quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

Notas e Notáveis - Macacos e "gatos por lebres"



O passado salvador:

Macacos, "gatos por lebres", tartarugas e crocodilos


Já algum tempo, tenho me negado terminantemente a ouvir qualquer coisa; música é assunto sério, mesmo que tenhamos que recorrer ao passado. É bem menos traumático do que submeter-se ao que andam fazendo atualmente. O que surpreende é que gente que fazia coisa muito boa há 10, 20 e até 30 anos atrás, ou anda usando playbacks de seus próprios cretáceos para shows atuais, ou destruindo a própria reputação produzindo lixo. Eu me safo numa boa; o Youtube é uma das grandes dádivas do homem moderno, lá você encontra de Emerson, Lake and Palmer a Mozart e ainda pode mandar todos para a Via Láctea a fora (uma "puta que pariu" mais delicada), se quiser.
Lamentar não é e nunca foi a solução: Desprezar é um remédio forte e que atinge a causa do problema. Mesmo por que estes parasitas, por si só, já são criaturas extremamente problemáticas e não custa lembrar que vocês já pagam caro demais para que estes os salvem. Será que é melhor mesmo ouvirmos certas coisas do que sermos surdos? Não creio.





Purple na área

O Deep Purple acabou divulgando ontem (26/02) o nome do seu tão aguardado álbum de estúdio; se chamará “Now What?!” O disco contará com 13 novas faixas, incluindo uma em homenagem ao tecladista Jon Lord, que faleceu ano passado, intitulada “Above And Beyond”.
A banda concluiu o processo de composição na de composição na Europa e gravou o material com o produtor Bob Ezrin, em Nashville, EUA. Sem Lord, na modesta opinião deste blog, fica um vazio tremendo.







PJ novinho


Outra novidade para quem curte o bom rock do Pearl Jam: O guitarrista e compositor,  Mike McCready, revelou que a banda lançará seu próximo disco ainda em 2013. Em uma entrevista à ‘Billboard’, Mike revelou que a banda está voltando ao estúdio para finalizar o álbum ainda este ano.




Educação no trânsito indiano















     



        Legal e criativa a ideia da polícia da cidade de Calcutá, na Índia, que criou uma campanha de trânsito usando a capa do clássico disco "Abbey Road", dos Beatles, com o slogan: “Se eles podem, por que você não?”. É que as autoridades locais estão tentando conscientizar a população quanto à importância de os pedestres atravessarem a rua na faixa. A campanha vem em resposta às críticas que a polícia de trânsito recebeu no mês de janeiro, quando oito pessoas morreram em uma semana. Boa para o Brasil, em especial o Rio de Janeiro. Neguinho por aqui atravessa atrás de caminhão no sinal fechado, Brother!




The Cure

      Celso Lins, meu amigo, Abril é o mês que o "The Cure" finalmente volta ao Brasil. A banda se apresenta no Rio de Janeiro, dia 04, e em São Paulo, no dia 06, no Estádio do Morumbi. Os ingressos começam a ser vendidos no próximo dia 21 de fevereiro em São Paulo. No Rio de Janeiro, as vendas começam dia 26. A melhor notícia para o bom Celsito é que a turnê se estende pela América do Sul e passa por Santiago do Chile no final de Maio.




Uma pequena nota deste escriba:
O Grupo “O Terço” teve todas as suas cópias do excelente DVD de sua volta tiradas do mercado nacional pela insanidade e vaidade de Cezar de Mercês e este mesmo Mercês integrará o novo DVD da banda. Politicagem na música é pura sacanagem.



* Quem será que nos salvará, a um precinho bom, deste atoleiro ideológico?





The Cure - Lovesong




sexta-feira, 8 de fevereiro de 2013

É carnaval, meu povo; o samba não pode parar!


O Samba é carioca
     Por Antonio Siqueira



O maior carnaval do Brasil e do mundo

     









   








       O nome samba é, provavelmente, originário do nome angolano semba, um ritmo religioso, cujo nome significa umbigada, devido à forma como era dançado.
O primeiro registro da palavra "samba" aparece na Revista O Carapuceiro, de Pernambuco, em 3 de fevereiro de 1838, quando Frei Miguel do Sacramento Lopes Gama, escreve contra o que chamou de "samba d'almocreve". O Samba é a principal forma de música de raízes africanas surgida no Brasil.

        Em meados do século 19, a palavra samba definia diferentes tipos de música introduzidas pelos escravos africanos, desde o Maranhão até o Rio de Janeiro. O samba carioca provavelmente recebeu muita influência de ritmos da Bahia, com a transferência de grande quantidade de escravos para as plantações de café no Estado do Rio, onde ganhou novos contornos, instrumentos e histórico próprio, de forma tal que, o samba moderno, como gênero musical, surgiu no início do século 20 na cidade do Rio de Janeiro (a capital brasileira de então).  O Samba é carioca da gema, com todo respeito aos que imigraram para a cidade do Rio de Janeiro. O jongo da serrinha,  fundiram-se ao maxixe aqui em terras fluminenses, com a malemolência e a cadência deste povo por mais de um século. Mesmo por que, muitos pesquisadores apontam para os ritmos do maxixe, do lundu e da modinha como fontes que, quando sintetizadas, deram origem  ao samba moderno.

       O termo "escola de samba" é originário deste período de formação do gênero. O termo foi adotado por grandes grupos de sambistas numa tentativa de ganhar aceitação para o samba e para as suas manifestações artísticas; o morro era o terreno onde o samba nascia e a "escola" dava aos músicos um senso de legitimidade e organização que permitia romper com as barreiras sociais.

Noel foi quem trouxe o samba para o asfalto e, assim, para o seio da sociedade carioca


        O samba-amaxixado , ” Pelo telefone”, de domínio público mas registrado por Donga e Mauro Almeida, é considerado o primeiro samba gravado, embora Bahiano e Ernesto Nazaré tenham gravado pela Casa Édison desde 1903. É deles o samba "A viola está magoada". Há registros também do samba "Em casa de Baiana" (1913), de autoria de Alfredo Carlos Brício. Porém ambos não fizeram muito sucesso, e foi a composição registrada por Donga que levou o gênero para além dos morros. Donga chegou a anunciar "Pelo telefone" como "tango-samba", no Jornal do Brasil de 8 de janeiro de 1917.

       Nos anos trinta, um grupo de músicos liderados por Ismael Silva fundou, na vizinhança do bairro de Estácio de Sá, a primeira escola de samba, Deixa Falar. A "Deixa Falar" fez muito sucesso entre os moradores da região. Ela acabou por estimular a criação, nos anos seguintes, de outras agremiações de samba. Surgiram assim, posteriormente, as seguintes escolas de samba: Cada Ano Sai Melhor, Estação Primeira (Mangueira), Vai como Pode (Portela), Vizinha Faladeira e Para o Ano sai Melhor. Eles transformaram o gênero, dando-lhe os contornos atuais, inclusive coma introdução de novos instrumentos, como o surdo e a cuíca, para que melhor se adequasse ao desfile de carnaval. Nesta mesma época, um importante personagem foi o ponto crucial para a popularização do samba: Noel Rosa. Noel é responsável pela união do samba do morro com o do asfalto. É considerado o primeiro cronista da música popular brasileira. Nesta época, a rádio difundiu a popularidade do samba por todo o país, e com o suporte do presidente Getúlio Vargas, o samba ganhou status de "música oficial" do Brasil. É carnaval, meu povo; o samba não pode parar!

   



Ilustração: Cícero (caricatura de Noel Rosa)
                     Gleu     (carnaval carioca)




Pelo Telefone foi o primeiro samba gravado;
com Donga e Chico Buarque de Holanda:










O belíssimo samba do GRES Unidos de Vila Isabel para 2013: