domingo, 31 de outubro de 2010

O maior espetáculo da música no mundo...

O Brasil é a música


A história da música brasileira em todas as suas cores, ritmos e melodias, mostrando que o Brasil é o maior conceito e exemplo do som universal.

Por Antônio Siqueira

















Do final do século XIX até os primórdios deste século XXI, a música brasileira prima pela beleza e gigantesca fusão de ritmos e gêneros. Da modinha ao poperô, há uma diversidade rica e abundante de criatividade e ritmos; a mais fascinante epopéia musicultural do planeta.


MPB: Não é bem um gênero, mas sim um jeito de compor derivado do samba, de rimos nordestino, do jazz e do pop. Seus maiores destaques são Chico Buarque de Hollanda, Gilberto Gil (que como político do poder executivo, ainda é um dos maiores músicos do universo da música), Djavan, Ivan Lins e o Clube da Esquina, capitaneado por Milton Nascimento.


Bossa Nova: Um samba jazzificado, grande responsável pelo prestígio atual de nossa música. O jazz e a divisão rítmica simplificados por João Gilberto se juntaram a talentos como Tom Jobim, Vinícius de Morais, Roberto Menescal e Carlos Lyra.


Choro: Surgiu aqui no Rio, por volta de 1850, como um modo mais “chorado” de tocar polcas. Ganhou estofo com as composições de Ernesto Nazareth e desenvolveu linguagem própria graças a nomes como Pixinguinha. Teve em Jacob do bandolim um gigante.


Sertanejo: Até os anos 40, tudo que não era samba recebia carimbo ‘regional”, fosse embolada, toada, calango ou baião. Hoje o termo se aplica às vertentes mais “comerciais” da música, cuja  base vem das modas de viola e de ritmos indígenas como cururu e cateretê.


Baião: Surgiu dos acordes do repente, estilizados por Lauro Maia nos anos 30, que chamou o estilo de balanceio. Luiz Gonzaga deu contornos definitivos ao gênero e o tornou famoso nos anos 40, ao lançar a canção manifesto “Baião”. A partir dos anos 70, o nome que prevaleceu foi forró, que compreende também coco, xote e xaxado.


Jovem Guarda: O pop/rock internacional mete o pé na porta do mercado brasileiro e, disfarçado de ingênuo modismo adolescente, cai como uma luva para as pretensões políticas da ditadura militar e, de quebra, explode como fenômeno pop daquela época. Influenciou gerações e mais gerações. Até hoje!


Brega: Filho da Jovem guarda, só que a de Vicente celestino e de vários boleristas. Confundiu-se (como tudo no Brasil), com o pop, reinou nas paradas e influenciou vários segmentos. Define hoje um subgênero paraense.


Frevo: nasceu da marcha-polca e manteve-se basicamente restrito a Pernambuco. Virou tradição no carnaval baiano com Dodô e Osmar e acabou entrando na receita do axé music.


Tropicalismo: O corte que abriu a cabeça da MPB para influências pop/rock, promovendo também a revisão de gêneros populares como o brega. Respaldada pelo sucesso das obras de Caetano e Gil, a atitude tropicalista funciona como revolução permanente, estejam seus principais artistas no establishment ou não.


Rock: Começou tímido nos anos 50 e foi engolido pela jovem guarda e pela Tropicália. Nos anos 70, deu um salto qualitativo com Rita Lee, Raul Seixas e grupos do bom progressivo brasileiro como O Terço, A Barca do Sol, O som Nosso de Cada Dia entre outros. Foi quase deglutido pela MPB a partir de trabalhos como os de Secos & Molhados, Novos Baianos e Alceu Valença. Nos anos 80, ressurgiu com Lulu Santos, Paralamas, 14 Bis, Barão Vermelho, Ira, Titãs e Legião Urbana. Desde então, se desenvolve em múltiplos subgêneros.

 Samba: O ritmo mais importante do país, adotado como símbolo nacional e difundido com apoio oficial a partir dos anos 30. Nasceu dos batuques africanos e tomou forma no final do século IXX, nas casas das “tias” baianas da praça onze, no Rio. De lá, levado por Sinhô, chegou aos salões. Pelas mãos de Ismael Silva e outros, subiu os morros. Noel Rosa, Ary Barroso e Ataulfo Alves fizeram o estilo ganhar o mundo e viver sua chamada “época de ouro” na voz de interpretes como Carmem Miranda e Orlando Silva. Até os anos 50, evolui em vertentes como o samba sincopado (de Geraldo Pereira e Wilson Batista), samba-choro ou samba de gafieira, e o samba-canção, antes de desaguar na bossa nova e nas fusões de Jorge Bem Jor. Só que nos anos 80, renovou-se em forma de pagode e prestou-se a misturas de pouco bom gosto com o pop, a MPB e a música eletrônica.


O maior patrimônio de uma nação é o espírito de luta de seu povo e a maior ameaça para uma nação é a desagregação desse espírito. Isso se catalisa na cultura, nas arte, essencialmente na musica...e o Brasil é a música de todos os povos, de todas as raças, segmentos e etnias.





Choro Bandido - Tom Jobim, Chico Buarque e Edu Lobo





Selo Editora Quantum 38 x 71

quarta-feira, 27 de outubro de 2010

O gênio introvertido de Keith Jarrett..

Intimo e Pessoal 
Por Antonio Siqueira






Keith Jarrett possui uma maneira de tocar muito pessoal. Não é um interprete conciso: ao contrário, é dado a longas digressões, e muitas de suas peças são improvisos livres, mesclando trechos de caráter quase erudito (particularmente pseudo-barroco ou pseudo-clássico) com outros de sabor minimalista e com passagens decididamente jazzísticas. Ocasionalmente, faz citações de outros temas. O fato de Jarrett propor várias de suas execuções como improvisos livres tem um lado simpático, na medida em que cada peça é única, não só na "interpretação" (o que, de resto, ocorre com todo o jazz) mas na própria concepção da peça, que acaba sendo resultado irrepetível de um lugar, um momento e uma platéia específica. Por outro lado, porém, essa abordagem provoca, em alguns casos, um certo descuido com a forma: as peças resultam prolixas, às vezes repetitivas, estendem-se mais do que seria desejável.


Na música de Jarrett podemos encontrar alguns elementos característicos. Primeiro, ele tem atração pelos ostinatos em andamento moderado, que estabelecem um clima hipnótico. Segundo, principalmente nos trechos lentos, procura deixar soar os acordes, valorizando suas ressonâncias. Terceiro, Jarrett gosta de explorar os desdobramentos de melodias simples, líricas e cantantes. Quarto, nas peças rápidas, as frases entrecortadas emitidas no calor do improviso não costumam ser tocadas pela mão direita na região aguda do teclado, como seria usual, mas sim na região média.

Porém o aspecto mais importante da música jarrettiana talvez não esteja nas características do seu "estilo" de tocar, que acabamos de mencionar, ou de sua técnica pianística, mas sim no seu pensamento musical - no plano cognitivo, por assim dizer. Refiro-me a um aspecto em particular: Jarrett é um mestre do understatement: o que ele deixa de tocar, o que ele apenas sugere assume, talvez, importância tão grande quanto o que ele efetivamente toca. Isso fica especialmente claro quando ele interpreta standards. É como se ele nos levasse a imaginar, dentro de um espaço "dual" ao espaço sonoro no qual se dá o discurso musical propriamente dito, as notas subentendidas, as frases não articuladas, os caminhos não tomados.

As interpretações de Jarrett são temperadas por leves excentricidades cênicas. Ele tem, por exemplo, o costume de murmurar ou cantarolar enquanto toca, a exemplo do que fazia o notável pianista clássico Glenn Gould. Ocasionalmente, também se levanta da banqueta para tocar de pé, etc. No entanto, assim como ocorria com Gould, tais excentricidades ficam em segundo plano, nunca chegando a ofuscar o compromisso total de Jarrett com a música.

Keith Jarrett - Danny Boy

segunda-feira, 25 de outubro de 2010

Patrulhamento ideológico, atitudes fascistas, baixarias de campanha, invenção de uma candidata biônica, bloqueio e sabotagem de blogs particulares, enfim: O que mais nos espera?

O Bloqueio do Blog de Carlos Vereza 


Recebi um e-mail do amigo, Frederico Augusto ( como sempre, muitíssimo bem informado) trazendo em seu conteúdo a íntegra dos posts que provocaram o absurdo bloqueio do blog do ator e militante, Carlos Alberto Veneziano de Almeida, conhecido no universo das artes como Carlos Vereza. Fantástico ator, uma das referencias máximas do teatro brasileiro e que já sentiu na pele o que é perseguição politica. Vereza foi exilado na 1969 e teve seu blog Nas Veredas do Vereza , sabotado a algumas semanas. Leia aqui no Arte Vital, o texto que mexeu com os brios de Lula e do seu PT de vampiros que se dizem idealistas:

Estamos aí, Vereza e eu me proponho aqui a, também, "caçar vampiros".






quarta-feira, 11 de agosto de 2010 

Esperto e oportunista!
Um dos argumentos prediletos dos bolsas net, é de que Lula sofre preconceitos por ser mestiço ex-operário, não ter diploma, etc...

Ora... o malandro teve 30 anos sustentado pelo PT, e outras fontes, e não preocupou-se sequer em aprender português, enquanto Vicentinho, também de origem humilde, e igualmente petista, formou-se em direito, e Marina (continua petista) alfabetizou-se em condições muito mais precárias, após os dezesseis anos!



Uma coisa é inegável: a figura, além de oportunista, é de uma esperteza macunaímica ...


Quando liderava as greves no ABC, jogava para os dois lados, e já possuía um corcel 2, segundo depoimento de um ex-sindicalista, e que consta neste blog ...

 Presidente da República, ficou mais sentado no aero lula, do que na cadeira da presidência!
Suas despesas com cartões de crédito, envergonham àqueles que "vivem" de aposentadoria!
Dividiu a nação em cotas, jogando negros contra brancos, sob o pretexto de "reparar" injustiças históricas, quando seria mais decente investir no ensino básico, com possibilidades para todos, e não criando situações humilhantes para os negros, que mesmo com notas inferiores são preferidos em disputa de vagas para faculdades, em função da cor de sua pele!

Acusa frequentemente as elites, sendo ele, o Golden Boy dos banqueiros nacionais e internacionais; paga, demagógicamente, o FMI, enquanto a divida interna do País alcança a casa de mais de um trilhão e quinhentos bilhões de reais!
Transforma o povo em párias, reféns das várias bolsas anestesias, e tudo isso, pela permanência indefinida no poder!

Compara o poste a Mandela, e pasmem!, ao próprio Jesus Cristo, e as "pesquisas" indicam 80% de aprovação para a triste figura!

Fica aqui um repto: que Lula vá ao Maracanã em dia de clássico e permita que seu nome seja anunciado no serviço de autofalante ...

Outro desafio: repetidamente, a figura acusa o governo de Fernando Henrique Cardoso de todos os problemas, por ele Lula, não resolvidos; experimente mudar o plano econômico herdado de FHC!

Troque o real por uma moeda inventada, digamos, pelo Mercadante! Abandone o câmbio flutuante ... o combate à inflação ... a lei de responsabilidade fiscal ...

Cadê o tal de plano B, que se não fosse o Meireles (ex-PSDB) tería afundado o país logo no primeiro ano de (des)governo?

Ah ... Duda Mendonça ... O que não se inventa por dinheiro! Aliás, recebido no exterior burlando toda a legislação eleitoral, por ocasião do Mensalão !!!

Ah ... se eu não acreditasse na Lei de Causa e Efeito...
(...) Lula, assinou "contrariado",segundo palavras de Celso Amorim(o diplomata trapalhão!),as sanções contra seu amigo,Ahmadinejad.

(...)Segundo comunicado do Irã,Lula não enviou qualquer pedido oficial em favor de Sakineh! O Grande Timoneiro,limitou-se a mencionar o fato,para variar,em cima de um palanque!...

(...) O escritor Ives Hublet, desce do avião em Brasilia, é detido, levado para uma cela e morre de câncer de um dia para o outro! Em seguida, seu corpo é cremado, sem a autorização de qualquer parente, e até o momento fica tudo por isto mesmo, como ficaram os casos de Celso Daniel, Toninho de Campinas, e o médico legista que afirmou que Celso fora torturado antes de ser assassinado...

Aos amigos seguidores: disponham, transcrevam, repassem!
Este espaço é nosso, pertence à todos que estão preocupados com a ameaça de uma ditadura petista.
Indiquem apenas a fonte: "Nas veredas do vereza"

domingo, 14 de agosto de 2010 


Amigos seguidores, bloquearam nosso espaço: já era de se esperar!

 O terrorismo virtual está acontecendo em vários blogs que fazem criticas à ditadura anunciada!

Caso queiram mandar algum comentário, enviem para o meu e-mail:

carlosvereza@hotmail.com   -   (mailScanner detectou uma possível tentativa de fraude de "mce_host")

 domingo, 15 de agosto de 2010 

Bloqueio antes das eleições: reflitam como será depois!
Não sei se o que continuarei a escrever será lido, mesmo assim continuarei!

Pergunto? Que poder tem o meu despretencioso blog para ser bloqueado?

Não vou choramingar, quem entra na chuva é para se molhar, nem estou perplexo ou decepcionado, pois quem é capaz de ser amigo dos piores ditadores do planeta, o que significa travar um blog?

Interessante: o sujeito que discorda do Lula, é classificado como direitista ou vendido...

Aonde estavam os petralhas quando fui sequestrado pelo DOI-CODI, por duas vezes, por protestar contra a ditadura militar?

Quando postei o texto, 2010 - "cristais quebrados", (já se vão uns 6 meses), os bolsa net, os fanáticos petistas, me condenaram ao fogo eterno, porque afirmava, que Lula e capangas, fariam de tudo para manter o poder!

E o que assistimos agora? Dossiês falsos, quebra de sigilo de Eduardo Jorge, engavetamento de CPIs, a morte não explicada de Ives Hublet (aquele das sagradas bengaladas no crápula Zé Dirceu), "manifesto" das Centrais Sindicais, subsidiadas pelo governo, apoiando o poste, a nomeação em final de governo de mais de 30 mil companheiros, terrorismo virtual, a compra da dignidade do povo, através das  bolsas anestesias, e mais o que vem por ai!
Continuarei a escrever, a dar entrevistas, o que for possível para denunciar esta quadrilha travestida de partido de esquerda!

 Fascistas, é o que são!

 Deus me poupou do sentimento do medo!

Todo o dia é bom para viver ou morrer, mas sei bem a diferença entre ditadura e democracia, e convoco a todos que desejam um Brasil livre a lutar o bom combate!

Tudo isto antes das eleições; imaginem se o poste ganhar!

 Um abraço,

Carlos Vereza



Carlos Vereza é ator, escritor e militante da verdade, nada mais do que ela.



terça-feira, 19 de outubro de 2010

"Tropa de Elite 2": Um "todo" perigosamente consensual.

Quem é o inimigo? Quem somos nós?
"Tropa de Elite 2" se firma como o maior longa da história do cinema brasileiro, mesmo deixando de lado questões essenciais ao esclarecimento da platéia.
Por Antonio Siqueira

Após o flashback, conhecemos a nova vida de Nascimento (Wagner Moura, fantástico como nunca) agora separado, longe do filho e com um novo cargo de subsecretário de segurança pública do Rio de Janeiro, acreditando que através dele vai resolver os problemas do tráfico da cidade maravilhosa. Para piorar sua esposa casou com Fraga (Irandhir Santos), militante dos Diretos Humanos e grande crítico do BOPE e principalmente do Capitão Nascimento.

Assim como no primeiro, o filme explica como funcionam todos os esquemas não tão secretos que controlam o Rio de Janeiro, desde o fim dos bandidos nas favelas e com a chegada dos policiais, que enganam o povo com um discurso de que estão protegendo eles em troca de suborno, mostrando a criação das famosas milícias. Não foi muito bem explicada à interação e aos vínculos mais profundos de um processo cruamente político, econômico e social.

Produção impecável! José Padilha está no Roll dos maiores cineastas da atualidade, não só em âmbito nacional, como mundial, sem sombra de dúvidas. Padilha comanda um elenco fabuloso e tira o melhor de todos, inclusive dos figurantes. Destaque para o desempenho de Sandro Rocha. Um sargento corrupto no primeiro longa que vira major miliciano e quase ofusca Moura. É, de longe, a melhor produção brasileira até aqui e merece o publico de cerca de 4,14 milhões de espectadores. Porém, ficou uma lacuna. Uma lacuna em uma obra-prima.

Até agora não entendo a que se refere o tal do sistema ao qual Nascimento faz alusão o tempo todo, e que, de acordo com a tomada final do filme, tem sua resultante (ou seu nascedouro?) em Brasília. Se em “Tropa 1” o mal era o tráfico (junto com o consumidor-burguês-defensor de direitos-humanos-de- bandido), quem é o inimigo agora? Para o povão que ouvir as lições desse Nascimento, são os políticos, a PM e os interesses eleitorais. “Tropa 1” tinha, sim, um discurso. A voz do autor (o ex- Bope, Rodrigo Pimentel, parceiro no livro e no roteiro) através de Padilha, coincidia com a voz do personagem. Como me disse, um dia, uma ótima escritora paulista : “Quem já leu Monteiro Lobato, aprende a decifrar polifonias.”

Em “Tropa 1”, Nascimento é um herói sofredor, produto da sociedade, enquanto estudantes da PUC, a burguesia da Zona Sul, os militantes de direitos humanos e os consumidores de maconha eram mostrados (no que toca à dramaturgia) como um bando de imbecis. Já em “Tropa 2” não fica nenhuma dúvida de que só se alcança a cidadania (um bem em si) através da coragem de relativizar. Até a superlotação dos presídios entra em pauta. O deputado dos direitos humanos fala como ser humano! Contraponto válido à voz do narrador, que, de súbito, deixou de ser onisciente para fazer parte do todo. 

O tráfico de drogas é chutado para escanteio e a culpa dos consumidores não é rediscutida. É como se, para denunciar a aliança entre poder público e banda podre das polícias florescendo em meio às milícias armadas, fosse necessário esquecer aquele inimigo número 1 difuso que o primeiro filme elegia para ser asfixiado em sacos de plástico ao som de música maneira, sob aplausos. 

Em seu discurso na CPI das milícias, Nascimento, em resposta a uma pergunta do filho (“Por que você mata gente, papai?”) responde: “Eu não sei.” É a velha história do mal externo ao indivíduo. Primeiro, são “os traficantes”. Agora, “a PM”, “as milícias”, “os políticos”, “o sistema”. Os políticos são extraterrestres gerados em Brasília, no “Planeta Central”. A PM é uma má corporação nascida de algum lodo virtual, alheio aos maus impulsos humanos, tão sórdidos quanto os traficantes e os milicianos, diferentes da natureza dos que nascem para o bem. Como se Brasília, ou a PM, não fôssemos nós. Quem somos? Com certeza, a culpa está num todo... Um todo perigosamente consensual.

segunda-feira, 18 de outubro de 2010

A cidade e suas feridas...

A guerra do Rio
Por Antonio Siqueira










O Rio de Janeiro necessita de mais estratégia e planejamento nas suas ações relacionadas à segurança publica, pois a policia não consegue ser onipresente. Os arrastões deixam claro que a ocupação dos morros pela policia está trazendo bandidos para as ruas. Fazem-se necessários; planejamento da policia, utilização de helicópteros, motos, ações diferenciadas, etc., antes que coisas piores aconteçam. A polícia deve surpreender os bandidos, e não o contrário – como e São Conrado, mês passado. Inteligência é a alma no exercício das atividades, principalmente em relação à segurança publica.

Com a nova ocupação pelo BOPE do Morro dos Macacos, em Vila Isabel, preparando-o para mais uma UPP, verifica-se o já conhecido: a fuga como ratos do esgoto de marginais que dominavam a área. Ninguém quer encarar o BOPE de frente (quem dera que eles encaracem).  Isso comprova que a violência na cidade tem solução, restando apenas a continuidade da estratégia de se dar aos carentes urbanos aquele mínimo de condições dignas de sobrevivência, para que tenhamos o patamar social que toda grande cidade possui. Educação e saneamento são as chaves desse entendimento.

Absurdos sob os olhos do comando

Senhores  Governador e Prefeito, qual é a função da Policia Militar e da Guarda Municipal? A pergunta tornou-se necessária quando descubro pelo site G1 que foi roubada uma escultura em bronze de 1,80 m e 250 quilos, que estava afixada sobre um pedestal a cerca de 5 metros de altura, no meio de uma praça de grande movimento, isso bem em frente a uma obra publica de importância que, presume-se, deveria também estar sendo vigiada. Roubaram a "Mulher da Luz", da Praça das Nações. Agora é oficial: a cidade voltou à idade das trevas! Roubaram a luz no fim do túnel.

“A luz no fim do túnel pode ser um trem vindo em direção contrária.”

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Uma abordagem loucamente didática sobre a maior banda de Rock Pesado de todos os tempos:

O Zeppelin de Chumbo 
Por Antonio Siqueira










Tudo que você queria saber sobre a maior banda de Rock de todos os tempos, mas não tinha coragem de perguntar.

Em meados do ano de 1968 o rock passava por um período de mudanças fundamentais... o descompromisso do início dos anos 60 passava a dar espaço a músicas e letras mais elaboradas, representados entre outros pela banda Yardbirds, de Eric Clapton e Jeff Beck.

Nesta época James Patrick Page era um guitarrista de sessão que já havia gravado com os Rolling Stones, The Who, Pretty Things, entre outros e foi chamado para substituir Eric Clapton quando este abandonou o Yardbirds (Eric Clapton viria mais tarde a formar o Cream). Foi a primeira vez que Page participou de uma banda de renome... mas o que viria depois iria ser muito mais importante...

No final de 1968 a banda Yardbirds se desfaz e Page trata de montar um novo grupo. Um amigo o leva a procurar Robert Plant, vocalista da pequena Band of Joy. Da Band of Joy vem também o baterista, John Bonham. Juntamente com Chris Deja. A banda resolve se chamar New Yardbirds. O baixista Chris Deja não se encaixa ao som da banda e é logo substituído por John Paul Jones, também músico de sessão, que já havia gravado entre outros com os Rolling Stones. Jones chegou ao New Yardbirds através de um anúncio em uma revista de música.



Obviamente o nome New Yardbirds não agradava. O baterista do the Who, Keith Moon, achou que a banda de Page era pesada e voava, e sugeriu o nome Lead Zeppelin (Zepelin de Chumbo). Mais tarde o nome foi mudado para Led Zeppelin a fim de que os norte-americanos não tivessem problemas com a pronúncia.

No início de 1969 a banda grava seu primeiro disco, auto intitulado Led Zeppelin. O som era bastante original... com raízes óbvias no blues, mas pesado de uma maneira geral. Agradou ao público, embora a crítica inglesa os tenha criticado muito. O destaque era a música Dazed and Confused, em que Page solava a sua guitarra com um arco de violino. Uma turnê americana se seguiu ao disco. Seria a prova de fogo para a banda. Começaram a turnê abrindo para bandas maiores e terminaram como atração principal dos shows.

Zeppelin em 1968


O primeiro disco já havia levado a banda ao topo das paradas em todo o mundo, apesar de não terem sido lançados singles (isso revolucionaria o mercado musical dali para a frente, pois se passou a considerar mais importante cada disco como um todo ao invés de lançar as músicas separadamente em singles). Sem interromper as turnês a banda gravou ainda em 1969 o segundo álbum. Led Zeppelin II foi um sucesso de vendas ainda maior. Whole Lotta Love se tornou o primeiro grande hit da banda. Apesar de ser uma banda inglesa, só com o segundo disco a banda foi aceita na sua terra natal e desbancou os Beatles no gosto da crítica.

Em 1970 a banda tirou "férias" dos shows e se encerrou em uma cabana na escócia para gravar e compor o álbum mais acústico do Led Zeppelin. O nome da cabana era Bron-Y-Aur, que viria se tornar uma das músicas do disco. O disco Led Zeppelin III deixava claras as raízes da banda no blues e na música folclórica celta. O disco foi sem sombra de dúvidas diferente, mostrando muita musicalidade da banda, mas sem a emoção forte que era a sua característica. Foi um fracasso de vendas. Os shows da banda haviam se tornado verdadeiras demonstrações de resistência. Os improvisos que se seguiam a Dazed and Confused chegavam a durar mais de 45 minutos.

Em 1971 sairia o divisor de águas da carreira do Led Zeppelin, o álbum sem título, comumente chamado de Led Zeppelin IV. Entre outras músicas se destacou Stairway to Heaven, o rock mais executado e conhecido de todos os tempos (apesar de não ter sido lançado em single). Stairway to Heaven era uma mistura única de música acústica e rock pesado. A música Rock and Roll passou a ser a abertura dos shows da banda. O sucesso deste álbum foi tão grande que mentes doentes chegaram cogitar um pacto satânico da banda que haveria vendido suas almas em troca da fama.

Em 1973 o álbum Houses of The Holy decepcionou aos que esperavam outras músicas como Stairway to Heaven. Era um álbum mais denso e difícil de ser ouvido. A banda neste disco adotou influências de soul e reggae como pode ser facilmente observado na faixa Dyer Maker. Parte do público detestou. A música The Song Remains the Same viria a ser o título do vídeo sobre a banda. De uma forma ou de outra o Led Zeppelin continuava lotando estádios ao redor do mundo e vendendo discos como nenhuma outra banda de rock na época.

Em 1975 sai o álbum duplo Physical Graffiti, um álbum disperso e extenso demais. A única faixa a adicionar algo a sonoridade do Led Zeppelin foi Kashmir, que se tornaria uma das marcas registradas da banda. Logo após o lançamento de Physical Graffiti um acidente de carro com Robert Plant levou a banda a férias forçadas durante mais de um ano, em meio a boatos de dissolução.



O álbum Presence, lançado em 1976 é um reflexo da fase ruim por que passava o Led Zeppelin. Nenhuma música se destacava. O cenário do rock mudava com o punk e o Led Zeppelin não conseguia mostrar criatividade. No meio da turnê que se segue, um novo acidente, a morte do filho de Plant, leva a banda a parar novamente. Neste intervalo foi lançado o vídeo The Song Remains the Same (no Brasil com o título ridículo de Rock é Rock Mesmo).

Em 1978 o álbum In Through the Out Door marcou a volta do Led Zeppelin aos estúdios e também aos palcos. Apesar da falta de novidades, a banda continuava a maior do mundo. Após uma reunião de planejamento da turnê americana, na casa de Jimmy Page, o baterista John Bonham morre sozinho em um quarto, em virtude de uma overdose de alcóol. A decisão de acabar com a banda foi aceita por todos os membros restantes.

Led Zeppelin

Curiosidades do Zep: "Swan Song", o símbolo que o Led Zeppelin adotou como logotipo de sua gravadora, foi inspirado num quadro pintado em 1851 por William Rimer intitulado "Evening Fall Of Day", que representa Apollo, o Deus grego do Sol. Há também uma canção instrumental inacabada com este título, que depois resultaria em "Midnight Moonlight", gravada pelo The Firm. "Whole Lotta Love" foi a última música que John Bonham, baterista do Led Zeppelin, tocou ao vivo. Isso aconteceu em 7 de Julho de 1980. Em 25 de Setembro, Bonham morreu sufocado pelo próprio vômito. A edição em LP inglesa do Led Zeppelin III possuia grafada entre os sulcos e o selo do disco a frase "Do What Thou Wilt" (faça o que quiseres), de autoria de Aleister Crowley.

A fascinação de Jimmy Page (guitarrista do Led Zeppelin) pelo oculto era tão grande que ele chegou a possuir a maior loja de livros de ocultismo da Europa, chamada The Equinox. Sua curiosidade sobre a obra de Crowley o levou a adquirir, além de milhares de objetos pessoais, livros e manuscrito, a mansão de Crowley, chamada Boleskine, localizada às margens do Lago Ness. Segundo contam as lendas Crowley praticava rituais satanicos na casa. Depois que Jimmy Page comprou a mansão um caseiro se suicidou inexplicavelmente e um outro ficou louco.

Zeppelin Show

A rádio WKRL na Flórida, EUA, quando foi inaugurada, tocou a música "Stairway To Heaven" do Led Zeppelin por vinte e quatro horas seguidas!

Após uma apresentação do Led Zeppelin em 18 de agosto de 1969 na cidade de Toronto, no Canadá, a banda decidiu fazer um set acústico do lado de fora do clube! Entretanto, como ainda não eram muito conhecidos, praticamente ninguém reparou naqueles cabeludos que tocavam na calçada...

Considerada a quintessência musical do Led Zeppelin pelos próprios integrantes da banda, a canção "Kashmir", nitidamente de inspiração oriental, foi originalmente chamada de "Driving To Kashmir" (um território da Índia, a oeste do Himalaia), e sua letra refere-se à longa viagem que a banda fez entre as cidades de Goulimine e Tantan, no sudoeste do Marrocos, região chamada de Saara espanhol. Segundo Robert Plant, toda a inspiração para a música veio do fato de que "a estrada não terminava nunca... e era de mão única, entre dunas de areia, parecendo um canal sem fim". A estrutura central da música baseia-se num antigo riff gravado por Jimmy Page em suas fitas caseiras. Na verdade, este riff é oriundo de testes de afinação sobre acordes cíclicos. A faixa foi desenvolvida inicialmente por Page e John Bonham, enquanto esperavam por John Paul Jones, que estava atrasado para a sessão de gravação. Aí Plant chegou e criou o miolo da música. Jones acabou ficando fora dos créditos.

Em 1975 Peter Grant, empresário do Led Zeppelin, esteve no Brasil mantendo contato com determinados organizadores no sentido de agendar uma apresentação da banda, que só não aconteceu pois os "empresários locais" chegaram à conclusão que a banda não era "suficientemente conhecida" e que haveria pouco público...

Em todos os box-set e relançamentos do Led Zeppelin desde o ano de 1990 consta um crédito para Anne Bredon na canção "Babe I'm Gonna Leave You", obscura cantora de folk, autora do original. Quem descobriu este fato foi seu filho, ao ouvir a mãe, já bastante idosa, cantarolando esta canção, bastante conhecida através da versão do Led. Entretanto, Jimmy Page desconhecia o original, pois se valeu de uma versão registrada por Joan Baez para fazer sua adaptação; aliás, foi justamente esta canção que Page e Plant tocaram juntos pela primeira vez, quando este último foi ao encontro de Page, no intuito de ingressar no Yardbirds ou montar uma nova banda.

Embora se pense que os vocais da canção "Walter's Walk" do Led Zeppelin tenham sido gravados em 1982 para o lançamento do álbum "Coda", na realidade esta faixa instrumental gravada em 1972 foi "overdubada" com vocais durante as sessões de gravação do "In Through The Out Door" no final de 1978, pois a idéia inicial era de editá-la neste LP.
Londres, 1974

Jason Bonham, filho de John Bonham, baterista do Led Zeppelin, é o menino que aparece espancando peles com o pai no filme "Rock é Rock Mesmo" (The Song Remains The Same), e terminou virando um bom baterista. Tocou inclusive com o Led Zeppelin ao vivo, tem uma banda chamada Bonham e participou do filme Rockstar como baterista da banda do protagonista.

Na música "Stairway to heaven" do Led Zeppelin existem várias mensagens que alguns grupos dizem ouvir ao tocar a música ao contrário. A mais comum é a frase "Here's to my sweet Satan" e "The one will be the path who make me sad whose power is Satan". Embora trate-se provavelmente apenas de uma coincidência, esta mensagem pode realmente ser ouvida.

No verso da capa do primeiro álbum do Led Zeppelin, a música "How Many More Times" está listada como tendo apenas três minutos e meio de duração, quando na realidade têm oito minutos e meio. Mas não se tratou de um erro de impressão, e sim uma estratégia adotada pela gravadora para que os disc-jóqueis programassem a faixa na programação radiofônica, pois sendo assim ela se enquadrava no tempo padrão de um "hit radiofônico".

O "ariano orgulhoso" a que Robert Plant se refere em "All My Love" é o seu filho, Karac. A morte do menino em 1977, foi o início do fim do Led Zeppelin.

Led ZeppelinO Led Zeppelin se apresentou em Copenhagen no dia 21/02/1970 sob o nome "The Nobs", pois Eva Von Zeppelin, descendente do idealizador do famoso dirigível, entrou com uma ação que impedia a banda de se apresentar usando o sobrenome de sua família. De acordo com as palavras da aristocrata: "eles podem ser famosos mundialmente, mas um grupo de macacos cabeludos não pode usar um sobrenome famoso sem permissão".

Provavelmente a música mais comprida tocada ao vivo num concerto de Rock até hoje tenho sido a versão de "Dazed And Confused" que o Led Zeppelin registrou no último show da turnê americana de 1975, mais precisamente no The Forum, Inglewood, California, em 25/03/1975: exatos 44 minutos e meio! Evidentemente trata-se de uma longa "jam" com vários trechos de outras canções inseridas.

Robert Plant era para ser uma das principais atrações do Rock In Rio II, mas o mesmo declarou que uma faringite o impediu. Além desta causa, surgiu uma outra: ele estaria com medo de viajar de avião por causa de possíveis atentados terroristas. O substituto, por sua própria indicação, foi Billy Idol.

"Moby Dick", o lendário solo de bateria de Bonzo, imortalizado nas versões ao vivo e na de estúdio editada no Led Zeppelin II a partir de uma longa sessão (mais de 20 minutos), originalmente se chamava "Pat's Delight", em homenagem a espôsa de John Bonham. O baterista afirmou numa entrevista que algumas partes foram inspiradas no solo de bateria de George Suranovich em "Doggone" de Arthur Lee. Entretanto, o riff original utilizado na canção não é o registrado na versão de estúdio de "Moby Dick", riff este que aparece numa canção que o Led tocou na BBC em 1969, nunca editada oficialmente, chamada "The Girl I Love"; em vez do original, a banda resolveu se inspirar numa canção de Bobby Parker, bluesman que Jimmy Page mais tarde tentaria trazer para a gravadora Swan Song. A canção se chama "Watch Your Step", e pode ser encontrada no álbum "Bent Out Of Shape". E o mais curioso é que nas notas explicativas do álbum, Parker diz que se valeu da levada de "Mantecna" de Dizzy Gillespie, que inclusive serviu de inspiração para o riff de guitarra de "Day Tripper", dos Beatles.

Na canção "In My Time Of Dying" do álbum Physical Graffiti, o Led Zeppelin se apropriou de boa parte da letra e até do ritmo da canção homônima registrada por Bob Dylan em 1962, sem nenhuma referência nos créditos do álbum; entretanto, em alguns shows da turnê da banda em 1975, Plant introduziu a canção mencionando a influência de Bob Dylan - que por sua vez, provavelmente se inspirou em "Hellhound On My Trail" de Robert Johnson, cuja estrutura e temática é praticamente a mesma.

Os acordes da canção "Thank You" do Led Zeppelin, composta por Robert Plant para sua então companheira, Maureen, possuem bastante similaridades com "Dear Mr.Fantasy" do Traffic, que supostamente teria contado com a participação de Jimmy Page, na época guitarrista de estúdio. E muitas frases inteiras da letra são idênticas a "If Six Was Nine" de Jimi Hendrix. Robert e Maureen se divorciaram em 1983.

Ao que consta, Jimmy Page e Keith Richards gravaram juntos em 1975 uma canção inédita chamada "Scarlet", que conta ainda com a participação de Rick Grech.

John Paul Jones é creditado como o responsável pelo arranjo de cordas da canção "She's A Rainbow" do álbum "Their Satanic Majesties Request" dos Rolling Stones, editado em 1967; o mesmo disco possui outra canção com um arranjo de cordas semelhante, "2000 Light Years From Home", que provavelmente também foi de autoria do então futuro integrante do Led Zeppelin, mas nenhuma edição do álbum menciona crédito para John Paul Jones.

Considerados dois dos maiores bateristas da história do Rock, John Bonham e Keith Moon dividiram o palco numa apresentação do Led Zeppelin ocorrida em 23 de junho de 1977 no "The Forum" em Inglewood, California. Além das duas gravações de aúdio feitas por fãs que estavam na platéia, há um registro em vídeo também feito de forma amadora.

2007 - Retorno

O Live Aid foi realizado paralelamente nos dois lados do Atlântico, e devido à diferença no fuso horário, iniciou em Londres (Inglaterra) terminando na Filadélfia (USA) com transmissão ao vivo pela MTV e ao menos uma estação de rádio FM em cada país. Estima-se uma audiência de um milhão e meio entre as pessoas no dois estádios e as transmissões de rádio e televisão. O show ficou marcado por ter sido a primeira vez em que tanto o Led Zeppelin como o The Who voltam a tocar depois de haverem encerrado suas atividades. O The Who se apresentou com sua última formação oficial, com Kenny Jones no lugar de Keith Moon, e o Led Zeppelin teve a participação especial de Phil Collins na bateria, o único artista a tocar nos dois palcos, tendo para isto pego um jato e cruzando o Atlântico entre sua apresentação individual em Londres e sua participação junto ao Led na Filadélfia. Os Rolling Stones foram convidados mas recusaram o convite, então Mick Jagger acabou fazendo uma apresentação para promover o seu então recém lançado "She's The Boss". Irritados, Keith Richards e Ron Wood acabam se oferecendo para tocar com Bob Dylan. Seria o estopim da diferença entre Mick e Keith que duraria o resto da década.

Os integrantes do Led Zeppelin - Jimmy Page, Robert Plant e John Paul Jones - se reuniram em 2007, para um show na Arena 02 em Londres, o único em dezenove anos após a dissolução da banda.  Foram sondados o para substituir Michael Jackson nos shows agendados para a capital inglesa. De acordo com o 'The Sun', os roqueiros podem se revezar com um grupo sueco nas noites que estavam reservadas para o rei do pop, no mesmo Arena 02.



Imagens: Arquivo do Autor


Fonte: Arquivo BBC, Time Magazine, Revista Rollings Stone Led Zeppelin Official e Wikipédia


sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Amargaremos por mais uma década o status quo de vira-latas

Seremos Lama
Por Antonio Siqueira


Quinta-feira, 31/09/2010, 23h18, debate presidencial numa das emissoras de maior audiência deste país; A candidata Dilma Roussef  se irrita ao ser questionada pelo candidato nanico, porém articulado, Plínio de Arruda Sampaio _uma espécie de "batedor suicida" e carrasco encomendado, sabe-se lá por qual providência para a destruição da mesma_ sobre o sistema de Aluguéis Compulsórios, proposto à União Européia pelo Governo Tony Blair no final dos anos 90, para atender à imensa demanda de imóveis desocupados em toda a Grã-Bretanha e no continente europeu.  O que esperar de alguém escolhido por Lula para dar prosseguimento ao mar de lama que o PT tem nos proporcionado nestes oito anos? Oito anos de assistencialismo energúmeno, oito anos de corrupção ativa, passiva, a grande orgia do dinheiro público. Mensaleiros mundanos, ladrões vagabundos impunes, às vezes acho que certas festas de traficantes em morros cariocas reúnem gente menos vira-lata do que as orgias regadas a uisque e dólares na meia, seja em Brasília, São Paulo, Rio... A mamata deverá continuar por mais quatro anos.

Pois bem, vamos recapitular alguns eventos que para os Petistas não tem a menor importância. Como se fosse aquela velha máxima de que não arde no meu, então tá bom, mesmo que estejamos no mesmo barco pátrio: Lembram quando o mensalão estourou, quando Roberto Jeferson resolveu jogar de tudo um pouco no ventilador? Inclusive o chefe da gangue, Dom José Dirceu?  Lula apressou-se em se “solidarizar” com o deputado do PTB que, para quem não se lembra, defendeu a corrupção no Governo Collor, na época do impeachment. Para completar, o governo montou um balcão de negócios para retirar assinaturas de deputados do pedido de instalação da CPI dos Correios. Lula não afastou Meirelles e Jucá, dois vampiros sedentos, segundo soube por alguns colegas que têm privilegiado acesso a fontes límpidas e retransmissíveis.

Revelou-se ali um megaesquema de pagamentos de propinas. Nunca tínhamos visto algo tão gigantesco em termos de putanice! O dinheiro que corria ali era seu. O dinheiro que "sangrava" ali deveria ser usado para reconstruir a educação no país, reformar e otimizar hospitais, salvar a vida de pessoas que passam semanas, meses, anos, atrás de tratamento medico, dentário e psicológico. Deveria. Agora ajuda a financiar a máquina de campanha da candidata mal preparada e quase tão inculta quanto o asno que está aí.

Lembro-me dos meus tenros e agitados 20 anos. A esperança de uma nação forte em todos os sentidos, os dogmas que me moviam, a coragem de enfrentar o poder em forma de gas lacrimogênio e cacetete nas costas. A ilusão de que o Brasil mudaria depois da abertura política transformou-se em dinheiro escondido em meias, amarrado em cuecas. A CORRUPÇÃO TRANSFORMOU-SE EM  TRADIÇÃO CULTURAL E A HONESTIDADE EM FOLCLORE. Tenho 41 anos de idade que avançarão a 42 brevemente. Eu vi de tudo: Presidente Militar que dava porrada em populares na rua e se dizia mais preocupado com seu haras do que com o povo; Presidente “Marimbondo de Fogo” que assumiu o mandato de outro que, por sua vez, foi assassinado na cara de todo mundo na saída de uma missa das 6 em Brasília num acerto de contas muito particular e obscuro (acho que a Glória Maria é sustentada pela GLOBO até hoje pra manter a boca fechada) Todo mundo engoliu a história de que o homem resolveu morrer de prisão de ventre no dia da posse.  Esse mesmo “marimbondo fire” jogou o país no maior buraco de sua história desde a proclamação da republica, com uma serie de planos tão infalíveis quanto os do Cebolinha, levando o Brasil à uma falência endêmica; Presidente Engomadinho e alinhado, fluente em várias línguas, se favorecendo de esquemas quase bilionários de corrupção, peculato, evasão de divisas, favorecimento ilícito e até arrombamento de instituições de caridade, pelas quais sua mulher respondia. Acabou saindo pelos fundos como um ladrão de galinhas qualquer; Presidente que se preocupou mais em ressuscitar o já mais que obsoleto fusca e que resolveu mudar a moeda na boa, óbvia e velha fórmula de tirar três zeros do seu valor, quando o que realmente valia era ser macho e corajoso o suficiente para impedir que a inflação explodisse por conta da cultura da “Lei de Gerson” que contamina todo o empresariado do país. Presidente que só não vendeu a mãe para o diabo porque o diabo preferiu pagar um pouco menos pela Vale do Rio Doce numa pechincha épica.

Lula é o presidente dos Pobres Diabos, dos Zé Ninguéns (e são muitos!) E assim seremos por mais 100 anos, uma nação de Pobres Diabos. Doando R$ 2,9 Bilhões ao mês em Bolsa Miséria, 100 Reais por cabeça favorecendo 39 milhões de miseráveis dão mais ou menos essa merreca. Mais popular que Jesus Cristo, tão Filho da Puta quanto Judas e igualmente cruel como Caifás. Um fenômeno de popularidade, sem dúvidas. Queria muito evitar comparações alucinógenas, mas Hitler tinha a simpatia e a confiança unânime do povo da Alemanha, simpatizantes na Áustria-Hungria, Prússia e Países Escandinavos, inclusive a simpatia dos argentinos, de forma maciça, e do Governo Getulio Vargas... deu no que deu. Obviamente, se der uma merda muito grande, ficará apenas na nossa conta, pois ninguém se importa conosco mundo afora. Só se importam, e é elementar, com a riqueza abundante que sai de nosso solo, mares e rios. E é muito o que produzimos! Jamais esse boçal causaria o caos que Adolph causou, apesar de ser tão imbecíl quanto ele.  O problema será nosso, a tragédia será aqui. Temos 48 horas para decidirmos o que fazer de nossas vidas nos próximos 4 ou mais anos! Ou então amargaremos por mais uma década o status quo de vira-latas.

Texto revisado com muito carinho por Mariza Lourenço