente visto no Metrô de Londres e fazendo compras em supermercados.

Não quero aqui fazer comparações sobre a importância de A ou B para a história e a sociedade. Mas uma Figura Publica obviamente é publica . Políticos, artistas, atletas e, certamente, jornalistas tem uma atuação que transcende o seu universo pessoal.

Não vou entrar aqui no mérito do CASO GLORIA PERES. Essa argumentação é absurdamente frágil e  o problema nem existiria se tivesse sido resolvido, lá atrás, com uma simples injeção letal. Mas a legislação da Taba não prevê isso. Entretanto, contempla censura prévia de biografias.

Acho que esta na hora dessa turminha do PROCURE SABER descer desses pedestais onde se entronizaram e virem até o supermercado sentir o preço das coisas.

Quem sabe a gente não encontra com Paul, comprando tomates, e saímos para um chopinho e um papo ...... E olha, nem precisa levar dinheiro, dessa vez é ele que paga.

Vamos aguardar, sem respirar

Me and Julio down by the schoolyard



@image:antoniojorgemendes













SEJA O QUE DEUS QUISER !

Helloooooooooooooooooooo;

Inicio hoje a minha participação no Blog Arte Vital ........ 

A gente tem que admirar profundamente um camarada como Antonio Siqueira, que tem a CORAGEM de de ceder esse espaço para alguém com uma absoluta competência para gerar polêmicas como eu .......

Mas, enfim, a sorte esta lançada ...... rsrsrs

A partir de hoje, vamos conversar, principalmente sobre ARTE .......... 

Mas considero extremamente importante discutirmos também aquilo que a forma ....... Quem a manifesta ....... E, principalmente, a sociedade que a assimila .......

A ARTE é uma infinita somatória de pequenos fatores, que geram um trabalho, que apresenta um resultado, que de alguma forma vai afetar o mundo que o cerca ........ 

Alguns desses resultados podem até passar despercebidos ........ Mas eles estão lá, adormecidos, como uma semente esperando o solo propicio para germinar ........

Essa semente gerar uma rosa ou uma erva daninha é uma direta dependência da constituição de seu DNA e do tipo de solo em que ela cair.

Tentaremos ser observadores daquilo que o mundo que nos cerca manifesta em forma de arte.

Aguardemos, sem respirar

Me and Julio down by the schoolyard


@image:antoniojorgemendes



sexta-feira, 18 de outubro de 2013

A foto que tornou-se um dos principais símbolos da música contemporânea


           44 Years Ago



Abbey Road street photography: By Iain Macmillan





 































I Received this treasure by e-mail from a good friend, my father The following photo essay of the Abbey Road street from the original draft of Paul McCartney to the famous photo. The charge of the mission was a Scottish photographer friend of John Lennon and Yoko Ono, called Iain Macmillan. Before starting, he took a picture of the empty street and so was ... 44 years ago today




The Abbey Road album is much more than this famous picture: it's a masterpiece:

"Abbey Road" - The Beatles - Full Album








                 

segunda-feira, 14 de outubro de 2013

A natureza antiga é uma canção que resiste ao tempo


Lagoa Viva:
Até quando?

Por Antonio Siqueira

@image:antoniosiqueira




















         





         


          A Terra é um grande organismo vivo, que se recicla, resiste, subverte qualquer lógica, por que a vida tem que prevalecer, por que os rios devem singrar vales, montanhas. Por que o céu é a casa de quem germina o solo, é a realização dos grandes milagres de todas as floras. A Terra é feito música, são todos os movimentos de uma grande sinfonia, de água, fogo, ar...tempestades, de vida, essencialmente vida.




          A poluição a que são submetidas as praias e lagoas da Cidade do Rio de Janeiro, por exemplo, é uma amostra sublime de como a natureza subverte o improvável. A Lagoa Rodrigo de Freitas recebe uma quantidade pesada de esgoto e de outras substancias que a própria razão desconhece.  A fauna e a flora que ali existe, contava com companhias mais amistosas: Lagoa era habitada pelos índios Tamoios até a chegada do Governador Geral da Capitania do Rio de Janeiro, António Salema em 1575. O canalha pretendia instalar ali um engenho de açúcar e . Para livrar-se da presença indesejável dos indígenas, recorreu ao estratagema de fazer espalhar roupas anteriormente utilizadas por doentes de varíola às margens da lagoa, vindo assim a exterminá-los. Iniciou-se, então, o plantio de cana-de-açúcar e a montagem do Engenho d'El-Rey, onde atualmente funciona o Centro de Recepção aos Visitantes do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. Desde então se iniciou um processo indecoroso de aterro. Não faço ideia das dimensões originais deste pedaço do paraíso encravado na cidade entre o oceano aberto e a Baía da Guanabara.  A lagoa tem uma parte dela aterrada. Isso ocorreu nos meados do século XX (lá pelas décadas de 1940, 1950 e 1960), já que muitos morros, como o do Catumbi e o da Praia do Pinto, foram ocupados nas margens da lagoa e, por muitos e muitos anos, abrigou mais de 50 000 moradores. Só que os barracos erguidos nos morros eram de risco, podendo desabar. Então o governo, depois de mais de vinte anos da ocupação dos morros, expulsou todos os moradores e "desmontou" os morros, aterrando grande parte da cidade. Seus moradores foram para o subúrbio e passaram a morar conjuntos habitacionais. No lugar dos morros, foram construídos os prédios de apartamentos e parques.




A fauna resiste bravamente: A Lagoa Rodrigo de Freitas se mantém viva.
 Foto:Antonio Siqueira




            Embora receba as águas de diversos rios tributários que descem das encostas circundantes, entre os quais se destaca o Rio dos Macacos (hoje canalizado), apresenta águas salgadas. A massa aquática da lagoa teve a sua origem através de um vulcão adormecido que teve o seu contato com o oceano Atlântico parcialmente interrompido, exceto por um canal (Canal do Jardim de Alá). O acúmulo de nutrientes contribui para alterações ecológicas que se tornam visíveis nas frequentes florações de microalgas, principalmente cianobactérias e dinoflagelados, que conferem às águas coloração desde o verde a tons de marrom acastanhado. Podem-se destacar, ainda, as alterações ecológicas que resultam em eventos de mortandades de peixes.

          A ‘Rio Águas’ construiu ali uma barreira para evitar as cheias e oxigenar mais a Lagoa, que volta e meia é vitimada por uma mortandade desenfreada de sua fauna marinha.  O problema é que a empresa que cuida dos rios e lagoas da cidade não conta com uma logística que a possibilite proceder de uma forma menos boçal no que concerne às comportas. Volta e meia eles se esquecem de abrir essas comportas, que são monitoras por engenheiros, não biólogos. E o que existe ali, morre por absoluta falta de oxigênio. Os engenheiros sanitaristas da prefeitura não dão conta nem dos deveres que lhes são atribuídos, que dirá cuidar do ecossistema destas lagoas.

           Só que a Rodrigo de Freitas é brava, é dura na queda e mantém-se viva. São milhares de pássaros, centenas de espécies nativas e migratórias e um acervo botânico composto pelo Parque do Cantagalo, que encanta a quem por ali passa. A vida é mais forte que a destruição! O que precisa viver, resiste, mesmo que não seja do interesse de alguns.

*           *           *            *            *               *              *               *


Começando a semana com boa música, a gente ouve e assiste aqui o clipe de Yara Maria cantando "Água" de Djavan. Yarinha que defende a natureza com unhas e dentes e se criou no mar, nas montanhas, aos olhos do criador.




sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Os Velhos Babões e a Feira do Livro de Frankfurt

Na falta do que escrever
     Por Antonio Siqueira 




Biografias são, nada mais, nada menos
que o fruto da incapacidade literária.


     





















          E a polêmica das biografias medíocres foi dar na “Feira do Livro de Frankfurt”,  quem diria?!   Laurentino Gomes, autor dos excelentes “1800”, “1822” e “1889”, biografias centradas na vida personagens históricos do Brasil Colônia, fez uma defesa contundente no estande brasileiro. Convidado para fazer uma palestra a respeito de biografias no estande brasileiro da Feira do Livro de Frankfurt, Laurentino Gomes acreditava que seria um debate como vários outros em que já participou. "As notícias que chegaram do Brasil, no entanto, fizeram com que eu mudasse de ideia e, ao invés de falar sobre meus livros, decidi tratar da ameaça que os biógrafos sofremos agora", disse ele, na tarde de ontem à Folha de São Paulo. De fato, com o surgimento de um grupo chamado 'Procure Saber', a discussão se polarizou. De um lado, o Procure Saber, pilotado pela empresária Paula Lavigne e formado por músicos como Chico Buarque de Holanda, Caetano Veloso e Gilberto Gil e que lutam contra a modificação no Código Civil, ou seja, que continue sob vigilância qualquer tentativa de se biografar alguma personalidade sem prévia autorização. De outro, o grupo dos biógrafos, formado por Fernando Morais, Ruy Castro, Lira Neto, Paulo César de Oliveira e o próprio Laurentino Gomes que, apesar de não organizados sob uma mesma entidade, defendem o pleno direito de se escrever sobre a vida pública de personalidades.

         Acompanho Feiras Literárias pela web quando tenho tempo, e a de Frankfurt é uma das mais ricas. O que não esperava era que esta pobreza reacionária fosse atravessar o atlântico. Laurentino, ao menos, escreveu três Best Sellers de riqueza história absoluta, queiram ou não os Orleans & Bragança, ou o diabo que for.

         Biografias de artistas (principalmente os da música) são tão inúteis! Geralmente muito mal escritas, servem apenas para enriquecer quem as escreve.  Aliás, qualquer biografia é literatura de gosto bastante duvidoso. Lembram-me daqueles livros medíocres e fotonovelas vendidas no trem, só que em formato muito maior. Pouquíssimas publicações do gênero são realmente ricas e proporcionam algo de significativo e bom para o leitor que desembolsa uma bela grana para adquirir estes livros e permanecer ainda mais ignorante. Caetano Veloso é um indivíduo submerso em tantas contradições que conseguiu mediocrizar  uma das obras mais ricas da Música Popular Contemporânea: a dele próprio.  Caetano, Gilberto Gil, Roberto Carlos, Chico Buarque e Djavan encabeçam uma fileira de músicos que defendem o direito de veto a biografias, alegando proteção da privacidade, fazendo vigorar com força o artigo 20 do código civil. Como se estes senhores tivessem algo de muito rico, culturalmente falando, para se explanar ao público. Nada além de fofocas, histrionices símias, “disse me disse” e outras viadagens. Os exílios de Gil, Caetano e Chico foram, realmente, acontecimentos “épicos” na história da humanidade!

         Algumas biografias têm o peso literário de verdadeiros tesouros da cultura. Como por exemplo “A Harmonia do Mundo”, do físico e escritor Marcelo Gleiser;  Um romance biográfico saboroso, baseado em fatos reais, cuja narrativa retrata a vida do astrônomo alemão Johannes Kepler, o homem que, em pleno século XVII, descobriu que os planetas não orbitavam circularmente ao redor do Sol, mas sim seguiam órbitas elípticas (ovais). O livro tráz a vida de Kepler desnudada em trabalho de pesquisa fenomenal e extremamente rico.

         Caetano Veloso escreveu em  “Verdade Tropical “ a sua auto biografia em 1997. Um livro bom,   Mas para quem berrou “É PROIBIDO PROIBIR” vestido de lâmpadas e debaixo de vaias decibélicas há 45 anos, cerrar fileiras com deputados da bancada evangélica para impedir mudança de lei soa como um contra sendo sem medidas e enjoa o estômago. É difícil de entender como artistas que foram censurados pela ditadura, se arrogam o direito de censurar o trabalho de biógrafos, por mais ridículo que o trabalho destes parasitas possa ser.





quarta-feira, 2 de outubro de 2013

O Admirável Gado Velho

Aldous Husley:
Mais moderno do que nunca

  Por Antonio Siqueira





 hipotético futuro onde as pessoas são pré-condicionadas biologicamente e condicionadas psicologicamente a viverem em harmonia com as leis e regras sociais












     





     “Admirável Mundo Novo" romance consagrado de 1932, foi sem dúvidas, umas das obras mais proféticas da literatura mundial. Só que só foi incorpora-se, definitivamente, na literatura mundial nos anos 1960, juntamente com Jean Paul Sartre, Herbert Marcuse, Willian Faulkner, Frans Kafka e outros fenômenos da literatura filosófica existencial. ADM, obra ficcional do genial Adous Huxley  ganha, cada vez mais, os contornos de uma realidade sutilmente etérea e desenvolvida por líderes muito menos carismáticos e capacitados como o personagem Thomas "Tomakin", o frio e imprevisível Alfa, Diretor de Incubação e Condicionamento (D.I.C.) de Londres.

      ADM narra um hipotético futuro onde as pessoas são pré-condicionadas biologicamente e condicionadas psicologicamente a viverem em harmonia com as leis e regras sociais, dentro de uma sociedade organizada por castas. O livro retrata a sociedade perfeita onde todos seriam conformados com sua condição social. Mais do que isso, seriam felizes, harmônicos e satisfeitos com a casta pela qual fazem parte. A Sociedade “perfeita” desse futuro criado por Huxley é mostrada através de uma viagem ao Admirável Mundo Novo. Coisa que não é muito diferente do que vivemos, muito antes da "profecia" de Huxley. Ele vislumbra este futuro em 2540 d.C, o que não chega ser uma grande equívoca dada à década de produção desta obra-prima.

O Livro
A temática conta a história de uma jovem típica, pertencente a uma das castas altas, que, em uma crise existencial (uma falha inexplicável no sistema de produção de indivíduos), conhece uma reserva de selvagens, e, particularmente, um “selvagem” (a reserva é uma alegoria para o mundo real e os selvagens são pessoas remanescentes do mundo em que vivemos, ou em que se viveu na década de 30 – quando o livro foi publicado). Os dois personagens representam o antagonismo entre a nova e a velha sociedade. A personagem vive em uma sociedade formada por indivíduos pré-programados genética e psicologicamente para desempenhar um papel social e gostar deste. Sem questionar ou desejar, nem mais nem menos, simplesmente ser o que lhe foi designado pelo sistema, administrador do bem-estar geral. O selvagem, por outro lado, vive em um mundo cheio dos antigos valores e costumes, dogmas, tradições e imperfeições. O personagem Bernard Marx sente-se insatisfeito com o mundo onde vive, em parte porque é fisicamente diferente dos integrantes da sua casta. Num reduto onde vivem pessoas dentro dos moldes do passado uma espécie de "reserva histórica" - semelhante às atuais reservas indígenas - onde se preservam os costumes "selvagens" do passado (que corresponde à época em que o livro foi escrito), Bernard encontra uma mulher oriunda da civilização, Linda, e o filho dela, John. Bernard vê uma possibilidade de conquista de respeito social pela apresentação de John como um exemplar dos selvagens à sociedade civilizada. Para a sociedade civilizada, ter um filho era um ato obsceno e impensável, ter uma crença religiosa era um ato de ignorância e de desrespeito à sociedade. Linda, quando chegada à civilização foi rejeitada pela sociedade. O livro desenvolve-se a partir do contraponto entre esta hipotética civilização ultraestruturada (com o fim de obter a felicidade de todos os seus membros, qualquer que seja a sua posição social) e as impressões humanas e sensíveis do "selvagem" John que, visto como algo aberrante cria um fascínio estranho entre os habitantes do "Admirável Mundo Novo", repleto de personagens fictícios ou reais que já não estavam mais vivos no decorrer do evento do livro, porém são citados no romance como; Henry Ford, Sigmund Freud, H.G. Wells, Ivan Petrovich Parlov, Willian Shakespeare, Karl Marx e Thomas Malthus.

      Neste mundo criado por Huxley não há pais, mães ou relacionamentos duradouros. Os embriões são “montados” em linhas de produção, de acordo com sua casta. Desde o nascimento, são condicionados, seja por hipnopedia (repetição de frases durante o sono) ou outros métodos, a aceitarem a morte e tratarem o sexo como algo absolutamente trivial, para ser praticado sempre e com todos. Não possui a ética religiosa e valores morais que regem a sociedade atual. Qualquer dúvida e insegurança dos cidadãos eram dissipadas com o consumo da droga sem efeito colateral: o “soma”. As crianças têm educação sexual desde os mais tenros anos da vida. O conceito de família também não existe. Para a sociedade civilizada, ter um filho era um ato obsceno e impensável, ter uma crença religiosa era um ato de ignorância e de desrespeito à sociedade. Faz parte da tríade distópica da literatura mundial, juntamente com 1984 de George Orwell e Laranja Mecânica de Anthony Burgess. Impossível não ver os traços de uma política totalitária que “trabalha incansavelmente” para “o bem-estar da sociedade”. É uma maneira de criticar a substituição das pessoas por máquinas, de uma forma diferente: substituindo o lado humano, os sentimentos e emoções, por sensações pré-programadas.



      O “Admirável Gado Novo” do notável compositor paraibano, Zé Ramalho, está ficando velho, mas procriou outros “bezerros novos” para o grande rebanho do povo e da ignorância; alias este povo nunca esteve tão perto dela nestes tempos de interatividade digital e o que mais assusta; Social. Poderás tu, prezado leitor, sem medo de estar cometendo gafes, comparar estes programas de assistencialismo do atual sistema de governo a que somos submetidos no Brasil do PT (este “partido” que não sabe se é comunista, capitalista ou, simplesmente, uma quadrilha de indecorosos falsos idealistas) aos princípios mais primordiais do embrião desta tríade diabólica. É para ler, pensar, guarda reler e deixar como herança para seu filho.



Nota do autor:

Esta resenha surgiu a partir de um papo profundo com meu amigo Roger (Roger W. Pires M. Silva) acerca da falta de esperança de uma civilização que observa o crescimento de sua nação, contemplando-o de dentro das grades seladas da ignorância. Valeu Roger, muito obrigado pelo generoso diálogo.




A Canção do Povo Marcado...Do Povo Feliz








      Mini Bio
             
Aldous Leonard Huxley

Aldous Leonard Huxley (1894 a 1963) foi um escritor inglês que passou parte da sua vida nos Estados Unidos, e viveu em Los Angeles até à sua morte. Mais conhecido pelos seus romances, Huxley também editou a revista Oxford Poetry e publicou contos e guias de cinema.  Foi um entusiasta do uso responsável do LSD, como catalisador dos processos mentais do indivíduo, em busca do ápice da condição humana e de maior desenvolvimento das suas potencialidades.






terça-feira, 10 de setembro de 2013

Odara Folk Para todos e um Rock in Rio de Miscelâneas Duvidosas



Notas & Notáveis

Por Antonio Siqueira

 ODARA para todos



ODARA FOLK: promessa de boa música em meio à uma crise duradoura de falta de criatividade



          "Odara" significa paz e tranquilidade, é um termo originário da cultura hindu. Também define uma entidade primitiva do candomblé e na umbanda; significa algo infinito, que não tem começo nem fim. Se a banda Odara Folk, surgida em Campo Grande, bairro da zona oeste do Rio de Janeiro (região que costuma presentear o cenário cultural com excelentes artistas), derem continuidade à boa estreia do seu primeiro single “Tempestade” - disponível no Youtube: http://www.youtube.com/watch?v=NCsAGpX0wQI    teremos aí, uma salvação para o marasmo musical em que mergulhou o Pop Nacional. O Grupo, formado por Dan Schettini (guitarras), Rafael Lourenço (voz, sintetizadores), Rebeca Ribeiro (guitarras, voz) e Rodrigo Pereira (baixos), faz um Índie Rock de qualidade e pelos ventos que sopraram aos "escutadores" desta coluna,  procura um bom baterista. O instrumental  é agradável, as bases muito bem arranjadas, os vocais extremamente competentes e tem potencial para ganhar o mercado. Eu gostei... Eu recomendo.




Sigur Rós flerta com o pop
Da Islândia para o mundo pop


   
















   




      Da distante e fria Islândia, o Sigur Rós vem há quase duas décadas lançando álbuns temáticos, profundos e hipnotizantes. Fugindo do minimalismo experimental, marca registrada da banda, eles atravessaram as fronteiras do pop com o impronunciável “Með suð í eyrum við spilum endalaust”, de 2008, porém, eles até cantaram em inglês e mostraram também que, apesar do nome do disco, podiam fazer um som mais “leve e amigável” - claro, ao estilo deles.



Auto-Biografia reveladora


Auto-biografia já está no Brasil



   








     


      Para quem curte Rod Stewart, a autobiografia do astro será lançada em português na próxima semana. Com o título de "Rod - A Autobiografia", o título tem lançamento pela Globo Livros e promete surpreender com pitadas do humor característico desta figuraça. O autor comenta muitas de suas histórias curiosas, seus três casamentos, o relacionamento com seus filhos e as expectativas para o futuro. O preço sugerido para a publicação é de R$ 49,90.






O Rock in Rio 2013: TU VAI?

   
Rock in $$$$$$



     







       


       O Rock In Rio 2013 está chegando. O megafestival acontece nos próximos dias 13, 14, 15, 19, 20, 21 e 22 setembro de 2013. Entre as atrações estão Justin Timberlake, Beyoncé, Metallica, Ben Harper, Muse, Alicia Keys, David Guetta, 30 Seconds to Mars, Slayer, John Mayer, Bon Jovi, Bruce Springsteen ; The E. Street Band, Alice in Chains e Iron Maiden. Bastante a quem das outras versões e com a maldição de artistas nacionais que não sabem ao certo o que são ou tocam. Mas isso é bem coisa da ArtePlan e dos Medina. Vocês terão de aturar Ivete Sangalo e J.Quest mais uma vez. Faz parte do jabá do mal. Este escriba, apesar dos pesares socioculturais, fará o possível para comentar e descrever aqui neste espaço, suas impressões acerca do "festival".
       Os ingressos já estão esgotados para todos os dias. E foda-se o avião, por que eu não sou o piloto.




Futebol e vergonha na cara



Arte: @sinfronio













 




       Dizem que futebol é arte. Dependendo da época, do período, do time, dos atletas envolvidos e, principalmente, ao que se destina, concordo em grau, gênero e número. Na Copa de 2010, este blog cobriu o evento como pôde. Eu gosto de futebol, cresci gostando, moro na cidade da grande final da Copa de 2014. Porém, fica complicado desviar a minha atenção das desgraças que andam acontecendo a contento desta Copa de interesses financeiros escusos e de plataformas eleitoreiras indecentes. Vergonha na cara? Acho que não tem que ser minha esta vergonha, nem sua...E sim desse governo canalha que você elegeu. 2010 foi um sucesso de público no Arte Vital, espero Eu, ter disposição ideológica para repetir aqui, as matérias da Copa da África.









ODARA FOLK é novidade boa, CONFIRA o single TEMPESTADE:









"Não morre aquele que deixou na terra a melodia de seu cântico na música de seus versos."
   (Cora Coralina)



quarta-feira, 28 de agosto de 2013

A Saga dos “Médicos Expiatórios” e os rancores excessivos de Dilma


Tudo isso com "dois ovos fritos" 

  Por Antonio Siqueira
@arte: Márcia Cristina


   


















   


      Esta novela de imbecilidades criada pelo Governo Dilma Roussef acerca dos médicos brasileiros, já ganhou os contornos do ridículo; aliás, como qualquer político brasileiro desta nova vanguarda que se preze, Dilma é despreparada, destemperada, mal assessorada, revanchista, permissiva, mal informada, mal criada, pérfida, cínica e mal enjambrada.  A Presidente, simplesmente, resolveu descontar nos profissionais da saúde, os problemas do próprio PT e sua luta de bastidores. As eleições estão próximas e os problemas batem à porta de seu gabinete presidencial. Como explicar nomeações ministeriais como a de Wellington Moreira Franco para a pasta da aviação civil? Um Bandido de Colarinho Branco renomado, conhecido e linchado moralmente pela imensa maioria do povo fluminense até hoje. E o inchaço dos 39 ministérios, para com isso sugar para si, apoio (que geram votos) de demônios que nem o inferno os quer mais? A medicina brasileira, como um todo, acabou sendo atacada e perseguida. Os próximos serão os educadores, professores e mestres acadêmicos e já prepara-se a cama para o magistério público deitar-se. Basta esgotarem-se as possibilidades no complexo contexto da Saúde Tupiniquim.

     Dilma ressuscitou o que Chávez fez há muitos anos, recrutando  milhares médicos cubanos, sem pagar nada em dinheiro. Usava a explicação: Cuba recebia em petróleo, indispensável. Essa mesma falta de petróleo levou Cuba a se ligar à então União Soviética. Antes de chegar ao poder em 1959, Fidel era um lutador romântico, nenhuma ligação com os comunistas. Raul, sim, comunista desde mocinho, ficou no segundo plano, sem influir ou aparecer. Quando surgiu a “crise dos mísseis”, que completou 50 anos agora, Fidel já era “vermelhíssimo”, jogou fora a aura de libertador do seu país, perdeu a admiração do mundo e a minha também. Este escriba que vos informa, já ficou 3 horas em pé na concha acústica da UERJ ouvindo um discurso de Fidel Castro, acompanhado de um grande amigo e colega de jornalismo independente, debaixo de uma chuva fina e fria. Descobri que os discursos dele tinham um alvo e um lugar comum: Os EUA. Em termos de humanismo: Zero. E, cheguei à decepcionante conclusão de que o povo cubano é  achacado de maneira imoral e tirana...e isto me doeu.

    A informação que a OMS (Organização Mundial de Saúde) atualizou e publicou sobre o repasse dos salários aos médicos cubanos escravizados pelo socialismo sabotado da Ilha, é de que estes indivíduos que atuam no Sri Lanka, em Bangladesh e nas Filipinas recebem 100 dólares abatidos de uma valor que varia entre 3000 a 5000 dólares mensais por profissional. É trabalho escravo. Isso passa antes pelos cofres do instituto pan-americano, acabando nos cofres do governo cubano e financia a ditadura e os charutos dos ditadores.

     Só que em Cuba, há 25 faculdades de medicina (todas públicas), e uma Escola Latino-Americana de Medicina, na qual estudam estrangeiros de 113 países, inclusive do Brasil. É uma escola notável de bons médicos, sem sombra de dúvidas, porém sucateada. Sucateada como as instituições hospitalares públicas em todo o território brasileiro, principalmente nas grandes capitais. Alguns médicos tiram dinheiro de seus próprios bolsos para que seus pacientes não morram e isso é uma realidade fácil de constatar: basta ir até eles, entrevistá-los numa consulta, ou mesmo observar o que está à sua volta, com o mínimo de bom senso e acuidade moral. Enquanto isso, o Governo Dilma-Lula-PT constrói estádios, promove uma grande farra bilionária em termos de mordomias como transporte em aviões da FAB de famílias inteiras de servidores e políticos vampiros e insiste impertinente, no projeto do Trem-Bala. O Governo Federal está praticamente pedindo que novas manifestações sejam convocadas, dessa vez por causa de uma obra cara, desnecessária, feita sob medida para agradar – e repassar bilhões de dólares – para multinacionais. Tudo isso (com dois ovos fritos em cima), em um país em que a população está refém de um sistema de transporte interestadual e intermunicipal de passageiros arcaico, em que um cartel incrustado há anos nesse mercado, impede a realização de novas licitações, obtendo, na justiça, sucessivas liminares para manter cartórios feudais que resistem desde a época do regime militar. Como exigir que estes médicos saiam da suas cidades, abandonem suas vidas e suas casas para encarar nos interiores  deste país as condições precárias da Saúde Pública? Quando se recusa um salário de Dez mil Reais para tal empreitada, algo deve estar muito errado? Há algo de podre no Reino do PT! Subterfúgios mais que "necessários" para se manter um poder corrupto e desviar o foco de casos como o julgamento dos mensaleiros, por exemplo.

     E o povo, como marionetes sem personalidade e pensamento próprio, contaminou-se pela onda de linchamento público e moral dos profissionais de medicina do país. Eu diria que a cultura do Brasil atual é a do "eu quero meu". Conheço médicos fantásticos, solidários, humanos e espiritualizados. Amigos ou não, são bons e ainda são a maioria. E eu mesmo fui vítima de um erro de diagnóstico que, por pouco, não comprometeu a minha vida há 30 anos. Existem profissionais de conduta ignominiosa em todos os segmentos e setores da sociedade; Da mesma forma que existem engenheiros imbecis, juízes injustos, professores preguiçosos, enfermeiros descuidados, administradores corruptos, advogados bandidos, arquitetos alienados, jornalistas desonestos, empresários ladrões, policiais assassinos, militares dementes, assistentes sociais que não gostam de pobres, garis bêbados demais, caminhoneiros irresponsáveis, frentistas incendiários... Em suma: a cultura de formação dirigida e a conduta ética, aqui, não acompanham o crescimento tanto da economia doméstica, quanto da economia  Global. E o governo do PT sucateou hospitais de forma tão desgraçada, que estes, não demoram muito, serão privatizados e muitos estão sendo fechados (o Graffée Guinle e a criminosa intenção de acabar com as APAES são bons exemplos). Existem exceções, generalizar não é o melhor caminho e os médicos brasileiros, há tempos, têm formação igual ou melhor que cubanos, espanhóis ou portugueses.

     A política da “Lei de Gerson”, a “vantagem” em tudo que se faz profissionalmente ou não, é uma doença contagiante que vai do Gari que varre a sua calçada até o Presidente da Nação, há exatos 124 anos disto do que chamam de República. O Brasil arcaico essencialmente agrário do Colonialismo Ibérico vive, respira e consome seus novos escravos. Agora importa escravos, para financiar uma ditadura travestida de socialismo. O que por si só devem fazer Marx, Engels, Trotsky e Sartre removerem-se em seus túmulos.


Colaboração e Arte: Drª Márcia Cristina


Para relaxar por conta deste macabro momento, a beleza da música cubana e toda sua harmonia:







domingo, 4 de agosto de 2013

Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá não mais podem usar a marca "Legião Urbana"


Justiça decide sobre Legião Urbana
A partir de agora, os co-fundadores da banda, Dado e Bonfá, não podem usar o nome "Legião Urbana".


Por Pepe Chaves*
BH - 03/08/2013



Divulgação
Mais uma batalha envolvendo músicos e direitos autorais foi dirimida pela Justiça, agora na cidade do Rio de Janeiro. A 5ª Câmara Cível cassou na última quinta-feira a liminar concedida aos músicos Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá, que permitia o direito de uso comercial do nome "Legião Urbana", pertencente à família de Renato Russo. A decisão foi tomada pelo desembargador Milton Fernandes de Souza e as informações são do colunista de O Globo, Ancelmo Goes.

De acordo com as informações, o advogado Luiz Edgard Montaury, representante de Giuliano, filho do falecido vocalista Renato Russo, contesta os argumentos dos músicos que desejavam recuperar o direito de explorar a marca. Ele diz que "na década de 90, Dado Villa Lobos e Marcelo Bonfá venderam a participação deles na empresa, sem fazer qualquer ressalva quanto ao uso comercial dela".

Até então, uma liminar concedida pelo juiz da 7ª Vara Empresarial do Tribunal de Justiça do Rio, Fernando Cesar Ferreira Vianna, no dia 18/07, permitia o uso do nome "Legião Urbana", pelos dois ex-integrantes da banda.

Com a nova decisão Dado Villa-Lobos e Marcelo Bonfá, ex-integrantes e co-fundadores da banda, estão desvinculados da marca Legião Urbana.

Em meados da década de 1980, a Legião Urbana se consagrou como uma das maiores bandas da história da música brasileira. Após a morte do vocalista e compositor Renato Russo, a Legião Urbana não voltou a se apresentar mais com esse nome. A banda deixou uma grande legião de fãs e, atualmente, os seus álbuns e outros produtos lançados pela marca da banda ainda obtém considerável retorno comercial.

Bandas & tribunais

Outros casos envolvendo direitos autorais de bandas e seus integrantes já foram assunto na imprensa global. Quando deixou o Pink Floyd no final da década de 1970, o co-fundador Roger Waters deu uma cartada judicial para impedir que os demais companheiros seguissem gravando e se apresentando com o nome original da banda. No entanto, Waters foi vencido nos tribunais britânicos e o Pink Floyd pôde seguir com o mesmo nome, gravando e se apresentando publicamente.

Antes disso, ao deixar o Supertramp o vocalista e co-fundador da banda Roger Hodgson tentou por via judicial impedir que a banda (que continua com o mesmo nome sem a presença dele) agora encabeçada pelo tecladista Rick Davis não apresentasse as músicas de sua autoria em seus shows. Nesse caso, a Justiça britânica deu ganho de causa ao Supertramp, que pôde apresentar em seus shows os clássicos compostos por Hodgson e então gravados pela banda.


* Com informações de O Globo (RJ).
   03/08/2013
Confira a matéria original e Via Fanzine, um jornal original como você



Legião Urbana - "Pais e Filhos"