quarta-feira, 28 de julho de 2010

Compositores vivos dão o tom da grande musica universal...

Música Contemporânea: 
O casamento do clássico com o tecnológico
por Antonio Siqueira


High Tech e de Qualidade














        Como seriam as composições de Johan Sebastian Bach se fossem criadas em pleno final do século 20? Com certeza, algo muito próximo do que se convencionou chamar Música Contemporânea. Pois, assim como Bach inovou utilizando a tecnologia do período barroco para criar o cravo bitemperado, os compositores de hoje utilizam a tecnologia atual para criar suas composições.

       Música contemporânea é um segmento da música clássica nos dias de hoje, feita por compositores vivos. Existe A adaptação da música clássica num mundo de computadores, Internet e informática é a música contemporânea. Os compositores utilizam toda essa tecnologia atual em seu favor, sintetizando vozes, manipulando sons no computador, utilizando sons da natureza ou do cotidiano para criar música, arrancando sons dos mais insólitos objetos ( exemplo do grupo mineiro de musica instrumental contemporânea, UAKTI). A música é algo constante.

       Com as novas descobertas e o avanço dos estudos de física dinâmica e mecânica desenvolveram-se os instrumentos de sopro. Também graças aos avanços tecnológicos as viagens ao Oriente foram possíveis, trazendo maior valorização da percussão e incluindo instrumentos como marimba, xilofone e sinos às composições. O mesmo aconteceu nas viagens para a África. O corpo de instrumentos na orquestra sinfônica aumentou, assim com a diversificação musical e a possibilidade de variação. Com o desenvolvimento da eletrônica na década de 10 já surgiam os primeiros instrumentos elétricos, e nos anos 30 já havia a guitarra elétrica e o teclado. Chegamos à nossa época, de informática musical, com um aparato instrumental evoluído e a arte utilizando o conhecimento tecnológico e científico como suporte para um meio de expressão. Musica contemporânea é pura evolução.

        A estranheza que essa afirmação pode causar deve-se a pouca penetração da música contemporânea entre a população. Por ser uma música experimental de vanguarda, ela fica fora do repertório das emissoras de rádio e TV.Os próprios compositores se encarregam da divulgação, realizando festivais de música contemporânea, encontro de artistas e intercâmbios de informação.

       No Brasil existem várias bibliotecas de divulgação de música contemporânea. Todo ano, em agosto, há o maior evento de música contemporânea do país, o Festival de Música Nova, em São Paulo. Sem contar os muitos compositores nacionais reconhecidos mundialmente, como Almeida Prado, Jorge Antunes, Sérgio Freire e Mariza Rezande. E gente muito boa, mas que ainda não têm o reconhecimento merecido como o Maestro e excelente compositor e multi instrumentista Dery Nascimento que acaba de lançar o seu HotSpot Projet   na companhia de participações luxuosas de grandes musicos como Cláudio Venturini. Uma turma que faz música contemporânea de extrema qualidade e há décadas.

       Música contemporânea é uma música que está se construindo, cavando novas possibilidades com a preocupação de ser instrumental e instigante. É a evolução natural da música clássica, de mãos dadas com a tecnologia.

Imagem: Celso Lins



sábado, 24 de julho de 2010

Qual é a boa?

      Por mais que a internet esteja infestada de imbecis, por mais que tentem banalizar e bagunçar uma das maiores invenções da humanidade; acaba prevalecendo o que de fato é bom. Alguns dias atrás, navegando no tão discutido Twitter, achei um link de um site de tirinhas. Aquelas boas e velhas tirinhas que, bem antes do surgimento da grande rede e até hoje, nos entretem e nos diverte nos cantinhos de página do segundo caderno de todo jornal que se preze.

     O nome da "fera" é Carlos Ruas. Tomei a liberdade de publicar aqui uma de suas pérolas (e são muitas). Ruas satiriza com respeito, bom gosto, muito bom humor e criatividade, a idéia que temos sobre Deus. O blog Um Sábado Qualquer é a minha BOA para este fim de semana e espero que meus prezados amigos e leitores dêem boas risadas.



quinta-feira, 22 de julho de 2010

Os Tiranossauros Hidrófobos vão bem, obrigado.

Quando a violência ignora a arte
Por Antonio Siqueira



        






          Não sabia que a talentosa e irrequieta atriz e apresentadora, Cissa Guimarães tinha um filho (igualmente talentoso) com o genial saxofonista Raul Mascarenhas. Uma lástima de minha parte, mas que não subtrai a importância do que vai ser dito aqui. As circunstâncias em que ocorreram os fatos que causaram a trágica morte de Rafael Mascarenhas, 18 anos, foram criminosas sim. Ele foi atropelado quando andava de skate com amigos no túnel Zuzu Angel (à 1 da manhã e fechado para manutenção) na Gávea, aqui no Rio. Rafael veio morrer pela manhã na UTI do Hospital Souza Aguiar, no Leblon.

         É comum depararmos com rachas violentíssimos e direção perigosa e fútil, principalmente se o veículo estiver sendo conduzido por um playboy alienado. O Rio de Janeiro está infestado desses abortos sociais. Pior do que esses jovens infelizes que nos proporcionam esses momentos de dor e escarnecimento mútuo, são os pais dessas criaturas. Criam verdadeiros psicopatas e ainda defendem suas razões. Não estou aqui para criticar esses irresponsáveis que põem no mundo esse bando de assassinos e sim para manifestar repudio e solidariedade.

           A cidade do Rio de Janeiro é uma cidade de esportistas urbanos. É litorânea, singular e naturalmente bela. É legalmente incentivada pelas autoridades a prática de esportes em toda a área do Grande Rio. É muito raro encontrarmos jovens praticando esportes em ruas de grande tráfico de veículos e movimentação de pedestres. Quando acontece, eles geralmente estão se dirigindo para uma praça de esportes, sejam quadras de esportes coletivos ou pistas de skate. Vão batendo bola ou em cima de seus skates.

          Estão querendo diminuir a responsabilidade dos assassinos de Rafael no ocorrido, levantando a hipótese de que o filho de Cissa e Raul estaria andando de skate em local inapropriado. Pois digo aqui, na qualidade de quem curtiu demais esportes radicais: é uma tradição executar manobras de skate em túneis e em grandes vias que estejam fechados para manutenção. Inclusive, os próprios operários que trabalham nessas longas madrugadas, admiram e se divertem com as manobras da garotada. O skatista não perturba ninguém e se fizer mal a alguém, fará a ele mesmo com escoriações e contusões. O Rio é assim desde que se descobriu uma cidade com esse dom natural. Esses canalhas (que aumentam de forma cavalar a sua agressividade com drogas alucinógenas, álcool em excesso, esteróides anabolizantes e dentro de um quadrado de metal em cima de 4 rodas), mesmo que não apodreçam seus traseiros inchados numa cadeia como deveria ser, ao menos ficarão marcados como ASSASSINOS. Assassinos da arte, também. O menino era um excelente guitarrista, sonhava morar com o pai na Europa e estudar musica por lá. E talvez seria tão genial quanto o pai.

        Essas tragédias acontecem todos os dias no país inteiro ( não só aqui no Rio) . Só que o carioca, há tempos, ignora as leis do trânsito, achando que o mesmo é a cozinha da sua própria casa. É preciso que alguém um pouco mais íntimo da grande mídia, feneça ou tenha algum ente querido seu envolvido numa tragédia dessa monta para que se tome alguma providencia. O que é perfeitamente compreensível nesta atmosfera de interesses que nos envolve e respiramos. O que não se compreende e tampouco se aceita, é o comportamento de quem “patrulha” as ruas. Mas levantar esta questão é um ato um tanto suicida por essas bandas aqui. Prefiro estar vivo e agir com racionalidade. Os Tiranossauros Hidrófobos vão bem, obrigado. Alimentados e devidamente propinados.


* Esse espaço se pôe solidário à familia e aos amigos de Rafa Mascarenhas.
           Força Cissa!

quarta-feira, 21 de julho de 2010

Amor escrito, amor amado...

Amor e texto 
     Por Antonio Siqueira


            Antes, é preciso escrever sobre o amor. Talvez assim mesmo, diretamente. Não a paixão, mas exatamente o amor. Talvez tenha chegado a hora de permitir que ele assuma o controle, que ele seja, enfim libertado. Como disse, esse amor precisa de pernas, necessita antes, largar tudo o que se está fazendo e ir de encontro ao objeto amado. A Mulher amada. Um movimento definido como "sempre", mas que não é simples porque possui em si mesmo, marcas, signos, sinais. E pode acontecer dele se manifestar eventualmente em textos. Porque textos? Quando vêm de dentro mesmo, são o sumo da nossa emoção. Textos têm vida própria e conversam entre eles. Então, dependendo de porquê e para quem, um texto é uma manifestação de amor. Forte manifestação. O texto é suave, calmo, permite que o deixemos ali naquele cantinho e até mesmo fujamos dele quando nosso espírito pede assim.


        
O que não percebemos muito é que as cartas e os textos não estão ali, colocados como que por acaso, como se fossem coisa sem importância, redundância. Entendendo o amor, dentro do que ele nos permite, percebemos que os textos não são solitários (nem os amantes), que eles se complementam, são pernas que se abraçam de forma suave, como devem ser. Não há riscos de textos melhores ou piores, bons ou ruins, corretos ou não. Eles são uma parte de uma história, a parte escrita à quatro mãos, momento de entrega e cumplicidade porque as outras pessoas não enxergam, leem e não veem. Não existe propriamente maldade ou má fé de quem não percebe um texto, o que acontece é a simples ignorância em relação a ele porque obviamente ele não diz nada, como não é mesmo para dizer. Perceber o amor pode ser ainda entender que as coisas têm endereço. Mais: não se encerram ao final de um texto, continuam, eles são escritos "sempre", paulatinamente... Com intervalos para serem percebidos e respondidos.


          
Os textos de amor são melhores porque não informam exatamente nada: deixam que escorram de suas letras e frases, signos para o colo do outro, para lugares do espírito que o outro não percebe que possui e, sempre, para o coração. É preciso cuidado com o que se escreve, é preciso a cadência certa e a palavra apropriada, tudo para viver um grande amor. É preciso logo entender e respeitar o tempo e o sentimento do outro e colocar-se ali, por inteiro, mas na distância correta em que ele possa buscá-lo ou não. Melhor continuar depois. Sempre.



segunda-feira, 19 de julho de 2010

mandado republicar

A arte de primeira grandeza na criação do humano
Por Antonio Siqueira


               


 O primeiro instrumento que se tem notícia






        A música sempre foi essencial às sociedades humanas, talvez nascida como ferramenta de agregação em grupos que começavam a se tornar extensos, possibilitando troca mais direta entre seus membros, a expressão musical tornou-se difundida e universal. Tão amplamente, que não se tem conhecimento de sociedade ou civilização que dispense uma forma ou outra de musicalidade. O vínculo com este meio de expressão começa, pelo menos, tão cedo quanto ao nascer. Cientistas especulam que a linguagem usada pelos adultos, a fala materna do "tatibitate" seja um prelúdio musical, ao qual respondem crianças de todo o mundo. A atração que a musica exerce sobre nos é tão poderosa que nossas experiências com essa forma de arte interferem na formação do cérebro humano.

        Matematicamente infinita, ciência mais que exata das sete artes, sedutora, tribal, unidora de povos e raças, reinventada a cada minuto e com uma diversidade impressionante de estilos e abordagens. A música nos cerca e não gostaríamos que fosse diferente. O vibrante crescente de uma orquestra pode encher os olhos de lágrimas ou provocar arrepios na espinha. A musica de fundo adiciona emoção aos filmes e, por vezes, ajuda a torná-los verdadeiros épicos. As "ondas" do bom e velho rádio nos remetem às lembranças guardadas no mais íntimo de cada um de nós. A torcida vibra com o hino de seu time. Os pais cantam suaves cantigas para acalmar seus bebes.



   






 Apitos de dente de hena




           Esse apego tem raízes profundas: fazemos musica desde o alvorecer da cultura. Mais de trinta mil anos atrás, os primeiros humanos já tocavam flauta de osso e elementos percussivos. Todas as sociedades tinham ou têm algum tipo de musica. Na verdade, nosso gosto parece ser inato. Bebes de apenas semanas de vida, já se voltam na direção de sons harmoniosos e agradáveis e tendem a afastar-se dos dissonantes. E quando o desfecho de uma sinfonia nos provoca aquele friozinho gostoso, os centros de prazer ativados no cérebro são os mesmos que estimulados quando comemos chocolate ou mantemos relações sexuais.

          Eis aí um intrigante mistério biológico: por que a musica, universalmente amada, singularmente poderosa com sua capacidade de tanger as cordas da emoção é tão difundida e importante para nós? Será que seu aparecimento incrementou de alguma forma a sobrevivência humana, por exemplo, auxiliando o namoro? O desenvolvimento de culturas milenares, o canto de trabalho, promovendo assim uma grande coesão social em grupos que haviam ficado grandes demais? Seria musica um "manjar auditivo" _um feliz acidente da evolução que por acaso excita a fantasia humana?


         Na Grécia Antiga, a musica em forma de arte civilizacional teria uma natural expansão no desenvolvimento cultural dos povos ocidentais. Para o grego a arte era um prazer, uma paixão. Já para os romanos era um instrumento de administração, de domínio, "o selo impresso sobre a nação conquistada". A Idade Média ou Idade Medieval foi um período intermédio numa divisão esquemática da História da Europa em quatro "eras", a Idade Antiga, a Idade Média, a Idade Moderna e a Idade Contemporânea. Por razões econômicas, culturais e sociais, a europa esqueceu o mundo medieval e projetou-se rumo ao nascente da era moderna. O crescimento economico que havia começado no século XIII continuava, apesar das desgraças. Por outro lado, o desenvolvimento dos estudos seculares, principalmente o humanismo clássico, a ciencia e a tecnologia constituiu uma força importante que floresceu no romntismo europeu. Um dos maiores beneficios destes fatores foi no campo das artes e a mãe musica ascendeu numa explosão criativa pouquissima vezes vista. O auge da criação e evolução da musica, como conhecemos, o Renascentismo.

Publicação originária de  30 de Setembro de 2008

sábado, 17 de julho de 2010

Um soneto ainda existe...é belo e comovente como um sorriso sem nome no horizonte.

Cantiga
Por Marcia Maia












 e se eu disser que não sei o que sinto
te digo e minto pois sei que guardara
a manhã clara nas mãos sob as saias
- ris ou me vaias se assim te disser

e se eu disser que é tal qual vinho tinto
digo e não minto sei que maculara
a manhã clara nos bosques de faias
- ris ou me vaias se assim te disser

e se eu disser que inteiro és-me indistinto
te digo e minto pois te procurara
na manhã clara dentre as samambaias

(de alvas cambraias fiz-te veste e cinto)
se em tuas praias meu barco atracara
- ris ou me vaias se assim te disser


Visite a obra de Marcia Maia no blog Intinerário

sexta-feira, 16 de julho de 2010

Sugestão luxuosa

Sobretudo e sobre ROCK


O dia 13 passou! O dia Internacional do Rock. Não cheguei a me programar para publicar algo sobre esta data, pois estava literalmente entulhado com outras prioridades. O Rock'n Roll é um gênero jovem e está entranhado na cultura pop mundial.

Abri esse post para sugerir a leitura do artigo "13 de julho: Dia Mundial do Rock"
de Louise Rodrigues   que narra de maneira muito interessante e delicada o por quê desta data.

Louise é uma menina talentosa. Aos 18 anos e estudante de jornalismo, publica o Sobretudo...e um pouco mais um blog que trata o universo da música com respeito e autenticidade. Bons textos e curiosidades. Uma leitura legal, proporcionada por uma jovem, cujo futuro acena com carinho.
Parabéns Louise, o rock'n roll é um jovem sessentão que precisa ser retratato por gente JOVEM.

Vale a pena conferir! 
http://louiseorodrigues.blogspot.com/





PINK FLOYD - LIVE 8

terça-feira, 13 de julho de 2010

Ele nasceu no Dia Internacional do Rock'n Roll

Bernardo é Rock e mar aberto

          No dia 13 de Julho de 1990, mais precisamente às 12:00 em ponto, surgia no planeta essa figuraça que mudaria bastante o sentido de felicidade para a nossa família. O filho da minha primíssima-maninha, Mônica. Meu, a princípio, primo; Bernardo Bruno Guedes, o nosso .

          Marcavam por volta de 16 horas daquela  sexta-feira _ que amanheceu meio cinzenta e entardeceu com um belo sol invernal _ , quando recebemos a notícia. Eu e meu amigo, João Carlos, o China (que resolveu surfar nas ondas do firmamento) sorvíamos uma cerveja naquele final de tarde especial. Môniquinha chegou com ele da maternidade dois dias depois. O moleque me olhou e sorriu. Dali em diante surgia uma grande amizade! O nosso Bê que crescia, que corria pelo imenso quintal da casa de minha amada Tia Sueli que é sua doce avó e foi quem deu o tom para que nossa existência aqui, primasse pela dignidade e fosse interessante. Que agarrava no pescoço do Kiko e se pendurava alegremente. O kiko era um membro ilustre da família. Um pastor Alemão de 53 cm de altura e 40 quilos de massa “cachorral”. Era ferozinho, hehehe. Porém, um Mané diante do pequeno “capetinha” que ali despontava. Que aprendia a nadar naquela piscina que era quase que exclusiva para ele. Uma criança abraça o nosso mundo, nos envolve...ainda mais uma criança como era o Bernardo,

            Num belo domingo de sol (Bernardo devia ter uns 9 meses de vida), Mônica me surpreende, sugerindo que eu o batizasse. Não preciso dizer que quase implodi de tanta alegria. Batizei o “pivete” e, até então, esse menino maravilhoso que hoje completa 20 anos de idade, foi o que tive de mais próximo de um filho. Ele cresceu. Hoje vive às voltas com a Faculdade de Jornalismo e um futuro imenso pela frente. É meu grande amigo, apesar de não estarmos juntos com a mesma freqüência. Bernardo foi um divisor de águas na minha vida. Parabéns, meu “filhote”! Hoje é o seu dia! Hoje é dia de rock’n roll! Tem amor aqui dentro desse dindo para mais 20 anos... pra você. UM FELIZ ANIVERSÁRIO, moleque!

Posto aqui um vídeo do rock de macho que você tanto curte, porra!!!! rsrsrsrs






PS: Só tem um porém na nossa história, cara: Não consegui impedi-lo de ser flamenguiata. Ah...a gente sabe que ninguém é perfeito! auhuahuashuashahuasahahaha
Te amo!

domingo, 11 de julho de 2010

A Espanha entra para o Clube dos 8 com muita raça e fazendo valer o apelido de FÚRIA...

A Fúria manda 
no futebol mundial
Espanha conquista sua primeira copa do mundo com sofrimento e drama épicos.


Por Antonio Siqueira



















Casillas ergue a taça 
     Foram necessários quase um século e mais 120 minutos de futebol para que a Espanha conquistasse seu primeiro mundial. Além do inédito título e um dos artilheiros (David Villa), a Espanha se despede da Copa com mais duas marcas: uma positiva e outra negativa. Com apenas dois gols sofridos, a Fúria se iguala a franceses e italianos como campeã com a defesa menos vazada. Entretanto, os espanhóis, conhecidos pelo futebol ofensivo, marcaram apenas oito gols, tornando-se o campeão com menor número de gols. Muito drama, muita raça e determinação, aliados a um toque de bola refinado e com a entrada providencial de Fabregas.


     Uma final tensa e com a Holanda distribuindo muita porrada, assim foi a decisão da décima nona Copa do Mundo de Futebol. A Espanha cedeu ao revanchismo, o resultado foi assustador e jamais visto em uma final: um confronto marcado pelo alto número de cartões amarelos - 13, sendo oito para os holandeses. A Holanda explorou a marcação de pressão na saída de bola, no campo adversário.  Muitas chances claras de gol desperdiçadas, os mais novos campeões mundiais garantiram 56% da posse de bola, nos 120 minutos do jogo, que só foi definido no segundo tempo da prorrogação.

O gol sofrido


     Um título que nunca havia sido conquistado jamais viria facilmente. Ainda mais para uma seleção que sempre teve a fama de fracassar na hora H. Amarelona? Não. Sua cor é vermelha. E o título finalmente veio. Para a torcida da Espanha, pareceu que nunca viria. Noventa minutos que viraram 120. Ou melhor, 115, quando Iniesta estufou a rede e tirou da garganta um grito entalado há uma eternidade. Uma conquista com direito a 0 a 0 no tempo normal, 1 a 0 sobre a Holanda na prorrogação, desabafos, choro... A primeira Copa do Mundo na África viu nascer o oitavo campeão da história. A partir deste domingo, a Espanha pode colocar uma estrela no peito e exibir para o planeta que amarela é a cor da taça na mão dos seus jogadores.


     Eu assisti a 10 copas do mundo (das 19 edições), contando com esta última que terminou a pouco na África do Sul. Lembro de todas, inclusive a primeira, a de 1974, onde surgiu o futebol total da Holanda de Rinus Michel. O que me levou a crer que o futebol era um esporte muito difícil de ser praticado. A Laranja Mecânica de Rinus Michel (e do capitão mal educado e íntimo da bola, Johan Cruyff) com aquele futebol coletivo espírita tornavam as coisas complicadas demais para a minha cabecinha de 6 anos de idade. O esquema não vingou mais e com os mesmo resultados, depois da derrota da Holanda para a Alemanha, a dona da casa  em Monique. A Holanda de hoje estava decidida, bateu muito (Nunca vi uma final de copa tão violenta). Porém, concentrou as suas ações ofensivas no pé esquerdo  Robben e no oportunismo de Wellers Schneider. Quase leva o título. Mas a Espanha mereceu. A Espanha buscou essa taça com determinação e raça. E RAÇA é coração, é FÚRIA. Parabéns Espanha!

******************************************

Ontem a Alemanha conquistou o terceiro lugar em jogo eletrizante e equilibradíssimo. Vitória de virada sobre o Uruguai do goleador Diego Forlan. Parabéns aos gemanicos e aos hermanos uruguaios, que foram ótimos.
Parabéns ao Luiz Felipe Leite pela excelente narração do jogo na Rádio WEB Metropole de São Paulo. O escriba que vos fala acompanhou o jogo na companhia deste jovem talentoso, estudante do oitavo periodo de jornalismo na Universidade metodista de Campinas. E com comentários muito bons de Gabriel Araújo e de Ismail Filho. O detalhe é que Luiz Felipe tem 19 anos e o Gabriel..... 14 anos. O Ismail deve ser "guri" também. Entendem e muito de futebol e jornalismo esportivo.

*****************************************

 Haveria um contra senso histórico muito forte se a Holanda fosse campeã mundial em uma terra que eles, os holandeses, tanto contribuiram para uma tortura étnica, para a grande segregação racial. Esquecer o que passou teve, hoje, um limite especial. E (creio eu)  estamos diante deste limite.

*****************************************

E o Miroslav que não arrumou nada na sua cruzada para ultrapassar  Ronaldo Ex "Fenômeno" como maior artilheiro da história das copas? Ficou com 14 gols, atrás de Ronaldo, com 15 e à frente de seu compatriota, o também alemão, Gerd Muller (14 gols). Atrás também do francês Justi Fonteinne (13 gols numa só copa, a de 1958, vencida pelo Brasil)) e do Rei Pelé (12 gols). Para um atleta sem habilidade, perna de pau e limitado como o Mirus, é um feito épico.

*****************************************

A Copa da África do Sul foi especial. Foi a copa dos Benue-Congo, dos Xhosa, dos Zulu, dos Swasi, dos Ndebele, dos brancos africâneres e, principalmente, a Copa de Nelson Mandela. A COPA DO MADIBA!

Aguardamos ansiosos a Copa do Mundo de 2014







   


  







sexta-feira, 9 de julho de 2010

Despedida com bom humor

      Não é a do Dunga, essa conversa de despedida educada e tampouco acompanhada de alguma veia cômica. Dunga não tem graça nenhuma e Maradona é um fantoche da mídia argentina. Porém, aqui em solo tupiniquim tem gente engraçada.
      Dunga em Um Dia de Fúria produzido pelo humorista mineiro de Juíz de Fora, Pablo Peixoto e sua turma, fazem o torcedor relaxar com criatividade e bom humor. Como diria o Kyoma Oliveira: Escrotivismo Já!

Brasil e Argentina: tragédia Quixotesca

 Dunga X Maradona: 
O fracasso e suas desgraças
Por Antonio Siqueira










        Terá sido pelo mau humor? Terá sido pelas respostas quase sempre grosseiras nas entrevistas? Terá sido por enclausurar a seleção e dar a ela um tratamento de exército-a-serviço-de-um-ditador? Certamente que não. Porque enquanto conseguia os resultados dentro da Copa do Mundo, o técnico Dunga tinha o apoio da maioria dos torcedores, inclusive nos comentários dos internautas nas reportagens e nas enquetes. Só que, diante da Holanda, o resultado não veio. E a derrota fez dele, na opinião dos mesmos torcedores e leitores, o maior responsável pelo fracasso brasileiro na África do Sul.

        Ao contrário de Diegoo Maradona, que retornou  a Buenos Aires como um General derrotado, mas honrado e festejado pelo povo.

O Bode Dieguito

       No Reino do Rio da Prata, um homem íntimo de Deus conquista o mundo com a bola nos pés. Ano 1986 DC. Os amantes do futebol se rendem à magia de um homem de estatura atarracada chamado Diego Armando Maradona. O México é cenário de algumas das mais belas exibições de um futebolista na História. O Midas de Lanús transforma toda a prata em ouro. Só que o destino leva Maradona a outras paragens e o ouro se transforma em pó. Vive às turras com outro rei, conhecido como Pelé. Uma forte ventania embaralha o caminho de Don Diego, que se perde em drogas, confusões e polêmicas, e acaba flertando com a morte.


















   
O Bode Dunga

         Ano 1990 DC. Itália. Uma geração fracassada acaba sendo conhecida pelo nome de um dos seus integrantes. A Era Dunga sucumbe aos pés de Maradona e a seleção volta para casa de forma prematura. Da Itália para os EUA. Quatro anos. Foi o que durou a agonia do volante. Dunga deu a volta por cima. Ao contrário do Pibe, com muito mais suor que inspiração. Levantou a taça e deu uma banana para o mundo. Para completar, viu Maradona ser varrido da epopeia do futebol, flagrado no antidoping.

Dunga e Maradona

         O fim da linha para Dunga e Maradona ocorre na mesma fase. Separadas por 24 horas, as despedidas mostram uma diferença básica entre as duas "famílias". Ao cair diante da Holanda, Dunga balança a cabeça, recebe um abraço do seu Sancho Jorginho e vai para o vestiário. Seus guerreiros passam vergonha sozinhos em campo. Maradona, por sua vez, mais afeito a um caráter épico, resolve ficar no barco à deriva, cumprimentando cada um dos seus jogadores. Mesmo nocauteado em pé por um "soco de Ali", como ele mesmo disse. Ego arrematado por alemães sedentos.


           Chegam as coletivas. Dunga se mostra mais comedido. Também não é apertado. Provavelmente tenha deixado a entrevista achando que exagerara com os jornalistas o tempo todo. Os argentinos são mais duros e Don Diego retoma o clima pesado dos embates do tempo das Eliminatórias. Perguntado se alguém na Argentina poderia estar feliz com a eliminação, retruca:

- Você está gozando da minha cara? Não me fo#@, irmão!


           Tirando a grosseria do Pibe, ambos seguem a mesma linha, com o mesmo discurso que mescla o paternalismo e o corporativismo, dizendo-se orgulhosos dos seus guerreiros. Dunga celebra o "feito" de fazer o "resgate da seleção". Maradona comemora o "mérito" de devolver o futebol argentino "às suas raízes".

           Os dois heróis, cada um do seu jeito, parecem Quixotes da bola, talhados para polemizar, para duelar com o planeta e os seus ameaçadores moinhos.

      

Nota do blog: Os acontecimentos envolvendo o goleiro Bruno do Flamengo nos dá a certeza de que  compreender melhor o funcionamento da mente dos psicopatas é uma tarefa de importância vital para a humanidade.
  

domingo, 4 de julho de 2010

Eu sou você amanhã....


Brasil e Argentina 
viveram tragédias semelhantes
Por Antonio Siqueira














       E não tenham dúvidas de que os dois trágicos finais tiveram como temprero principal, a teimosia de seus técnicos, Dunga e Maradona. O primeiro esqueceu as ferraduras em casa e primou pela grossura. O segundo é um falastrão dado à fafarronices que beiram o ridículo, como a promessa de ficar nú no Centro de Buenos Aires.
   
       Depois de cinco vitórias seguidas em amistosos preparatórios para o Mundial em 2010 - incluindo um 1 a 0 sobre a Alemanha, futura algoz argentina na Copa - Maradona chegou para a competição bem mais tranquilo. Apesar da campanha irregular nas Eliminatórias, a Argentina era vista como uma das favoritas ao título mundial, e o treinador tratou a imprensa de forma cordial durante as entrevistas na concentração em Pretória.

        Ao contrário das farpas de Dunga dirigidas aos jornalistas e do regime totalmente fechado imposto nos treinos da Seleção, Maradona seguiu pelo caminho inverso. Abriu a maioria das atividades da Argentina e até liberou o sexo na concentração - fato ironizado pelo técnico brasileiro, que argumentou que "nem todo mundo gosta".

        Dentro de campo, os dois treinadores também tomavam rumos diferentes. Na primeira fase, o Brasil só teve uma atuação convincente: a vitória por 3 a 1 sobre a Costa do Marfim, na segunda rodada. Os 2 a 1 sobre a Coreia do Norte na estreia e o empate sem gols contra Portugal não animaram em nada a torcida, mas os resultados garantiram a liderança do Grupo G.

        Enquanto isso, a Argentina era apontada como uma das sensações do Mundial. Em três partidas no Grupo B, três vitórias sobre Nigéria, Coreia do Sul e Grécia. Porém, chamava a atenção a fragilidade da defesa, exposta pelo esquema tático ofensivo de Maradona. Nas oitavas de final, o time passou pelo México por 3 a 1, enquanto o Brasil encontrou ainda menos dificuldades contra o Chile: 3 a 0.

       Então, vieram as quedas. A sétima derrota de Dunga no comando da Seleção aconteceu em 2 de julho de 2010, para a Holanda, de virada, por 2 a 1. A sétima derrota de Maradona veio no dia seguinte: perdido na defesa, o time argentino foi massacrado pela Alemanha por 4 a 0. A passagem do ex-volante pelo comando do Brasil se encerrou com números expressivos, mas uma derrota crucial; a do "Deus" argentino pode ter acabado de terminar da mesma maneira.


E a Fúria Espanhola avança para a praia

        E a Fúria vai incorporando dramas épicos em sua trajetória na Copa da África.  Espanha e Paraguai protagonizaram um jogo marcado por cinco minutos eletrizantes durante o segundo tempo e um sufoco inacreditável para sair o primeiro gol, a favorita Espanha sofreu muito, mas conseguiu passar pelo Paraguai, por 1 a 0, no Estádio Ellis Park, e avançou às semifinais da Copa do Mundo pela primeira vez em sua história.



Os candidatos a artilheiro do mundial são:


 





5 gols
David Villa - Espanha


4 gols
Miroslav Klose - Alemanha
Thomas Müller - Alemanha
Gonzalo Higuaín - Argentina
Róbert Vittek - Eslováquia
Wesley Sneijder - Holanda (Países Baixos)

3 gols
Luís Fabiano - Brasil
Landon Donovan - Estados Unidos
Asamoah Gyan - Gana
Diego Forlán - Uruguai
Luis Suárez - Uruguai


Imagens:
Portal G1


Rodada dramática e humilhação portenha...

Miroslav demolidor e a Fúria na semi-final
Por Antonio Siqueira



 











       Um massacre!  Foi o que a Alemanha impôs à Argentina na partida que decidiu uma vaga na semi-final da Copa da África. Os 4 x 0 sofridos pelos hermanos foram até lucro, pois o contra-ataque alemão mostrou-se tão letal quanto nas últimas partidas. Como na a primeira fase e nas oitavas de final (o dramático mata-mata). E Miroslav Klose brilhou mais uma vez, marcando 2 gols e tornado-se vice-artilheiro da competição com 4 gols.


         Miroslav, às vezes contestado pelos próprios alemães e, muitas vezes, pelos próprios companheiros por não ser exatamente um craque, já superou Pelé na arte de fazer gols em Copas (14 a 12) e está a um passo de se igualar a Ronaldo Fenômeno (15 gols) no topo dos maiores artilheiros em todos os tempos.




         O primeiro grande teste da defesa argentina, considerada o ponto fraco do time na Copa do Mundo, apresentou um resultado decepcionante. Os hermanos levaram um baile. O setor defensivo argentino sofreu com as investidas do quinteto matador; Schweinsteiger, Ozil, Klose, Podolski e Müller. Eles levaram vantagem durante os 90 minutos e construíram um placar incontestável de 4 a 0, que eliminou a seleção de Diego Maradona nas quartas de final do Mundial.


Confesso que não esperava tamanha superioridade alemã. Poderia ganhar, é claro, mas desse jeito? Pois aconteceu. E inspirou Diego Armando Maradona que, desta vez, na obrigatória entrevista coletiva, interpretou o papel do argentino triste e desiludido.


         Como a se exercitar a compor um tango, Diego Narigon resumiu a questão:“Já não tenho forças para mais nada”. Deixemos as empáfias e as falácias de lado e trabalhemos mais, Maradona! Se bem que sua cabeça, certamente, irá rolar. Ou já rolou?





sábado, 3 de julho de 2010

As vantagens do seu JEGUE EXPRESS CARD nesta Copa da África:


TV LCD Plasma Ultra-Fina-42 Polegadas: R$ 5.500,00
Amarradinho com 12 latas de cerveja budweiserr: R$ 25,70
6 latas de batata chip’s Pringles (a do bigodinho) R$ 62,00
2 maços de Luck Strike: R$ 9, 85
Ver a Argentina eliminada:


NÃO TEM PREÇO!


Ilustração: Wesley Miranda


sexta-feira, 2 de julho de 2010

Tragédia anunciada...

Tragédia Felipesca na casa de Madiba
Por Antonio Siqueira


















        E seguimos pagando o preço pela insistência de certos treinadores em “passar a mão na cabeça” de alguns atletas que trazem para si as mazelas de uma sociedade tirana e vampiresca.  Simplifiquemos isso, pois os ânimos hoje, estão sensíveis: Lugar de MALUCO é no hospício e lugar de bandido é na cadeia . Esse comportamento “paternalista” (ou promíscuo) já ultrapassou os limites da paciência e do bom senso de quem ainda PENSA racionalmente. É torturante! Fico com pena mesmo é das nossas crianças. Elas criam expectativas e acabam chorando copiosamente em nossos braços. Ao menos, a campanha da dupla Lula-Dilma não terá a, antes possível, conquista dessa copa do mundo como adendo para a eleição e continuação do PT no comando do Estado Brasileiro. E isso faz uma diferença enorme para quem precisa do populismo para obter êxito em uma eleição presidencial. Pena que foi na Copa do Madiba e no estádio que leva o nome do maior homem dos séculos XX e XXI. Nelson Mandela se identifica demais conosco e para mim é motivo de tristesa.

        O que falar do jogo em si? Que o Brasil entrou em campo como o mesmo “salto alto” da copa anterior? Sim. Pecou por excesso de confiança mais uma vez. Quebrou uma pequena escrita, também. Nos últimos dois títulos, tanto o de 1994, quanto o de 2002, os atletas que fracassaram nas edições anteriores, triunfaram nos anos seguintes. Aprenderam a lição, tornaram-se profissionais experientes e puseram suas cabeças nos devidos lugares. Focaram um objetivo único e o alcançaram. Credito sim, esta derrota, à atitude irresponsável e meliante de Felipe Melo. As coisas já estavam ruins e piores foram ficando na medida em que o segundo tempo avançava.





  
Felipe Melo, deseliquilibrado e fanfarrão



               Que Kaká não era nenhum gênio que resolveria as coisas de uma hora para outra, eu já sabia, acho que todos sabíamos. Kaká ganhou uma copa e jogando apenas dois jogos.  Disputou outra, a de 2006 na Alemanha, com a responsabilidade de um “Pelé” e se apagou. Ele é um jogador aplicado, eficiente, veloz e de certa forma, técnico. Porém, nunca foi um gênio diferenciado, que entraria para a história do futebol mundial como a grande pérola deste esporte. Muita cena, muito merchan, muita pompa em circunstancias que a seriedade e a disciplina são palavras de ordem. Bonitos rapazes; Kaká e Cristiano Ronaldo. O futebol mesmo, fica em segundo plano na passarela das vaidades.








Kaká. Fora de forma e amargando outra eliminação


           A Holanda jogou com inteligência extrêma e frieza européia a começar pelo seu tecnico, o lúcido Bert van Marwijk. Foram os ingredientes básicos para a vitória laranja. Aguentaram firme a pressão na fase inicial. O Brasil jogou bem nos primeiros minutos, mas perdeu preciosas oportunidades de fechar o primeiro tempo com pelo menos 3 gols de diferença. Numa Copa do Mundo isso é pecado mortal. A Holanda reagiu bem no segundo tempo e conseguiu uma bela vitória com dois gols de  Wesley Schneider. Bem mais eficiente no jogo de hoje que o seu maestro, Robben. Este não rende bem espaços curtos e só chuta com a perna esquerda. Limitado, de certa forma.

         Admiro o futebol holandês à décadas e ficaria muito satisfeito se esse mundial fosse conquistado por eles. Até mesmo por que enfrentaram o fantasma brasileiro e o espataram com competência. Devem ter recebido uma eventual visita de Cruyff que ontem declarou para o mundo que “essa seleção brasileira não representava nada, perto das outras anteriores” e que "não pagaria um centavo para assistir este time atual do Brasil". Talvez ele esteja certo. Pena que o babaca não ganhou sequer um "mísero" mundial para dar um pouco de moral às suas declarações infelizes. Gênios também falam asneiras.

        Enquanto torcedores e dirigentes mal intencionados, acharem que criaturas bizarras como Dunga podem treinar uma seleção brasileira e que DELINQUENTES como Felipe Melo e Adriano, entre outros lixos; são atletas magníficos, essas tragédias se sucederão e por muito tempo.

 Até 2014, se o calendário Maia assim permitir.



*"O amor não te deixa perdido e paralisado, sem saber pra onde ir. O nome disso é seleção brasileira. Amor é outra coisa." (Áurea Alves, minha amiga e torcedora bem humorada)




Brasil e Argentina podem fazer final inédita e histórica

Quando os Deuses conspiram
Por Antonio Siqueira














     

         A Copa de 2010 reservou muitas surpresas e feitos inéditos para a história dos Mundiais. Campeão e vice-campeão da edição anterior foram para casa logo na primeira fase. A Seleção da Argélia empatou com o English team em um resultado histórico, e não menos históricos foram os neozelandeses que arrancaram um empate com a poderosa Squadra Azurri, a Itália.

        Além desses fatos, mais uma curiosidade pode marcar para sempre os anais dos livros históricos das Copas. Uma fase semi-final de Copas conter apenas Sul-americanos.

       Caso o Brasil passe da Holanda e o Uruguai vença Gana, um lado das semi-finais estará garantido para o continente. Para que a escrita desse capítulo aconteça os argentinos terão de eliminar a tradicional Alemanha, e a forte Espanha cair para os “cavalos paraguaios”.


                              Brasil e Argentina podem fazer final histórica na África

       Além da 19ª edição da Copa do Mundo ter suas fases finais semelhantes as de uma Copa América, a curiosidade chegaria também ao âmbito econômico: Os 4 países que marcariam presença nas semis são os fundadores do MERCOSUL (acordo econômico entre os países da América do Sul) de 1991,  que vigora até hoje.

Os países americanos apenas chegaram perto de tal realização uma vez, na primeira Copa do Mundo da história, em 1930. Para nos aproximarmos de uma comparação é necessário contarmos com a América do Norte.

       Os 4 melhores colocados de 1930 foram respectivamente Uruguai, Argentina, EUA (Estados Unidos) e Iugoslávia. Na Copa do Uruguai (1930) foi possível ver três americanos entre os quatro melhores. 80 anos depois, existe a possibilidade de colocarmos quatro seleções das Américas, mais especificamente América do Sul, no topo do mundo do futebol. Só depende da bondade dos Deuses do esporte.


   

Dunga não estava num bom dia...

 O Tecnico Dunga depois do ataque de cólera contra a equipe da Rede Globo de Jornalismo, recebeu apoio maciço dos torcedores brasileiros, todos sabem. Mas como perder a piada seria um pecado: