sábado, 27 de fevereiro de 2010

O Celsinho está bem



Aos amigos desse blog, informo que o grande parceiro, Celso Lins está bem. Celso está morando em Valvídia, no sul do Chile. A cidade sofreu estragos, mas não com a intensidade do epicentro, na cidade de Talpa . Foi um grande susto para o ilustre Anjinho.




Abraços aos prezados 13 leitores.

Mapa do Chile do Google Earth. Valvídia fica longe do Epicentro do terremoto, mas sofreu estragos significativos:


sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Poemas sonados

"Derradeiro"
Por Antonio Siqueira


Sono que arrebata
_tomara eu não sonhar

Sono límpido
_tomara eu não me iludir

Sono eterno
_que seja sem dor

Sono livre
_tomara eu estar em todos os lugares, mas sem sonhar

Sono lúcido
_dos bem aventurados, por nada esperar

Sono inválido
_tomara eu não durmir

Sono da alma
_o indelével e inevitável fim.

Da-lhe Millor

DAILY MÍLLOR: EU ESTAVA LÁ
Millôr Fernandes




Passeata dos 100.000.
Vocês não vão acreditar, mas eu estava lá.


Em geral, não falo dos meus feitos de bravura porque não os reconheço no que narradores os transformam.

Pelo que leio hoje, eram 100 000 vítimas ou heróis.

Um dos poucos que estavam ali se divertindo era eu.



Não pretendi tomar o Palácio de Inverno (fazia um calor danado), nem mesmo o posto 9 de Ipanema.

Seguia a multidão, agora me lembro, quando passamos pelo Amarelinho. Em uma janela do edifício avistei o pintor Bandeira (Banderrá, como era conhecido em Paris) e acenei. Ele acenou de volta.

Ah, tem mais.
Li numa nota publicada por Arthur da Távola: alguém na parada acendeu um cigarro (não conquistamos outras liberdades, mas perdemos a de fumar, até eu, que nunca fumei) e, distraído, queimou meu braço. Aflito, disse:

- "Desculpe! Desculpe!".

Eu, com meu reconhecido espírito (haja mito), respondi na bucha:

- "É bom eu ir me acostumando".

Arthur, quando é que você inventou essa história?

Passeata dos 100 000.
Quem foi que contou?


* Originalmente publicado na página do autor, hospedada no portal uol:
http://www2.uol.com.br/millor/

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Notas para a sua quaresma...




Clássico dos Rolling Stones








Um dos maiores clássicos dos Rolling Stones, o álbum “Exile on Main Street”, será relançado em breve com material bônus. O relançamento está agendado para o dia 17 de maio e trará três versões diferentes.

O CD normal trará as 18 faixas originais do disco, que foi lançado em 1972 como LP duplo. A edição ‘deluxe’ trará 10 faixas extras, incluindo versões alternativas de “Loving Cup” e “Soul Survivor”, e músicas inéditas. Uma terceira versão, ‘super deluxe’, trará as músicas extras, um DVD com documentário de 30 minutos, um livro com 50 páginas e discos de vinil.

No mesmo dia do relançamento de “Exile on Main Street” a rede de TV britânica BBC vai transmitir o documentário “Stones in Exile”.


Simply Red no Brasil




A banda inglesa Simply Red, liderada pelo vocalista Mick Hucknall, volta ao Brasil com a turnê que marca a despedida depois de 26 anos de carreira. A "Farewell Tour" passa por quatro capitais no mês de abril.

Os shows acontecem no Recife, dia 16/04, no Chevrolet Hall; em São Paulo, dia 20/04, no Credicard Hall; em Belo Horizonte, dia 21/04, no Chevrolet Hall e no Rio de Janeiro, dia 23/04, no Citibank Hall. Os ingressos podem ser adquiridos em pré-venda por clientes Credicard, Citibank e Diners (entre 22 de fevereiro e 02 de março), sócios do fã-clube (entre 01 e 02 de março) e público em geral (a partir de 03 de março).

O repertório dos shows no Brasil contarão com os sucessos da banda como "Stars", "Holding Back the Years", "If You Don´t Know Me By Now" e "For You Babies". A banda atualmente é formada por: Mick Hucknall (voz), Ian Kirkham (teclados e saxophone), Kenji Suzuki (guitarra), Dave Clayton (teclados), Pete Lewinson (bateria), Steve Lewinson (baixo), Kevin Robinson (trompete e flauta), Sarah Brown e Dee Johnson (vozes de apoio).

Confira o serviço das apresentações no Brasil:

16/04/2010 - Recife/PE
Chevrolet Hall - Rua Agamenon Magalhães, s/n
Horário: 23h00
Ingressos: R$ 120,00 (Pista), R$ 150,00 (Front Stage, 1º lote), R$ 160,00 (Front Stage, 2º lote), R$ 180,00 (Front Stage, 3º lote), R$ 3.000,00 (Camarote Piso 1), R$ 2.500,00 (Camarote Piso 2) e R$ 2.000,00 (Camarote Piso 3)
Vendas online: www.ticketsforfun.com.br
Classificação etária: 16 anos
Informações: 4003-5588

20/04/2010 - São Paulo/SP
Credicard Hall - Av. das Nações Unidas, 17.955
Horário: 21h30
Ingressos: R$ 400,00 (camarotes I), R$ 350,00 (camarotes II), R$ 350,00 (poltronas I), R$ 300,00 (poltronas II), R$ 200,00 (pista), R$ 130,00 (platéia superior I), R$ 120,00 (platéia superior II) e R$ 100,00 (platéia superior III)
Vendas online: www.ticketsforfun.com.br
Classificação etária: Não será permitida a entrada de menores de 14 anos; 14 anos e 15 anos: permitida a entrada (acompanhados dos pais ou responsáveis legais); 16 anos em diante: permitida a entrada (desacompanhados)
Informações: 4003-5588

21/04/2010 - Belo Horizonte/MG
Chevrolet Hall - Av. Nossa Senhora do Carmo, 230
Horário: 20h00
Ingressos: R$ 180,00 (pista, 1º lote), R$ 220,00 (pista, 2º lote), R$ 240,00 ((pista, 3º lote), R$ 350,00 (pista premium). Valores inteiros.
Vendas online: www.ticketsforfun.com.br
Classificação etária: 16 anos
Informações: 4003-5588

23/04/2010 - Rio de Janeiro/RJ
Citibank Hall - Av. Ayrton Senna, 3000
Horário: 22h00
Ingressos: R$ 400,00 (camarotes), R$ 300,00 (poltronas), R$ 150,00 (pista), R$ 300,00 (pista premium). Valores inteiros.
Vendas online: www.ticketsforfun.com.br
Informações: 4003-5588


Show extra de B.B. King em São Paulo







O lendário bluesman B.B. King fará um show extra em São Paulo em sua próxima turnê pelo Brasil. Com a confirmação deste show os fãs terão três oportunidades de ver e ouvir o músico ao vivo na capital paulista. Os dois shows já anunciados anteriormente serão nos dias 19 e 20 de março, na Via Funchal.

O show extra em São Paulo será no palco da casa de shows Bourbon Street Music Club. Os ingressos para esta apresentação custam R$ 950,00 e já estão à venda.

Além de São Paulo, B.B. King também vai se apresentar no Rio de Janeiro e em Brasília, nos dias 16 e 22 de março, respectivamente. Confira os detalhes da nova passagem do ícone do Blues pelo país:

16/03/2010 - Rio de Janeiro/RJ
Vivo Rio - Rua Dom Infante Henrique, 85
Classificação etária: 16 anos (Menores de 16 anos somente acompanhados do responsável legal)
Horário: 21h30
Ingressos: entre R$ 60,00 (meia-entrada, setor 3) a R$ 500,00 (VIP premium)
Informações: 21 2272-2940 / www.vivorio.com.br

18/03/2010 - São Paulo/SP
Bourbon Street Music Club – Rua dos Chanés, 127
Ingressos: R$ 950,00
Informações: www.bourbonstreet.com.br

19 e 20/03/2010 - São Paulo/SP
Via Funchal - Rua Funchal, 65
Classificação etária: Livre
Horário: 21h00
Ingressos: de R$ 110,00 (meia-entrada platéia 2) a R$ 600,00 (pista vip)
Informações: 11 2144-5444 / www.viafunchal.com.br

22/03/2010 - Brasília/DF
Centro de Convenções Ulysses Guimarães - Eixo Monumental, s/n
Horário: 21h00
Ingressos: R$ 150,00 (Superior, meia-entrada) R$ 200,00 (Especial, meia-entrada) R$ 250,00 (VIP Lateral, meia-entrada) R$ 300,00 (VIP, meia-entrada)
Informações: 61 3429-7600
Por Antonio Siqueira


* As agendas dos respectivos shows têm como fonte o Portal G1.

O maior artista pop de todos os tempos teria brilhado e muito se não fosse assassinado...

Ele estava em plena forma
Por Antonio Siqueira




Já se passaram mais de seis meses de sua morte, talvez seja o momento ideal para escrever sobre ele. A verdade é que Michel Jackson estava sublime e em plena forma.




Um espetáculo. É o que seria a turnê de Michael Jackson a julgar pela superprodução que "Michael Jackson's This is It", o filme, mostra ao espectador. E o que era para ser material extra de um futuro DVD, o 'makin' of' da turnê, acabou virando material principal do filme. Até porque é o único material que existe da tão idealizada, produzida e esperada turnê.

Com produção da Columbia Pictures e direção de Kenny Ortega, "This is it" não deixa de ser uma forma das empresas envolvidas, a Sony e a AEG Live Inc., lucrarem em cima do Rei do Pop - o documentário faturou US$ 20 milhões em sua estréia mundial. Mas é, sem dúvida, uma homenagem ao artista.

O documentário começa com os dançarinos selecionados falando sobre a emoção de estar ao lado do ídolo, apelo emotivo que cresce assim que "Wanna Be Starting Something" começa a tocar. Ao longo do documentário, é fácil perceber que cada detalhe, do figurino aos fogos e efeitos no palco, é cuidadosamente trabalhado.

As clássicas "Thriller" e "Smooth Criminal" ganharam filmagens novas para serem exibidas no telão - um supervisor de efeitos especiais estava lá para essas gravações. "Thriller", aliás, contaria uma aranha mecânica no palco de dentro da qual sairia Michael, já dançando. Por aí se tem uma idéia da dimensão do show. A série de apresentações com ingressos esgotados era para ser inesquecível. E mesmo não tendo acontecido, ficará marcada na memória dos fãs através deste filme.

"This is it" mostra, de maneira contundente, que Michael - o excêntrico Wacko Jacko - estava em plena forma para enfrentar os 50 shows agendados. Houve quem dissesse que o artista não poderia agüentar tamanha carga por causa de sua frágil saúde. Não é o que se vê em "This is It" - Michael aparece disposto, com seu requebrar de ombros, passos e molejo característicos. Tudo sem perder o fôlego. Michael também aparece bem humorado e modesto, mas sempre detalhista. E distribuindo “Deus te abençoe” e “amo todos vocês” para toda a equipe.

Das cerca de 100 horas gravadas durante os ensaios e produção do show, 01h40 foi selecionada para formar um resumo do último projeto do artista. E ele, junto a uma imensa equipe, se dedicou com afinco para preparar o que seria sua despedida dos palcos. Não seria um show qualquer, seria 'o' show. This is it.

sábado, 13 de fevereiro de 2010

O negócio tá bom!!!!!


Meu vizinho do primeiro andar dormiu na minha porta. O detalhe é que eu moro no terceiro.


sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

No Saara tá mais fresquinho

Quente como o amor
Por Antonio Siqueira





A Cidade do Rio de Janeiro atingiu hoje, pelo terceiro dia consecutivo, a segunda temperatura mais quente do mundo. A capital de Gana, Acra, teve cravada em seus termômetros 46,6º com sensação termica de 59.2º, enquanto o Rio atingiu 42.7º com sensação termica de 52º. A tribulação é evidente, eu queria mesmo era saber como os ganeses se viram com pouca água. Aqui com esse Atlântico todo já é complicado, com água em abundância (se comparado à Acra) e cerveja a preços cômodos. Daniel falou sério e João, ao que me parece, não estava de sacanagem quando mencionou em suas profecias na Ilha de Patmos, fogo despencando do céu. O Planeta está assando literalmente!

Hoje pintou o pôr de sol mais lindo que já vi nesta cidade. O mar abraçou um horizonte alaranjado e as núvens se abriram em cor de chumbo para que o dia fenecesse com a temperatura do amor. Senti na ponta da língua os átomos deste plano. O mundo se esconde por de trás de suas tragédias... uma canção de amor... O verão é assim; parece que vai nos matar calcinados, mas no fim das contas, é a temperatura do amor, é o motor de toda paixão que ferve no coração do país.

Amanhã, um dos blocos mais charmosos do carnaval carioca contemporâneo, o Simpatia é Quase Amor sai da Praça General Osório transmitindo um astral sem igual para a turma que gosta de um carnaval de rua. 40 graus registraram no Deserto do Saara hoje. O Saara é bem mais fresquinho. Só que o SIMPATIA é calor e paixão em estado de ebulição. Que o carnaval carioca renasça com o verdadeiro espírito carioca! Quente como o Amor!



Desfiles do Simpatia


Local: Praça General Osório na Rua Teixeira de Melo (em frente ao Belmonte) - Ipanema - 15:00hs

10/02/2006 – Sábado


18/02/2006 – Domingo


marizoca, eu te amo





segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Por onde andarás?

O "Bem te vi", PAULINHO PEDRA AZUL
por Antonio Siqueira








Paulo Hugo Morais Sobrinho, o Paulinho Pedra Azul, é um cantor, poeta, artista plástico e compositor brasileiro nascido em Pedra Azul, no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, no dia 3 de agosto de 1954.

Sua carreira artística teve início por volta dos 13 anos de idade, inicialmente com as artes plásticas. Enveredando pela música participou de um conjunto chamado “The Giants”, em que trabalhou com Rogério Braga, Mauro Mendes, Marivaldo Chaves, Salvador, Edmar Moreira e André, interpretando canções dos Beatles, The Fevers, Os Incríveis, Erasmo e Roberto Carlos, dentre outros.

A partir do final dos anos 1960 participou de festivais regionais de música e de poesia, tendo realizado inúmeros shows em cidades do interior de Minas Gerais. Nos anos 70, mudou-se para São Paulo onde morou por dez anos, período no qual trabalhou com o cantor, humorista e ator Saulo Laranjeira, também oriundo de Pedra Azul. Retornou depois para Minas, se fixando em Belo Horizonte onde até hoje reside.

Durante o tempo em que viveu em São Paulo gravou seus três primeiros discos. O LP de estréia fez grande sucesso com a canção que lhe dá o título: "Jardim da Fantasia", popularmente conhecida como "Bem-te-vi".

Com um estilo que varia do romântico à MPB, fortemente influenciada pelo Clube da Esquina, e com algumas composições de chorinhos, Paulinho Pedra Azul tem 19 discos gravados, a maioria deles independentes, tendo vendido cerca de 500 mil exemplares de toda a sua obra. É também autor de 200 telas a óleo e acrílico e de 15 livros, dentre eles “Delírio Habanero - Pequeno Diário em Cuba”, escrito durante visita à ilha de Fidel Castro.

Apesar de não ser um constante freqüentador da mídia de massa, Paulinho Pedra Azul consegue ser conhecido por um segmento específico que envolve principalmente universitários. Pesquisa feita pela AMAR (Associação de Músicos, Arranjadores e Regentes), o destacou como o segundo cantor mais conhecido de Minas Gerais, perdendo apenas para Milton Nascimento.

A sua canção mais conhecida é "Jardim da Fantasia", que, segundo o próprio Paulinho, á apelidada de Bem-te-vi. A música teria sido feita para uma noiva falecida do compositor, mas ele nega isto. Paulinho é um dos melhores compositores de sua geração. Tive o privilégio único de conversar e tomar uns drinks com esse ser humano fantástico na Ilha Grande, Litoral do RJ, lá pelos idos de 1996.

DISCOGRAFIA DE PAULINHO

Jardim da fantasia (1982) BMG/Ariola LP
Uma janela dentro dos meus olhos (1984) Independente LP
Sonho de menino (1986) Independente LP
Pintura (1988) Independente LP
Papagaio de papel (1989) Independente LP
Mais uma vez (1990) Independente LP
Paulinho Pedra Azul-10 anos/Coletânea (1991) Independente LP
Uma história brasileira (1992) Independente LP
Quarentena (1994) Velas CD
O Instrumental Encantado (1994) Velas CD
Vivo (1994) Velas CD

Um poema existe e vibra

DA EXTINÇÃO DOS VAGALUMES À REALIDADE DA "FADA VERDE".
Por Antonio Siqueira





Da minha varanda
Vejo as luzes da cidade
Conto as estrelas possíveis
E as imagináveis
Os vagalumes morreram
Tornaram-se lendas
Como os gnomos
Mas a "Fada Verde" é real.

Alucinado? Sim!
Criação e criador se confrontam
Tal como cães confrontam-se por postes
E morcegos sedentos por amêndoas maduras
Maduras como a tua pele, oh mulher das luas de abril.

Manuscrevo um poema
COM UM PIANO AO FUNDO
NO FUNDO DO PLANO
DE UMA NOITE ESPECIAL.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Tempos pagãos

Saturnálias e Sacanagens
Por Antonio Siqueira





Quais serão os seus planos para o Carnaval? Enfrentará estradas e esburacadas? Enlouquecerá dentro de um aeroporto entupido? Ou você, com um pouco de juízo, irá alugar a prateleira inteirinha da locadora mais próxima e ganhará uns quilinhos a mais enchendo a cara de cerveja em casa mesmo? Eu que, como muitos, procuram o “Zensossego” nestes tempos pagãos, ficarei em casa mesmo. Porém, na qualidade de carioca do fundo do ovo, sou de um tempo em que, para alcançar essa paz tão almejada, era imprescindível viajar para bem longe da cidade. O Rio de Janeiro fervia das zonas sul a oeste. A cidade inteira se agitava, as ruas com seus blocos de sujos, de fantasiados, bêbados anônimos e ilustres, os clubes ficavam arrebatados de foliões, associados ou não, à procura de uma folia tresloucada, exaustiva e, muitas vezes, inconveniente, mas que alçava o carnaval carioca ao epíteto de maior festa coletiva de todos os séculos. Eu já fui folião e, há pelo menos vinte anos, separo estes quatro dias para ouvir um bom jazz e conversar com as “fadas”. Eu viajava sempre para alcançar esse momento nirvânico, só que, de uns anos para cá, o inferno mudou de lugar: os balneários (alguns verdadeiros santuários da fauna nativa e da cultura brasileira) e as cidades históricas instituíram seus próprios carnavais. Os habitantes de neuróticas metrópoles como o Rio, resolveram carregar junto consigo seus urbanóides para esses lugares que eram verdadeiros retiros de paz e tranqüilidade. As grandes cidades, assim como o Rio de Janeiro que é o berço do samba e das grandes tradições dos festejos de Momo, diminuíram sensivelmente o seu ritmo. Fenômeno mais que esperado diante de tanta insegurança e violência gratuita. Ficar em casa é menos letal... quase uma terapia.

O carnaval
originou-se de tradições pré-cristãs da Europa e de outros continentes. Alguns historiadores notáveis afirmam que a festa provém de cerimônias em honra ao Deus Egito, mas foi em Roma e na Grécia que o carnaval assumiu suas principais características, mantidas até hoje. Na antiguidade, os romanos celebravam as “saturnálias”, em homenagem a saturno. Eram orgias influenciadas por divindades Greco-romanas como Dionísio e Baco, deuses do vinho e sinônimo de musica, dança e excessos sexuais. A igreja tentou proibir esse festival pagão sem sucesso. Acabou aceitando o inevitável e em 590 o carnaval foi incluído no calendário. O nome carnaval surgiu na Itália no século XIII, mas a expressão “carne levale” é de 695, significando o imposto que os camponeses deviam pagar para realizar a festa.E se esses impostos ainda existissem? Quanto valeria a sua CARNE?


PS: Beba com moderação





Para fiéis que não sabiam ler


O Terço da vovó Cininha
Por Antonio Siqueira




Minha avó Cininha rezava o Terço pela amanhã e ás 18 horas todos os dias e religiosamente. Eu, muito pequeno e curioso, pensava comigo mesmo: "Um dia vou ter um treco desses!". . Um belo dia, vovó Cininha me deu um que guardo até hoje até que descobri a verdadeira origem desse colar e como ele foi associado à religião.

Na verdade, a tradição de rezar e meditar, que se formou a partir das tradições dos monges eremitas dos séculos IV e V, tornou-se comum a partir do século X. No século XIV, os frades dominicanos introduziram o rosário para facilitar a prática religiosa entre os analfabetos e substituir a meditação dos Salmos, celebrada em coro. O rosário é uma enfiada de 165 contas, correspondentes ao número de 15 dezenas de ave-marias e 15 padre-nossos. O nome se deve a um relato popular de um monge que costumava rezar 150 ave-marias de uma forma que saía de seus lábios como rosas que subiam aos céus e se depositavam na cabeça da Virgem Santíssima. O terço, como o próprio nome diz, representa a terça parte desse cordão de orações. O papa Pio V (1566-1572) deu ao terço o formato de hoje, que consiste em 50 ave-marias intercaladas por cinco pai-nossos.

Vovó não era analfabeta, muito pelo contrário: era letrada e muito inteligente, inclusive foi quem me ensinou, de fato, a ler e escrever. Só não teve tempo de me ensinar a rezar o terço, mas deixou um legado de amor, respeito e dignidade para todos os netos. Netos apaixonados, diga-se de passagem e que aprenderam que amor de Avó também é único.

Texto dedicado ao amigo Celso Lins. Agora vai, mano?

Como Afinar Um Violão
Por Antonio Siqueira




Se você ainda acha complicado afinar um violão, leia com atenção este artigo. Parece ser difícil, mas você vai ver que é bem fácil. Coloquei um link no final para você assistir ao vídeo onde é demonstrado tudo que será explicado.

Para que possamos executar acompanhamentos de forma correta fazendo com que a música chegue de forma harmoniosa aos nossos ouvidos, é fundamental que o instrumento esteja devidamente afinado.

Ao contrário do que muita gente pensa, afinar um violão não é “bicho de sete cabeças”, basta termos a sensibilidade de ajustar a 5ª corda do instrumento correspondendo à nota Lá quando tocada solta. A partir daí temos a referência para afinar as demais cordas da seguinte forma:

Tocamos a 6ª corda pressionada na 5ª casa e esta tem que ter o mesmo som da 5ª corda tocada solta.

Tocamos a 5ª corda pressionada na 5ª casa e esta tem que ter o mesmo som da 4ª corda tocada solta.

Tocamos a 4ª corda pressionada na 5ª casa e esta tem que ter o mesmo som da 3ª corda tocada solta.

Tocamos a 3ª corda pressionada na 4ª casa e esta tem que ter o mesmo som da 2ªcorda tocada solta. (Observe que esta corda foi pressionada na 4ª casa e não na 5ª como as demais)

Tocamos a 2ª corda pressionada na 5ª casa e esta tem que ter o mesmo som da 1ª corda tocada solta.

Para quem não tem experiência e ainda não consegue ajustar a nota Lá na 5ª corda tocada solta, existe um dispositivo semelhante a um “apito” chamado diapasão. Ele é usado para reproduzir a nota Lá através de um sopro, e aos poucos vai se ajustando o som da 5ª corda do violão, até que ele fique igual ao som que se ouve desse dispositivo. Existem também os afinadores eletrônicos que facilitam ainda mais nesta tarefa.

Quando você se tornar experiente e tiver com os ouvidos apurados, não precisará mais desses dispositivos, pois será capaz de perceber essas notas naturalmente.