quarta-feira, 30 de junho de 2010

Para trazer bons fluidos. Perseverança traz boa sorte...

Moment for good memories


Futebol é arte, na medida do possivel.
Nesta quarta-feira a Copa da África deu uma pausa.
Aproveito essa "folga" para lembrar a todos que futebol era ARTE sim.

Em 1970, depois do fracasso na Inglaterra, a seleção brasileira sai desacreditada do país e vai para mundial do México. Na última copa de Pelé, o Brasil dá um verdadeiro show de bola, vence as seis partidas, inclusive a Itália na final por 4X1! Sem dúvida a maior seleção de todas as copas.




Tostão foi um dos personagens de importância crucial para a conquista do Tri Mundial








Brasil

Felix                                                                                                   
Carlos Alberto, Brito, Piazza e Everaldo
Clodoaldo, Gérson e Rivelino
Jairzinho, Pelé e Tostão.


Itália

Albertosi;
Burgnich; Cera; Rosato e Facchetti; Bertini;
Domenghini e De Sisti;
Mazzola; Boninsegna e Riva;


 

Brasil X Itália  Final da Copa de 1970



terça-feira, 29 de junho de 2010

Era uma vez um "craque" de brinquedo...

Rodada de péssimos jogos
Por Antonio Siqueira

















         Depois de jogos excelentes, como Alemanha X Inglaterra e Brasil X Chile, Portugal e Espanha não superaram as espectativas. Pela manhã, Japão e Paraguai sacaneavam o grande público no Estádio Loftus Versfeld, em Pretória, com um dos piores jogos deste mundial. Eu sou da opinião de que jogo ruim não se perde tempo comentando. O Paraguai tem um time feio. Uma tática ultrapassada com três volantes fazendo não se sabe o que em campo. Um Roque Santa Cruz perdido e fora de forma. Uma defesa reforçada é verdade. Desde os tempos de Gamarra e Rivarola. Só que a filosofia parreireana de que “o gol é um mero detalhe” prevalece. Então por que não tirar as traves e só as colocarem de volta para a disputa dos pênaltis? O time do Japão até que apresentou alguma novidade neste mundial, um toque de bola acertado e o atacante Honda, que é craque. Mas foi só na primeira fase. O Paraguai venceu nos pênaltis por 5X3 e confirmou a medíocridade do futebol do outro lado da Ponte da Amizade.  O Japão? Ah, o Japão é heptacampeão mundial de beisebol.

         Na outra decisão da rodada, entre Espanha e Portugal, salvaram-se alguns bons lances, mas que não salvaram o que seria a grande partida do dia. Destaque para o craque do jogo eleito pela Fifa, o meia Xabi Alonso. Merecem destaque também, o centroavante Villa e o lateral, Capidevilla que no final da partida, ao fazer a cobertura de uma jogada aérea lançada pela esquerda, recebeu uma cotovelada desleal do atacante Ricardo Costa. A expulsão foi imediata e aos 38 minutos do segundo tempo; o que só serviu para que a Espanha consumasse a vaga nas quartas de final contra o horrível Paraguai. Esse jogo promete ser tão ruim quantos os anteriores.





















  

Com quantas poses se faz um craque de futebol?


Cristiano Ronaldo só veio à Copa para reafirmar que, como craque de nível mundial, ele daria um belíssimo modelo internacional. Um cruzamento para área de letra foi a única coisa de interessante feita por ele. Alvo dos holofotes da imprensa esportiva mundial, Cristiano Ronaldo foi muito bem definido por Paulo Roberto Falcão. Falcão, com  a autoridade de quem jogou muita bola e entende muito de futebol, salientou em seu breve comentário o que Cristiano Ronaldo fez nesses 4 jogos: muita firula, muitas jogadas de efeito sem objetivos concretos e uma inoperância no ataque português de dar dó. Cristiano Ronaldo e o técnico luso, Carlos Queiroz (Figuraça!) foram a grande piada portuguesa, com certeza nesta copa que ganha contornos hilariantes.


 Comentário do dia:

" Como consolar Cristiano Ronaldo? Solta ele na DASLÚ um dia inteiro!"
(Fábio Ramalho, ancora e apresentador do RJ RECORD, twittando com bom humor hoje à tarde, após o jogo Espanha 1 X 0 Portugal, às 18:12 hs)

segunda-feira, 28 de junho de 2010

De Miroslav a Lucio; uma rodada muito animada...

Super Lucio
Por Antonio Siqueira










        Não seria demais dizer que Lucio e Juan formam uma das maiores duplas de zagueiros da história das Copas e, talvez, de todo o futebol mundial. Lucio evoluiu e muito, trata a bola com respeito, é um dos melhores preparos físicos do mundial e, aos 32 anos, é o capitão da seleção brasileira. Lucio transforma-se a qualquer hora do jogo, num quarto atacante, infernizando a já não fácil vida dos zagueiros que enfrentam o Brasil. Hoje contra o Chile, ele abriu espaços preciosos na defesa adversária e acabou contribuindo muito, para o resultado do jogo. Copa do Mundo é assim: ou você resolve rápido (podendo fazer isso) ou volta pra casa mais cedo e com aquela dor de cotovelo. E foi o que o time do Brasil fez hoje, a exemplo da Alemanha, que despachou ontem os inventores do futebol com frieza tática e, pasmem: muita habilidade. É a melhor seleção alemã, desde a Copa de 1974, com certeza.

        Lampard fez um golaço! Do meio da rua, mandando um petardo que acertou o travessão. A bola quicou dentro do gol e saiu, mas nem o assistente, tampouco o árbitro não validaram o lance. Era o troco dado pela história 44 anos depois. Relembrando: em 1966, na final, Hurst deu um chute muito semelhante. A bola quicou em cima da linha e voltou para o campo, mas o gol foi validado. Era o contrário, a chamada justiça, ainda que tardia.



       E a Inglaterra foi envolvida no contra-ataque mais mortal da Copa 2010. E o mais curioso é  que o Miroslav Klose é quem anda buscando jogo para o bombardeio fatal. Interessante como alguns jogadores evoluem com a idade. O Miroslav era muito ruim de bola!




  










       Meu querido Rodrigo Cabañas, Jornalista de Valdívia, província localizada ao sul do Chile, e grande amigo deste blog, contou-me, por telefone : "o Chile saiu para atacar o Brasil e foi goleado. Juan, Luís Fabiano e Robinho acabaram com o sonho de Marcelo Bielsa e seus pupilos". Com todo respeito, Rodrigo, mas o Bielsa é maluco mesmo, amigo... E baba!

"Se algo pode dar errado, dará" ou ainda "Se algo pode dar errado, dará errado da pior maneira possível, no pior momento possível".


       Brincadeiras à parte, Marcelo Bielsa evoluiu muito, também. Seus times agora, têm cara e padrão jogo. Bielsa ficou em terceiro nas eliminatórias e acabou com um jejum de 48 anos sem vitórias chilenas em Copas. Porém, topar com esse Brasil aí, é pedreira e das grossas. E Luiz Fabiano pouco jogou. O nome do ataque foi Robinho e Kaká está voltando à forma ideal. Kaká em forma lembra Johann Cruyff em suas arrancadas. Óbviamente que Kaká não tem a habilidade do holandês endiabrado que ganhou tudo que disputou, menos uma "mísera" Copa do Mundo. Bem; Zico, Di Stefano, Puskas, Stanley Matews e mais um monte de geniais jogadores não ganharam Copa do Mundo e outros menos afortunados, sequer disputaram um mundial.


*caricatura do lucio: bruno venâncio



sábado, 26 de junho de 2010

Ele era impossível de marcar...era ARTE pura com a bola nos pés e com o adendo de um Q.I impressionante...

O Gênio da Laranja Mecânica
por Antonio Siqueira









            Ele foi considerado um jogador revolucionário, tático, ofensivo, coletivo, vistoso e eficiente. Rápido como um felino no bote, num piscar de olhos ele driblava a todos entrando com bola e tudo, mesmo quando começava a construir uma jogada ainda no seu campo de defesa. Johann Cruyff foi um gênio com a bola nos pés e com o cérebro também. No final dos anos 1960, já demonstrava suas ideias revolucionárias.

          Em pouco tempo, deixou todos no Ajax loucos, não só ao impor as suas noções de táticas, como também a tomar a iniciativa de negociar seus termos salariais. Defendeu a Holanda com mais dez notáveis, na Copa de 1974. Não foi campeão, mas deu, junto com seus companheiros, um dos maiores espetáculos de uma seleção na história das Copas. A Laranja Mecânica, como era chamada a seleção holandeza, na primeira Copa em território alemão, revolucionaria de vez o futebol. 


            Cruyff estreou pela Holanda em 1966, aos dezenove anos, em jogo contra a ainda respeitada Hungria. Fez o gol de empate aos 48 minutos do segundo tempo. Ele transfomaria a Seleção Neerlandesa, então modesta, em uma potência mundial. Mas isso ainda demoraria a ocorrer: o país não se classificaria para as fases finais das Eurocopas de 1968 e 1972 e para a Copa do Mundo de 1970. 


           Contam que a Laranja Mecânica da Copa de 1974, não foi a grande campeã por culpa do seu mercenarismo. Na verdade, ganhar da Alemanha em casa e  muma final de Copa sediada pelos eficientes germânicos é uma missão quase impossível. O técnico dessa equipe formidável, Rinus Michels, disse recentemente em entrevista: "é claro que para obter aquele resultado revolucionário, eu precisei contar com 11 jogadores com o Q.I acima da média." De fato. Johann Cruyff, Rep, Kroll, Naninga e cia, revolucionaram para sempre o futebol mundial.




Assista - Johann Cruyff - Tribute





O cara era o "BICHO"!

sexta-feira, 25 de junho de 2010

Futebol é arte sim, mas às vezes é um jogo chato pra cacete...

Futebol X Virose: combinação letal
Por Antonio Siqueira










E olha que tentei. Ver o jogo foi difícil com 38 e blau de febre, mas deu para perceber que o Brasil sem o meio campo e o ataque titulares, não rende, não cria. Fora a bola na trave do Nilmar e as duas grandes defesas do Julio Cesar (dignas da posição de Number one in the world que ostenta), Nada a acrescentar. A não ser a demora excessiva que todo técnico de seleção brasileira tem em mexer na equipe em campo, mesmo quando nesta mesma equipe, existam peças que possam mudar a dinâmica do jogo ou até liquidá-lo de vez. Deve ser cultural e quem sou eu para questionar isso. Se for soberba, então que vão... Mas vão mesmo! Futebol é um território fértil para desentendimentos e discussões tolas. Porém, depois de um jogo desses, só mesmo uma piada de português, regada a um uisque paraguaio.

 Paraguai e Nova Zelândia, foi um daqueles jogos em que a gente acha que está sendo sacaneado. Não precisei assistir todo o jogo, graças a deus. A gente aprende a ler para se integrar ao universo do saber, óbviamente. Mas saber ler é, também, uma arma para defender a seu próprio bem estar. Alguns jogos devemos ler e assistir mesmo em fotos nos jornais do dia seguinte.

Drogba sofre o que muitos grandes craques africanos que se destacaram na Europa já sofreram. Exemplo mais famoso foi o liberiano George Weah, do Milan de 1990, que foi eleito o melhor do mundo, naquele mesmo ano, ganhou tudo que disputou e nunca conseguiu jogar uma copinha sequer. Tentou três vezes. Você, pelo menos, jogou umazinha e no seu próprio continente, Didier, não se amofine!
O meu dia de hoje foi na cama, medicado, lendo jornais e gibis. Virose e Futebol não combinam, fico agoniado. Amanhã começam as oitavas. Que Robinho e Kaká voltem o quanto antes.


*Errata: Meu amigo e vizinho, Joãozinho, acaba de me corrigir e afirmar que esta é a segunda Copa do Mundo de Didier Drogba, que jogou a sua primeira Copa na alemanhã, em 2006. Valeu Joãozinho! Seu amigo Antonioni tá ficando velho, rs....agradece o toque e retifica.

quinta-feira, 24 de junho de 2010

Notas africanas...

O Dunga Elegante.
Por Antonio Siqueira

"Quero pedir desculpas ao torcedor brasileiro pela forma como eu me comportei. O torcedor, que sempre apoiou, não tem nada a ver com problemas pessoais meus ou outras situações. O torcedor brasileiro não tem saber de algumas coisas, não tem de ouvir alguns desabafos meus. Por isso eu peço desculpas ao torcedor brasileiro". 
(Dunga, hoje à tarde, às 13 horas)


 
Com essas palavras, Dunga deveria encerrar a polêmica acerca da toda poderosa Rede Globo de Televisão Doutrinadora. Deveria. Mensagens de toda natureza sobre esse assunto fora de hora, pipocam na nossa caixa de entrada todo o dia. O brasileiro é um ótimo criador de lendas urbanas. A última que veio bater no meu e-mail prometia um efeito devastador, se não fosse um tanto quanto absurda. Ela trata de um eventual diálogo entre Dunga e Fátima Bernardes, quando esta apareceu na concentração para fazer uma matéria exclusiva.

Transcrevo, aqui, parte do e-mail:  "Indagada pelo chefe de segurança do que se tratava, a dominadora esposa do chefão William Bonner sentenciou:  'Estamos aqui para fazer uma REPORTAGEM EXCLUSIVA para a TV Globo, com o treinador e alguns jogadores...'”
Comunicado do fato, o técnico Dunga, PESSOALMENTE dirigiu-se ao portão e após ouvir da sra. Fátima o mesmo blá-blá-blá, foi incisivo, curto e grosso, como convém a uma pessoa da sua formação.
“Me desculpe, minha senhora, mas aqui não tem essa de “REPORTAGEM EXCLUSIVA” para a rede Globo. Ou a gente fala pra todas as emissoras de TV ou não fala pra nenhuma...”
Brilhante! Pela vez primeira em mais de 40 anos, um brasileiro peitava publicamente a Vênus Platinada !
“Mas... prosseguiu dona Fátima - esse acordo foi feito ontem entre o Renato ( Maurício Prado, chefe de redação de Esportes de O Globo ) e o Presidente Ricardo Teixeira. Tenho autorização para realizar a matéria”.
“Não tem autorização nem meia autorização, aqui nesse espaço eu é que resolvo o que é melhor para a minha equipe. E com licença que eu tenho mais o que fazer. E pode mandar dizer pro Ricardo (Teixeira) que se ele quer insistir com isso, eu entrego o cargo agora mesmo!”
O treinador então virou as costas para a suprassumo do pedantismo e saiu sem ao menos se despedir.
Dunga pode até perder a classificação, a Copa , seu time pode até tomar uma goleada, mas sua atitude passa à história como um exemplo de coragem e independência.


Bem que eu queria ter visto uma cena dessas.


*** 

E a Itália... Ciao amore! 

E a Itália?! Pobre Itália. Foi angustiante ver os Azurras naquele estado que beirava o choque. Essa geração perdeu os maestros Toti, Del Piero e Pirlo. É bastante compreensível. A história italiana em Copas é dramática, apesar dos triúnfos e dos bons retrospectos. A torcida italiana lembra muito a torcida brasileira, em especial a do Botafogo. A Itália é acostumada a esses climas de catástrofe desde os dois primeiros títulos. O que Mussolini faria se os jogadores de 1934 e 1938 não vencessem essas respectivas Copas do Mundo? Não gosto nem de pensar. Mas a seleção italiana tem essa herança maldita do fascismo. O que terá traumatizado o botafoguense moderno? A morte de Getúlio Vargas? Se Lula fosse botafoguense eu até entenderia e acreditaria que Lenin era mesmo cearense.

*** 

Hermanos luxuosos 

         A Argentina vem como rolo compressor da moda. Passou por todo mundo sem fazer força e Messi é mesmo um gênio. Ainda estamos terminando a traumática primeira fase.  As oitavas são sempre tensas e trazem uma ou outra surpresa desagradável. Compararam Maradona, fisicamente, a Jorge Aragão.

        Sinceramente, quando leio uma notícia dessas, me acho, cada vez mais, normal. Ele me lembrou muito o Lazzaroni, que urubaqueou o Dunga e mais um monte de pernas-de-pau que surgiram na década de 90 e deu aquele jogo de bandeja para ele mesmo, o próprio, o já cheradón Dieguito. A Argentina não segurou a onda tática alemã na final daquele ano. Década negra, essa! O Dunga, pelo menos, é mais protegido. Mas teve gente naquele grupo, que não encontrou mais o rumo e não foram poucos. Pouparei-o prezador leitor, dessa lista. Não vale a pena.                   

*** 

Portugal perigoso 

        Por mais que o retrospecto entre as duas seleções seja amplamente favorável à seleção do Brasil, é bom lembrar que a seleção de Portugal tem jogadores de qualidade ( e uma defesa péssima) . Tem um dos maiores craques do mundo e deixa aquele gostinho de 1966. Se bem que em 1966, Portugal tinha um time formidável. A base era a maior geração do Time do Benfica e eles tinham o seu Cristiano Ronaldo, o goleador Eusébio. Arrisco um palpite; 2XO para o Brasil com dois gols de Robinho.

***

* Às vezes acho que o Obina e o E'tto são a mesma pessoa.

...por que futebol também é ARTE...e é mesmo!

           Este Blog dedica suas atividades às artes, é bem verdade. No post de ontem, falei sobre as criticas injustas e, também, as que fazem sentido, sobre o técnico Dunga. Massacrado por muitos desde que deu o azar de, num dos desencontros da sua brilhante carreira, encontrar pela frente com o urucubaqueado Sebastião Lazzaroni. Também fiz questão de frisar que futebol também era arte, como é mesmo. Mas assistindo esse pequeno e singélo vídeo sobre a memorável passagem de Garrincha _ o gênio das pernas tortas_ pela Terra, deduzi o óbvio: futebol já FOI arte:







PS: Indicado por Robson Amaral, meu querido Binho, que vive, toca e encanta no Japão há quase 20 anos.

terça-feira, 22 de junho de 2010

Copa 2010...por que futebol também é ARTE...

A Seleção Brasileira que 
não é a da REDE GLOBO. 
Por Antonio Siqueira 


 



             Comprometimento e coerência. Foi com estas palavras que o técnico Dunga definiu os 23 escolhidos para representar a Seleção Brasileira na Copa do Mundo da África do Sul, há quase dois meses; "Minha coerência é com os fatos", bradou e esbravejou o revoltado técnico da Seleção Brasileira. Talvez no limite de um estresse que já se arrasta por longos 20 anos. Dunga foi execrado após a derrota de 1x0 para a Argentina de um já decadente Diego Maradona, na Copa de 1990 na Itália. Mas esse rótulo maldito, o “Anão” deve ao histriônico e egocêntrico, Sebastião Lazzaroni. Mestre na arte de “bostejar” palavras de adequações duvidosas e teorias inexplicáveis até hoje, como a importância de galgar parâmetros, Lazzaroni desapareceu. Passou. Ficou lá atrás, junto com aquele bando de mercenários que resolveram (parte deles) jogar a Copa de 1994 como homens e não como moleques, como na edição de 1990. O Brasil foi tetra campeão 20 anos depois do tri de 1970. Dunga foi festejado como o capitão do Tetra. Dunga era um vencedor, finalmente. 

Esta Copa não apresentou nada de excepcional até agora, a não ser a capacidade  e a genialidade inquestionável de Leonel Messi, a categoria e habilidade de Robinho, a força física e a impressionante aplicação de Maicon  e o Golaço de Luis Fabiano. Assim mesmo, pouca coisa. A nossa seleção sempre entrará em um mundial sendo cobrada e tendo que apresentar novidades. Genios como Messi não temos, mas temos um time que ganhou tudo que disputou nesses últimos quatro anos e com Dunga no comando. Domingo, contra a Costa do Marfim de Didier Drogba _que acabou assinalando o primeiro gol africano sofrido pelo Brasil em Copas e o primeiro dele, Drogba, numa copa, também_ o Brasil jogou o que tem jogado quando a coisa é seria, desde que Dunga assumiu. O mesmo volume de jogo que passou por cima de Italia, Argentina, Portugal e Alemanha como um rolo compressor. Seria muito injusto massacrar Dunga com todo esse retrospecto. O episódio desagradável envolvendo o repórter da Rede Globo,  Alex Escobar,  lançou-o aos leões novamente, só que desta vez com apoio da opinião pública que, de maneira osmótica, vai descobrindo que a Rede Globo não é tão “Tudo a ver assim".   Dunga foi grosso, sim. Mal educado, esculachante e de péssimo exemplo. Mas seu trabalho, até agora, é impecável, queiram ou não. O fato é que a Rede Globo (na minha pífia e elucubração ótica, Rede “Corno”, bem apropriadamente) e seus papagaios não econseguem influenciar como antes nas estatísticas e, eventualmente, na filosofia de trabalho da comissão técnica. Isso, com certeza, deve estar causando mal estar na direção de jornalismo da emissora. Rapidamente arrumaram uma nota para o jovem notável Tadeu Schimith, talentoso, porém, funcionário mandado, manifestar no ar, ao vivo e no Fantástico, o repúdio da Central Globo de Jornalismo.



Pessoalmente, não só eu, mas milhões de indivíduos acham Dunga insuportável. E é mesmo. Mas eu gosto da seleção dele. Não é a seleção dos sonhos, mas é muito melhor que a de 2006. Mais aplicada, menos comprometida com a mídia, menos "salto altista", menos vendida, menos "Roberto Carlista", enfim; existe um empenho enorme e Dunga, com certeza, convocou os remanescentes certos daquela. Copa da Alemanha. Passaram pela experiência de perder para França por duas vezes e em menos de 2 copas inteiras. Essa turma que está na África é menos mundana e mais racional. São jogadores que se destacam em absoluto na Europa e têm a reputação, a competência e a seriedade devidamente reconhecidas em seus Clubes. Até o Robinho está menos sandeu, menos babaca. Acho que se transformaram em homens sérios e tomaram para si o espírito guerreiro do seu líder técnico, tetra campeão mundial, ex capitão da aguerrida seleção de 1994 e da "convulsiva" seleção de 1998.


Dunga pode ser um "carroceiro", mas acertou em tudo até agora. VENCEDOR! Eu é que sou implicante e o acho antipático demais. Ele, pessoalmente, é o próprio anticristo, sem exageros. Arredio demais desde os tempos de Vasco da Gama. Porém, Dunga prima pela aplicação de um trabalho sério e fechado. Isso já vale pelas boas intenções e o gaúcho enfezado é sempre foi um obreiro do esporte que defende.

Redde caesari quae sunt caesaris et quae, o quanto antes e não te arrependerás, torcedor.




terça-feira, 15 de junho de 2010

Senhoras e Senhores, com vocês:

RIVO TRIO



Ilha de Capetá
(Kyoma Oliveira/Lucas Araújo/Paulo Victor Gitsin)


Manhã de sol, geral partiu praiana!
"Suel" irado, açaí com banana
"Dropei" na onda, "grebei" na prancha
fui mandar "cutback" dei de cara com uma lancha

o mar tava lotado,
o pico "crowdiado",
mas eu quero surfar!
então eu vou
pra Ilha de Capetá

Nas águas quentes, com cheiro de enxofre
estátua do capeta com a cara do Eder Jofre

Os local tudo solta fogo pela venta
todo mundo tenta, mas só o brasil é penta!
o mar tava lotado,
o pico "crowdiado",
mas eu quero surfar!
então eu vou
pra Ilha de Capetá

Está chegando o Rivo Trio para fazer diferença do som nosso de cada dia com muito humor e sagacidade. Ouçam ILHA DE CAPETÁ.

Rivo Trio é:
K.Y.oma Oliveira
MAD Lucas
Wil Jr.


PScativa: O RivoTrio deriva do Movimento Escrotivista Universitário. Pois é, esse movimento esse que merece um certo adendo sociológico, please...

sábado, 5 de junho de 2010

Van Gogh e Gauguin; mais uma vez...

Genialidade e Tragédia 
  por Antônio Siqueira


 
     Nos meses finais de 1888, dois gênios da pintura, ainda que desconhecidos em seu tempo, encontraram-se em Arles, no sul da França. Vicent Van Gogh e Paul Gauguin eram diferentes em tudo, do temperamento ao físico, só afinavam na idéia de que era preciso ir atrás do sol para que o grande astro lhes ensinasse os caminhos da pintura moderna.


     Ainda que a estadia deles juntos naquela pequena cidade não tenha chegado a ultrapassar dois meses, permeada por desavenças de toda ordem, ela foi mutuamente enriquecedora. Gogh aspirou um ar estético de Gauguin e este, ao mudar-se depois para o Taiti, levou a cabo a idéia de Gogh de encontrar algum lugar onde o sol imperasse sempre.

     Por terem sido rejeitados numa grande exposição de pintura que anualmente era realizada em Paris, um grupo um tanto irreverente de artistas decidiu-se por realizar uma mostra paralela, produzindo com ela um grande escândalo: o salão dos impressionistas, como o evento foi posteriormente batizado. Ele deu-se no salão do fotógrafo Félix Nadar, que abriu suas portas no dia 15 de abril de 1874, expondo as telas de Auguste Renoir, Edgar Degas, Alfred Sisley, Berthe Morisot, Claude Monet, e outros tantos que não conseguiram se perpetuar. De certo modo era a reedição do Salon des Refusés, que ocorrera em 1863 em razão do escândalo provocado pela tela Déjeuner sur l'herbe de Manet (1832-1883), classificada pela imperatriz Maria Eugênia como "impudica", sem que entretanto provocasse a celeuma e a verdadeira revolução que a exposição de 1874 causou. O salão de 1874 também foi filho de um movimento anterior que buscava inspiração no ar livre, liderado por Eugène Delacroix, Eugène Fromentin e Théodore Chassériau, todos eles mobilizados pela palavra de ordem "il faut sortir de l'atelier!", era preciso sair-se do atelier. A crítica os tachou de preguiçosos fabricantes de borrões para baixo e, como em tantos outras oportunidades, a palavra "impressionistas", como pejorativamente foram apelidados, tornou-se o lema da bandeira estética deles. Seja como for, a exposição de 1874 marcou o declínio da arte acadêmica e deu impulso a uma extraordinária desordem estética criativa da qual o pintor holandês Vicent van Gogh vai ser um dos maiores exponenciais.
Van Gogh pintou este quadro em Paris, entre 1888 e 1889, porém há nesta imagem a forte influência da vivência que o artista trouxe das zonas rurais da Holanda A aparência deles talvez não surpreendesse, se não fosse o aspecto rude e gasto pelo uso, suas marcas nos contam um pouco sobre a vida de quem os usa, os caminhos laboriosos que percorrem e a humildade de suas vidas.


     Provavelmente, Paul deu-se conta que a loucura de Vicent era um caso perdido. Na noite de Natal, andando pela rua, ele sentiu-se seguido. Ao virar-se para ver quem era deparou-se com Vicent, com um olhar desvairado, empunhando uma navalha. Ao ser reconhecido, desatou a correr. Paul, que já havia se mudado para um pequeno hotel, tratou de voltar para Paris. No dia seguinte, porém, ele foi avisado do desatino de Vicent. O seu amigo havia cortado parte da orelha e a enviado, enrolada num lenço, a uma das rameiras, vizinhas dele. A cama e o quarto de Vicent havia se transformado numa grande poça de sangue.

     Quem mantinha Vincent na sua intenção de ser pintor era o seu irmão mais moço Theo Van Gogh, um modesto, mas premonitório, negociante de artes em Paris, que nunca poupou um tostão sequer para ajudá-lo. Graças a intensa correspondência trocada entre eles, entre Vicente e Theo, felizmente preservada, sabe-se com detalhes da evolução da pintura de Van Gogh, bem como suas impressões gerais sobre a arte, a dele e dos outros. Pelas cartas percebe-se como Vicent era um extraordinário sensitivo, um meticuloso, captando tudo ao seu redor para transformar em arte, em maravilhas extraídas do pincel. Theo, por sua vez, jamais faltou com o irmão, sendo o único a lhe reconhecer a genialidade, apesar de Vicent não ter conseguido vender nada em vida. Ao ser chamado com urgência a Arles para socorrer o irmão mutilado, Theo, desolado, não encontrou outra solução senão interná-lo numa clínica de alienados em Saint-Rémy. Um ano e meio depois, em 1890, Vicent, num outro ataque, dos tantos que já tivera, disparou contra o seu estômago, matando-se aos 37 anos de idade. Theo, seu irmão, logo o seguiu, morreu em 1891, aos 33 anos. Ambos estão enterrados no mesmo local.

quarta-feira, 2 de junho de 2010

Notas...

M.I.A. diz que Facebook e Google foram criados pela CIA



Mais uma polêmica para a coleção da cantora M.I.A. Desta vez, ela contou à Nylon Magazine que o Google e o Facebook foram criados e são controlados pela CIA.

Ela disse que achava importante que os usuários dos sites saibam quem são seus controladores e que eles têm a intenção de investigar os dados pessoais e controlar o que é visto na web.


É, parece que a mocinha é chegada à publicações bizarras em sites de teorias da conspiração!


Jorge Ben lança nova versão de 'Umbabarauma' com Mano Brown 



A versão original da música é parte do álbum África Brasil, de 1976 e ganhou uma nova roupagem para a Copa do Mundo, gravada em março no estúdio YB, em São Paulo, com patrocínio de uma marca de roupas.

Junto de Ganjamen, dividem a produção da faixa o DJ Zegon (ex-Planet Hemp e atual N.A.S.A.) e Gabriel Ben Menezes. Nas vozes, as Negresko Sis (Anelis Assumpção, Céu e Thalma de Freitas) e nos instrumentos, Duani Martins, Gustavo Da Lua e Pupillo, totalizando 11 pessoas (em referência ao números de jogadores em um time de futebol).
Além de fotos, Ganjamen também divulgou em seu Twitter um link para o teaser da gravação, disponível no endereço www.youtube.com/unswbrasil. Esse som promete!




'Eclipse' está disponível para audição

Os fãs da saga Crespúsculo já podem conhecer as músicas presentes na trilha sonora de Eclipse terceiro filme da série. As faixas foram liberadas como meio de divulgação do álbum, que também está em pré-venda no endereço  eclipsesoundtrack.com/preorder. O lançamento mundial do filme acontece dia 30 de junho.



No Rio de Janeiro, gauchos invadem a estação

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Em junho, dois gaúchos invadem a Estação das Letras para oficinas de literatura e crônica. Os escritores Fabrício Carpinejar e Moacyr Scliar, respectivamente, são os convidados desses dois encontros; o terceiro do mês fica por conta do jornalista Felipe Pena, que propõe a leitura dos principais autores brasileiros, desde o século XIX e seus diversos estilos, além de técnicas específicas. As oficinas começam em 4 de junho e as datas e os horários estão em http://www.estacaodasletras.com.br/cursos.html.  Inscrições pelo tel (21) 3237-3947. A Estação fica na Marquês de Abrantes, 177, no Flamengo.

Fonte da noticia: Germina Literária