quarta-feira, 23 de março de 2011

Por mais que o tempo atravesse os portais da entropia, o que foi marcante jamais se apagará


Nostálgicas e talentosas tentações
Por Antonio Siqueira


















Por mais que o tempo passe
Amasse
Degrade
Empoleire os sentimentos como uma aldeia de refugiados
Por mais que o pó acompanhe o vento em seus ruídos amargurados
Acalento
Talento
Tentações
O som é complacente
Como a paixão adolescente
No sol ardente de todas as canções.
A musica da minha vida
Tocava no radio
Alguém cantava
Sem pudor
Sem brechas
Alguém anunciava um futuro sombrio
A chama que aquecia o frio
Invernos longos e de sublime inspiração
Eis que as tecnologias nos fazem viajar no tempo
Tempo, tempo, tempo que não volta mais
Vento, vento, vento que a nem pó restará
Nem as vestes da estrela que me fez sublimar
Ao sereno e denso passeio na riscas, cores e linhas do teu olhar.

 Yes - Your Move




O planeta agonizante e a guerra estúpida. O Teatro dos Cretinos, versão OTAN...


Carnage Coward: 
A OTAN e suas manobras covardes.
Por Antonio Siqueira












Um caça F-15 dos Estados Unidos caiu durante os combates aéreos desta terça-feira em Benghazi, centro dos conflitos em território líbio. Seus dois pilotos conseguiram se ejetar e ambos foram resgatados com segurança. Os combates se intensificam na região depois que o Presidente Barack Obama deu a ordem para o ataque aqui mesmo do Rio de Janeiro. Até aí já se esperava uma guerra sem precedentes. Americanos e Britânicos puxam o bloco dos carniceiros de plantão da Organização do Tratado do Atlântico Norte desde sua criação em 1949. O que realmente chocou a opinião pública veio a seguir: Seis moradores de Benghazi foram atingidos por tiros quando um helicóptero americano pousou para resgatar um dos pilotos do caça. Ninguém morreu, mas podia ter sido muito pior. A OTAN é useira e vezeira destas disparidades quando se reúne para uma “missão de paz”. Seria risível, se não fosse trágico. Nos Balcãs mais de 190 civis morreram nos atrapalhados ataques cirúrgicos de Clinton e Blair. No Iraque, a morte abraçou mais de 13.000 civís e no Afeganistão a matança continua diariamente. Ronald Reagan usava a expressão “Break the shell to have scrambled eggs”  (quebrar a casca para termos os ovos mexidos) quando as coisas saiam do controle. E isso foi numa invasão pacífica em Granada em 1982. Seus sucessores dizem que é a margem de erro. Um míssil Exocet tinha uma margem de erro de 3 metros disparado há mais de 500 quilômetros do alvo. É muita irresponsabilidade e negligência com milhares de vidas inocentes.

Os povos árabes querem a democracia sim, mas não querem o dedo do ocidente neste bolo. Essa atitude belicosa e insana tem lá suas desvantagens e pode ser o bom e velho “tiro pela culatra”; Há o perigo de a zona inteira transformar-se em campo de resistência armada desses mesmos  povos árabes, com a interrupção do fornecimento de petróleo. Corre-se também o risco de um incidente com os chineses – muito comum em situações históricas semelhantes. Beijing enviou uma fragata armada ao Mediterrâneo, a fim de defender seus interesses na Líbia e de lá retirar seus cidadãos. Essas duas probabilidades talvez dissuadam os falcões americanos de cometerem mais erros. Barack Obama voltou a dizer que deseja transferir o controle da operação para as forças de coalizão internacional, e que já houve uma "redução significativa" de voos norte-americanos sobre a Líbia. Tirando malandramente o seu da reta, Obama tem medo dos chineses como qualquer cidadão ocidental. Foi aberto o teatro de guerra, agora joga-se a conta nas costas dos primos mais pobres. Só falta Obama bradar eloqüentemente: Fuck the plane, I'm not the pilot! Nós já sabíamos disso, não é nenhuma novidade.

O que surpreende é que seres formados nas maiores academias da terra e escolhidos para guiar os rumos das maiores nações do Globo, mesmo sabendo dos riscos que a humanidade está sujeita, mesmo pressentindo que essa mesma terra está febril e tentando livrar-se do vírus humano, insistam com essas guerras malditas quando existe inteligência para abater alguns desses vermes inféctos e ditadores sem o derramamento de sangue inocente. Existem equipes que desarticulariam esses imbecis com organização tática e logística de última geração. A Terra está se partindo em terremotos e calamidades climáticas incontroláveis e o que se vê são esforços de guerra.


A herança de um chão infértil, de um planeta destruído e de uma humanidade mutilada não deveriam ser o futuro dos nossos filhos. São herdeiros sim e merecem um mundo melhor, não o caos que precede a guerra e a hidrofobia maligna de seus homens canalhas. Sempre há tempo...Mesmo que o tempo esteja se esgotando e esvaíndo-se em loucura e desesperança...Sempre há aquela luz dentro de nós mesmos.





English Version


Carnage Coward:
The OTAN maneuvers and cowards.

An F-15 United States fell during the air fighting on Tuesday in Benghazi, the center of conflicts in Libya. Its two pilots managed to eject, and both were rescued safely. The fighting has intensified in the region after President Barack Obama gave the order to attack right here in Rio de Janeiro. Until then it was expected an unprecedented war. American and British pull the block of butchers on duty Treaty Organization's North Atlantic since its inception in 1949. What really shocked the public came following: Benghazi Six residents were hit by gunfire when an American helicopter landed to rescue one of the pilots of the fighter. Nobody died, but could have been much worse. NATO is useira vezeira and these disparities when it meets for a "peace mission". It would be laughable if it were not tragic. In the Balkans more than 190 civilians died in the muddled surgical strikes of Clinton and Blair in Iraq, embraced death over 13,000 civilians in Afghanistan and the killing continues daily. Ronald Reagan used the phrase "Break the shell to Have scrambled eggs" (break the shell to have scrambled eggs) when things get out of control. And it was a peaceful invasion of Grenada in 1982. His successors would say the margin of error. An Exocet missile had an error margin of 3 meters fired more than 500 km of the target. It's a lot of irresponsibility and neglect of thousands of innocent lives.


The Arab people want democracy yes, but do not want the finger of the West in this cake, this belligerent attitude and insane it has its disadvantages and can be the good old "backfire"; There is a danger that the entire area become Field of armed resistance of those Arabs, with the interruption of oil supplies. It runs the risk of an incident with the Chinese - very common in similar historical situations. Beijing has sent a frigate to the Mediterranean fleet, to defend its interests in Libya and from there to withdraw their citizens. These two probabilities might dissuade Americans from committing more Hawks errors. Barack Obama returned to say that you want to transfer control of the operation for the international coalition forces, and that there have been a "significant reduction" of U.S. flights over Libya. Taking the swindlers their straight, Obama is afraid of the Chinese citizen as any Westerner. Opened the theater of war, and now plays up the bill on the backs of the poor cousins. All hail Obama's absence eloquently: Fuck the plane, I'm not the pilot! We already knew that, there is nothing new.


What is surprising is that beings formed in major academies of the earth and chosen to guide the direction of the major nations of the world, despite the risks which humanity is subjected to the same feeling that this same land is febrile and trying to get rid of the human virus , to push with these damn wars when there is some intelligence to kill these worms infected and dictators without the shedding of innocent blood. There are teams that broke up with these stupid tactical organization and logistics of art. The earth is breaking into uncontrollable weather calamities and earthquakes and what you see is war effort.


The heritage of an infertile ground of a planet and a mutilated humanity should not be the future of our children. Yes they are the inheritors and deserve a better world, not the chaos that follows war and hydrophobia evil bastards of his men. There's always time ... Even if time is running out and slipping away into madness and despair ... There's always that light within ourselves.






quinta-feira, 17 de março de 2011

Texto publicado originalmente em Março de 2005, no Diário Via Fanzine e no Jornal Visual quando Elis completava 60 anos póstumos.




Música para mais sessenta séculos
Os 60 anos de Elis Regina faz lembrar que o Brasil 
ainda é órfão de uma música popular de qualidade.
Por Antonio Siqueira 




















Por inúmeras vezes foi difícil acreditar que naquela manhã de janeiro de 1982 o Brasil tenha amanhecido sem a sua maior interprete, estrela de uma luz incessante e de uma quase unanimidade, no auge de uma carreira batalhada com unhas e dentes; Elis Regina, além de ser a maior cantora que o Brasil já havia produzido, era também uma “guerrilheira” de si mesma. Uma doce “guerrilheira”.

No princípio foi complicadíssimo dado ao fato de que o pai, um militar conservador e reacionário; tentava de todas as formas impedir o brilho da “estrela” que desde a infância mostrava, sem a mínima intimidação, que havia nascido para cantar, brilhar, encantar e conquistar o mundo da forma mais pacífica e honesta que se tem conhecimento; com a força e beleza de sua voz e de sua canção.

A pequena guerreira saiu de casa aos 14 anos de idade, assinou um contrato numa emissora de rádio, dando início à carreira profissional. Com um sucesso imediato e o reconhecimento de que era um grande prodígio, a pequena notável cuidava da carreira como gente grande, enfrentando obstáculos (bem menores do que os de hoje, mesmo assim), conquistando um espaço precioso, num Brasil que respirava a brisa da Bossa Nova carioca. Era uma brisa que soprava, intermitentemente, das praias de Ipanema para todas as outras do mundo. Nascia aí o "pianizado" brazilian's beach song.

Alguns anos mais tarde, lá pelos seus 19 anos, e no início de um 1964 fatídico politicamente (Golpe Militar), Elis gravou dois LPs e um compacto que passaram desapercebidos pelo grande público. Passou a residir no Rio de Janeiro, se apresentado de cara, na extinta TV Rio e no “lendário” Beco das Garrafas. No “Beco”, foi apresentada à nata da Bossa Nova; gente de peso como o Zimbo Trio, Luiz Carlos Miele, Ronaldo Boscoli, Wilson Simonal. Um tesouro de 1,50 cm de estatura, mas de primeira grandeza e valor inestimável. Contudo, portava-se quietinha e tímida, ao lado de gente da pesada.

Em março do fatídico 64, ela vence o primeiro Festival da Música Popular Brasileira, interpretando “Arrastão” que, na minha opinião é a canção mais “brasileira” já criada pelo cancioneiro popular. Obra prima assinada pelo Mestre Edu Lobo e pelo poetinha Vinícius de Moraes. Segundo pesquisadores de peso das minhas relações, dois dias depois, com produção de Walter Silva, estrearia o show Dois na Bossa, ao lado de um garoto que cantava alto e afinadinho chamado Jair Rodrigues, e do Jongo Trio. Transformado em LP, esse show deu origem imediata ao programa O Fino da Bossa, fazendo o Brasil voltar seus olhos para a dupla, até então mais famosa do cenário musical brasileiro.

Todos os compositores de expressão desse cenário maravilhoso passaram pelo programa: Gilberto Gil, Edu Lobo, Marcos Vale, Dorival Caymmi, Adoniran Barbosa, Cartola, Nelson Cavaquinho, Cyro Monteiro, Sérgio Ricardo (o homem que quebrou o violão e atirou na platéia), Baden Powel, entre outras feras. Elis buscava a música em sua forma única e universal, bebendo de fontes e estilos inesgotáveis, dada a grande diversidade e do grande patrimônio cultural (o de quem fazia a cultura florescer) que, já formava seus pilares à época, para ganhar o status de Música Popular Brasileira de Qualidade.

Com a extinção do programa em 1967, Elis deu asas à sua carreira. Apresentou-se na América Latina e na Europa, lapidou ainda mais (se é que isso era possível) a sua forma de cantar e interpretar. Ganhou em suavidade, não perdeu a força e ainda presenteou gente como Chico Buarque de Holanda, Milton Nascimento, Gonzaguinha, Ivan Lins (que sonhava com algumas de suas criações já com a voz da Estrela), Belchior, João Bosco, entre outros. Através de suas interpretações que eternizou cada obra e alçou e vez no cenário nacional, cada um dos citados compositores – por sua vez, todos, se encontravam no auge da criatividade. Mais madura Elis viajou o Brasil e o mundo cantando e encantando. Da imponência à simplicidade, traçava-se um só caminho, uma linha uníssona entre a genialidade e a mulher forte, apelidada pela imprensa e amigos de Furacão e Pimentinha, Elis Regina começava a escrever perpetuamente, seu nome na história da música mundial.

A grande voz do Brasil trazia uma bagagem de influências de outras grandes cantoras, também brasileiras, mas construiu um legado único e incomparável; sagrado e intransponível. Espetáculos fantásticos como “Falso Brilhante” e “O Trem Azul”, ficaram gravados na memória de quem os viveu e os assistiu.

Seu “namoro” e quase “casamento” com o Clube da Esquina foi um marco histórico na música brasileira. Milton Nascimento, que foi um dos maiores amigos e admiradores da “Pimentinha” a conheceu no Rio, no mesmo Beco das Garrafas, onde meu pai, jovem contestador à época, os viu juntos, várias vezes, antes do Festival da Canção de 67. Neste festival, Milton eternizaria os seus primeiros passos da sua Travessia pelo universo da “Mãe Música” até se transformar no word music man da atualidade. Elis, ao gravar a “Canção do Sal” de Milton e Ronaldo Bastos com sucesso incontestável, abriu espaço para uma parceria que durou uma década esplendida, num grande ápice de uma explosão criativa jamais visto na MPB.

Conviveu com as gravações do “Clube da Esquina “ de Milton e Lô Borges (guri prodigioso de 18 anos, na época). Elis dividiu o palco com Milton em várias capitais e em várias oportunidades, deixou-nos de presente a sua voz, numa de suas maiores interpretações, ao lado do próprio Bituca.

Cantou como se fosse pela última última vez “O que foi feito de Vera” do álbum “Clube da Esquina n°2”, fazendo “tremer” as estruturas dos estúdios da EMI. Na primeira apresentação no festival de Montreux na Suíça, onde há até hoje uma noite só para artistas brasileiros (atualmente, com o pior que se produz aqui), fez da introdução de seu show uma seqüência maravilhosa com Ponta de Areia, Fé cega, faca amolada e Maria Maria, que na voz da “baixinha”, deslumbrou o Brasil.


Gravou Beto Guedes, Lô Borges, Nelson Ângelo, Luiz Guedes e Thomas Roth e lançou para o Brasil a célebre frase:_“Se Deus quisesse nos falar, nos falaria pela voz de Milton Nascimento.” Elis gravou o “Clube” com carinho, amizade e admiração, marcando para sempre a vida daqueles jovens mineiros de talento e criatividade fenomenais.

Em 1977, o show “Falso Brilhante” estava em cartaz a todo vapor, e veio parar aqui no Teatro Arthur Azevedo, em Campo Grande, antiga zona rural da cidade do Rio de Janeiro. A região é famosa por fecundar grandes artistas como o falecido Robson Jorge, o “Paralama” João Fera, Marcos Damasceno, Adelino Moreira, Jackson do Pandeiro entre outros. Meus pais foram a este show e por não terem com quem me deixar, aos nove anos, me levaram e o grande medo deles era a minha inquietude. Era a primeira vez que eu assistia, ao vivo, um show musical e, podem estar certos, fiquei quietinho e bestificado. Elis era tão grande, tão brilhante e onipotente no palco, que fez um moleque doido como eu ficar sentadinho assistindo àquela que foi a maior cantora do planeta música.

Elis fez o Brasil cantar por quase vinte anos. Sua carreira esbarrou algumas vezes com o triste desfecho político do país. Foi vigiada de perto pela Ditadura Militar sempre e não raro, eram vistos carros estranhos rondando as imediações de sua residência na Estrada das Canoas, na zona sul do Rio. Em entrevistas, as quais ainda tenho reproduções de muitas bem guardadas, declarava sua insatisfação com o sistema e dizia-se sem muita esperança no futuro, tanto político, quanto cultural de nossa gente.

Elis Regina de Carvalho Costa, nascida em 17 de março de 1945, há exatos 60 anos, reescreveu a história da música brasileira e enalteceu a nossa cultura pelo planeta afora. Naquela triste manhã chuvosa de 19 de janeiro de 1982, fui para a escola com um sentimento de perda ao ver minha mãe chorar a morte de um ídolo. Elis morreu no seu apartamento em São Paulo, por intoxicação.

Antes que os mais conservadores venham gritar pelos motivos da morte de Elis, me ponho à frente, alegando que o sistema sempre destruiu os seus ídolos prematuramente, talvez sem esperar que ídolos mortos prematuramente, costumam ser elevados ao máximo de seu status e cultivados com devoção. Janis, Hendrix, Morrinson, todos destruídos pela Máquina do Estado, mas todos estão eternizados.

Como dizia, o Brasil continua órfão de uma cultura popular mais sólida, mais abrangente e mais BRASILEIRA por excelência, deixando o biscoito fino para grupos alternativos e, às vezes, nem isso. Elis Regina é exemplo de que, levar a cultura e a motivação para viver a vários pólos de nossa sociedade, não é uma tarefa tão complicada e assim, como ela mesma dizia: “Precisávamos aqui no Brasil de um pouco mais de boa vontade”. Ou como bem frisou, o meu dileto amigo e irmão da mais tenra infância; Fernando Toledo, em artigo recente, o qual me inspirou também a falar de Elis: “Elis era magistral. A grande cantora, a quem os fãs não se esquecem e carpem até hoje sua perda.”

Ao completar sessenta anos de seu nascimento, a “Pimentinha“ nos dá a certeza de que ainda há música viva em sua alma de estrela, para mais sessenta séculos. Assim como ela mesma suspirou certa vez: “AGORA EU SOU UMA ESTRELA!”.

Publicado originalmente em março de 2005 no Diário Via Fanzine e no Jornal Visual Arte






Elis Regina - Medley Milton Nascimento (Montreux Festival)





quarta-feira, 16 de março de 2011

A Criatividade é Vital para a Arte


Armadilha - Acrilico sobre Colagem dimensional sobre madeira. 25X40 (1996)´


Por Sergio Cajado



Sergio Cajado é Artista Plástico: Diretor de Artes da Hauser AG, Estudou Publicidade, Propaganda e Criação na instituição de ensino Faculdade de Comunicação Social Cásper Líbero e mora, atualmente, em São Paulo.


quinta-feira, 10 de março de 2011

A musica pop ficou mais triste:


Quando se despedir é faca na carne
Por Antonio Siqueira























Phil Collins afirmou em entrevista ao jornal britânico The Telegraph que pretende se aposentar. Segundo o cantor, ninguém vai sentir sua falta no atual cenário musical.

“Eu olho para o MTV Music Awards e penso: ‘Eu não posso estar no mesmo negócio desses artistas”, declarou o cantor. “Eu realmente não pertenço a esse mundo e eu não acho que alguém sentirá minha falta”.

Phil Collins tem 60 anos e ficou conhecido mundialmente como baterista da banda de Rock Progressivo Genesis. Collins também assumiu os vocais da banda quando Peter Gabriel deixou o grupo para seguir carreira solo. Desde 2009 o músico foi obrigado a abandonar a bateria devido a problemas de saúde.

Em sua carreira solo Collins lançou diversas canções que se tornaram sucessos. Seu último álbum de estúdio é “Going Back”, disco de covers lançado no ano passado. Deixa uma lacuna na musica Pop de qualidade e uma faca na carne de fãs e admiradores. Fica a lembrança de Collins no Genesis em 1990 com este clipe: No Son of Mine.




English Version


When firing is in the meat knife

Phil Collins said in an interview with British newspaper The Telegraph that he intends to retire. According to the singer, no one will miss the current music scene.


"I look at the MTV Music Awards and think: 'I can not even be in the business of these artists, " the singer said. "I really do not belong to this world and I do not think anyone will miss me. "


Phil Collins is 60 years and became known worldwide as the drummer of the prog band Genesis. Collins also took over the vocals of the band when Peter Gabriel left the group to go solo. Since 2009 the musician was forced to leave the battery due to health problems.


In Collins launched his solo career several songs that became hits. His last studio album is "Going Back", an album of cover songs released last year. Leave a gap in pop music quality and a knife in the flesh of fans and admirers. It is the memory of Collins in Genesis in 1990 with this clip: No Son of Mine.



Phil Collins and Genesis - No Son Of Mine




terça-feira, 8 de março de 2011

Até quando?



08 de Março: O dia das heroínas
Por Antonio Siqueira






Até quando?
No Dia 8 de março de 1857, operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.

A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano. Somente em 1910, numa conferência na Dinamarca, ficou decidido que o 8 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela ONU. Apesar dos avanços, das evoluções transformadoras e das vitórias significativas em milhares de causas, a violência existe e cresce monstruosamente, mesmo diante de leis severas.

Me recuso a buscar informações que nos dêem a estatística de quantas mulheres foram maltratadas, sub-jugadas, humilhadas, violentadas, roubadas, enganadas e mortas neste século de lutas. A verdade é que todos nós já assistimos por aí ou temos algum caso de violência contra a mulher em nossas vidas e em nossas famílias. Os homens são os mesmos, desde então; modernos ou não, filósofos esclarecidos, ignorantes, reis ou plebeus; A indigência mental diante do assunto é a mesma. Que a tolice seja devorada pelo bom senso! Despertai, amigo...Um ilustre mineiro, um dia, cantou: "a mulher é a melhor viagem"...Embarque nessa eterna magia da vida que é o ser mulher.



Ilustração: Latuf
* O machismo mata dez mulheres por dia no Brasil, by Carlos Latuff

segunda-feira, 7 de março de 2011

A Arte é Vital nas telas de Sergio Cajado




Visões de 2011 - o Ano das Aguas


Elemental numero 4 - Vista interior Pastel a oleo e acrilico sobre canvas 80x80 São Paulo (2011)


















Sergio Cajado é Artista Plástico: Diretor de Artes da Hauser AG, Estudou Publicidade, Propaganda e Criação na instituição de ensino Faculdade de Comunicação Social Cásper Líbero e mora, atualmente, em São Paulo.





quarta-feira, 2 de março de 2011

Loreena McKenetti


O milagre em mil tons e sons geniais
Por Antonio Siqueira


Loreena McKenetti


















Loreena McKenetti é multi-instrumentista, excelente compositora e de uma voz de afinação surreal. Filha de Jack e Irene Mckennitt, ela é de ascendência irlandesa e escocesa. Loreena, assim como muitas crianças, demonstrou na infância um grande interesse por música. Foi então que Loreena iniciou-se na formação musical e estudou piano clássico por 10 anos e canto durante 5. Nos anos 1970, Loreena já se apresentava em clubes de música e em espetáculos musicais.

Em 1981, Loreena mudou-se para Stratford, Ontario, onde trabalhou como compositora, atriz e cantora no Festival Shakespeareano do Canadá e é onde ela reside atualmente. Seu primeiro álbum Elemental, foi lançado em 1985, e atraiu a atenção mundial por ser um auto-trabalho. Seguiram-se To Drive the Cold Winter Away em 1987, Parallel Dreams em 1989, The Visit em 1991, o excelente The Mask and Mirror em 1994, The Winter Garden em 1995 e The Book of Secrets em 1997.

Loreena juntou à cultura celta elementos da música oriental, introduzindo um toque erudito e utilizando instrumentos folclóricos, aliados aos sons eletrônicos obtidos através de sintetizadores. Somado a isto, vocais diáfanos que remetem a eras indefinidas. O resultado desta mistura é o sucesso da canadense. Sua canção "The Mummers' Dance", foi um sucesso generalizado, que recebeu consideráveis prêmios e se destacou nas rádios estado-unidenses e em toda Europa.

A canção é um estado espírito? Correto. Porém, Loreena McKenetti transcende esse estado. A alma sai para passear enquanto sua voz e seu piano (ou sua arpa) executam o verdadeiro milagre da musica.