terça-feira, 31 de dezembro de 2013

2013: O Ano Em Que a MPB Partiu do Nada Para Lugar Nenhum

Por Antonio Siqueira

Ninguém merece!












     


   




       A palavra MÚSICA deriva de "arte das musas" em uma referência à mitologia , as origens da música nos períodos anteriores da história do homem, ou seja, na pré-história. A maioria acredita que é muito difícil conceber como os "homens das cavernas" entendiam a música, pois não deixaram vestígios arqueológicos a respeito do entendimento dos sons, fato que permite muita especulação a respeito. O mais lógico eram os cantos de trabalho, quando, no alvorecer da cultura humana, estes bípedes se organizaram em sociedade, dominaram a agricultura e  passaram a usar desses cantos para afastar a fadiga do árduo ofício de caçar e cultivar, afim de manter suas proles.

      A Música Popular Brasileira Moderna ou Contemporânea (mais conhecida como MPB) é um gênero musical que surgiu em 1966 com as bençãos da bossa-nova. Evoluiu, transgrediu, quebrou estruturas, mesclou-se a outros gêneros e ritmos, brilhou...houve uma epoca de ouro e não irei citar aqui artistas que a fizeram florescer, pois foram os mesmos que destruiram, retrocederam e corromperam a nossa primeira arte. Obviamente que um certo canal tv contribuiu e contribui muito para isso. Mas a conivência de certo um grupo de midiáticos doentes por dinheiro e holofotes, nos fez o favor de pisar e amassar o que já não funcionava bem.

     Axés, Sertanejos, Funks, Pagodes e a fecundação de aberrações sonoras promovidas pela mídia aproveitando o bem sucedido processo de emburrecimento das massas promovido pelo Golpe de 1964 e sacramentado pela "democracia de esquerda" dos Governos Lula e Dilma, deram o tiro de misericórdia. Nossa miséria de "talentos" é farta, o atoleiro ideológico é evidente, as redes sociais trouxeram uma nova vanguarda de imbecis: de funkeiros, a bossanovistas chatos, torcedores do The Voice Brasil e "clubeiros" mal educados que trazem cada vez mais tédio ao cenário pobre do mercado da música nacional, a saga da boçalidade é como uma bactéria que só o fogo purificador a calaria e exterminaria definitivamente.

     Sem ter o que produzir, artistas "consagrados"da musica, abriram a "polêmica das biografias não autorizadas" e as discussões pararam no no STF (Supremo Tribunal Federal). Mas com apoio da maioria dos participantes à extinção da censura prévia para a divulgação de imagens, escritos e informações biográficas. Dos 17 convocados para a apresentação de defesas, 14 deles posicionaram-se a favor da publicação dos livros e três, contra. Tudo isso por miseros trocados. No mercado literário, repito de outras resenhas, as biografias chegam, miseravelmente, a 3% das vendas. É triste, mas o tal Procure Saber queria mesmo era dinheiro, não preservar a imagem de seus membros parasitas.

      O que, ao menos eu, faço? Deleto arquivos, jogo cds fora ou doo para desavisados e dedico-me a ouvir a verdadeira musica. A musica desde alvorecer da cultura até a musica dos genios que a trataram como a verdadeira MUSA das artes. Mas quem ainda se ilude, tem o meu respeito. Eu já me salvei há tempos e sonhei com a Filarmonica de Viena tocando no meu banheiro.

Que 2014 salve abra seus olhos e salve você também.


Este blog deseja um Feliz Ano Novo aos seus membros, leitores e colaboradores. 



Que possamos ver mais cenas como esta:

Sabadell Plaça de San Roc





segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Procure NÃO Saber


Ninho de Serpentes   
Por Antonio Siqueira







   














       Essa gente que foi censurada no passado topa agora vestir a carapuça de censores. É esse o preço que pretendem pagar por alguns tostões a mais na conta bancária no final do mês? Claro! Quem acredita nos singelos versos de um musico poeta, acredita em Papai Noel e Mula sem Cabeça. Não só os políticos emporcalham a história deste país, mas os artistas deste país, também! Por dinheiro destroem suas próprias famílias, roubam parceiros, sangram suas relações, negam paternidades biológicas e, agora, combatem o próprio povo. Aqueles que sustentam suas satisfações parasitárias. É preciso parar e refletir um pouco sobre o que é bom ou péssimo para nós.

       Caetano Veloso, Gilberto Gil, Chico Buarque, Djavan, João Gilberto e o "engessado" e sem ritmo, Roberto Carlos. Este último, já não esconde seu interesse puramente financeiro. Como se publicar livros no Brasil fosse um negócio da China! Talvez se essas biogramerdas fossem agir no inconsciente coletivo como essas imundices de auto-ajuda que invadem as prateleiras das livrarias todos os dias, quem sabe?! Mas chega ser risível, beirando ao ridículo. Principalmente a biografia "Roberto Carlos em Detalhes" de um tal de Araújo, que me aventurei a ler por pura curiosidade mórbida, pois tenho lá meus "bodes". Tacanha; tanto minha decisão de ler aquele lixo, quanto a própria publicação. E o lixo ainda tem lá suas vantagens, se este for reciclado com tecnologia e boas intenções.

      Por isso espanta e dói ver essa "gente", que podia e devia ser a "gente do bem (apesar de não ver talento algum em um deles)", transformar-se em “gente” do mal, o grupo da censura. Estão agora mais disfarçados, envergonhados, mas sempre gulosos e insaciáveis. Continuam cercando o Congresso Nacional, tentando garantir em lei a censura às biografias, seja em livros, filmes, televisões, revistas, jornais. Ainda bem que na semana passada o STJ (Superior Tribunal de Justiça) derrotou uma ação de João Gilberto, que tentava tirar das livrarias, confiscar, queimar uma singela biografia dele. Biografias, diga-se de passagem, ridículas, sem nenhum cunho cultural-histórico ou coisa parecida. E que representam, mal e parcamente, no máximo 3% do mercado editorial do país. Porquê não processam os autores, caso se sintam aviltados? Não! VAMOS CENSURAR! Mas se nos derem uma participação financeira, aceita-se o estupro. Estamos feitos!




@arte:benett



      Em outubro, a Folha de São Paulo publicou um Editorial assinado pelo "Procure Saber". Não parece ter sido redigido por Paula Lavigne, semi-alfabetizada que é, mas era contrassensioso e asquerosamente autoritário.

      Todo brasileiro acaba pagando o preço da glória de seus presidentes ou de seus ídolos. E se você for contar nos dedos das mãos os ídolos nacionais (Tiradentes, Getulio, Juscelino, Pelé), não há como deixar de incluir a trinca Roberto Carlos, João Gilberto, Gilberto Gil. O sucesso da música popular brasileira fez com que esses artistas passassem a enxergar a vida e o mundo pela perspectiva da caixa registradora. O contrassenso se mostra no fato de que a maioria desses artistas sempre foi de esquerda, e na década de 1960 não estava lutando pela democracia coisa alguma, e sim por um regime ditatorial comunista. A censura, portanto, faz parte de sua visão de mundo desde sempre. Não mudaram nesse aspecto.

      Até quando iremos pagar tão caro para que estes ídolos nos salvem? Digo "iremos" de um modo geral, é claro. A expressão Idolatria não faz parte do meu dicionário, idolatria é o cacete!
Neste espaço, será cada vez mais rara a menção da MPB Moderna. Talvez alguns “uns e outros” em início de carreira, amigos que, como eu, empunho e toco alguns instrumentos. Amigos ou não... Que tenham talento somente. Mas que são loucos o bastante  para tentar a sorte neste ninho de serpentes que é o nosso showbiz .






Charge: Benett



"A esperança tem duas filhas lindas, a indignação e a coragem. A indignação nos ensina a não aceitar as coisas como estão; a coragem, a mudá-las."
(Santo Agostinho)



quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Descanse em Paz, Madiba!



Missão Cumprida:

RIP: Nelson Mandela 
Por Antonio Siqueira



Nelson Rolihlahla Mandela, ✿1918 – ✝2013

















Jesus de Nazaré veio à terra, ensinou aos terráqueos que amar ao próximo como a si mesmo, independente de credo, cor e raça era a chave do entendimento, tanto no que concerne ao físico, mental e humano, quanto espiritual. Foi massacrado por  judeus canalhas que não valem estas linhas, mas deixou plantada no coração do homem, a semente do amor universal. Mesmo com sua imagem explorada ao máximo, os eternos vendedores de ‘indulgencias ignominiosas’, salvações bestiais e guerras... muitas guerras! Com esta atmosfera de loucuras e vilipêndios de seus ideais, sacros ou puramente humanos, Jesus ensinou a amar. E este amor prevaleceu e sobrevive há pouco mais de 2000 anos.

Existiu outro homem, nascido quase 2 milênios após Jesus,  que passou por este planeta e conseguiu fazer com que seus ideais de fraternidade, igualdade e harmonia entre os povos, se concretizassem sem ser assassinado. Que foi condenado à prisão perpétua por lutar contra a segregação racial na África do Sul do Séc XX; o Apartheid. A segregação racial na África do Sul teve início ainda no período colonial, mas o apartheid foi introduzido como política oficial após as eleições gerais de 1948. A nova legislação dividia os habitantes em grupos raciais ("negros", "brancos", "de cor", e "indianos") , segregando as áreas residenciais, muitas vezes através de remoções forçadas. A partir de finais da década de 1970, os negros foram privados de sua cidadania, tornando-se legalmente cidadãos de uma das dez pátrias tribais autônomas chamadas de bantustões. Nessa altura, o governo já havia segregado a saúde, a educação e outros serviços públicos, fornecendo aos negros serviços inferiores aos dos brancos.

Madiba (apelido de infância de Nelson Mandela) , lutou contra o Apartheit, foi capturado e  ficou preso por 28 anos. Uma verdadeira guerra civil o fez liberto. Mandela esperava para si e seus amigos a pena de morte. O juiz Quartus de Wet, no entanto, anunciou no dia 12 de junho de 1964 que decidira não aplicar a pena máxima. Sob o argumento de estar apenas cumprindo sua obrigação e que esta era a única clemência possível, ele condenou todos os acusados à prisão perpétua. O então prisioneiro político mais conhecido do mundo seria libertado só em fevereiro de 1990. O hino do ANC virou hino nacional e Nelson Mandela foi eleito, em 1994, primeiro presidente negro da história da África do Sul. Em outubro do mesmo ano, recebeu junto com o último presidente branco, Frederik de Klerk, o Prêmio Nobel da Paz.

Madiba morreu hoje, aos 95 anos.  Em 1988 foi inaugurado em Campo Grande RJ, bairro em que nasci e fui criado, o CIEP Nelson Mandela  com a ilustre presença de Madiba, sua esposa, o Governador Leonel Brizola e autoridades locais da época. Eu estive lá, era perto do centro, onde eu morava. Olhei nos olhos daquele homem e senti uma paz que só os espíritos bons transmitem. Que só o amor pelo ser humano, suas causas, suas dores e seus sonhos, é capaz de gerar. Descansa em PAZ, Madiba!


O dia de Madiba, a libertação: