terça-feira, 18 de outubro de 2011

Um poema ainda existe e está muito além do longe

Longe
 Por Antonio Siqueira


Foto: Dayana Fontenelle























Nasci para te amar
É a minha única certeza
Sigo o sol
As folhas das vinhas do Pacifico
Mar que não é calmo
Oceano de frias correntezas
Mas que se aquece ao sentir seu toque
E ao tocar o mar, toquei o teu corpo
Em terra
Me fiz raiz
Arvore, fruto e flor
Separei com as mãos o teu coração da terra úmida
Tuas entranhas
Tua boca
Teu sorriso
Paralelo constante dos meus dias
Nasci tarde
Pois quando me fiz homem
Tu já eras a mãe de todas as manhãs
Aprendi a amanhecer sem os teus cabelos em meu rosto.
Nasci para te amar
E a minha única certeza
É a de que o meu sono vela o teu
Mesmo longe
Jamais me sentirei só
Até o último pulsar.


Foto: Dayana Fontenelle

6 comentários:

Anônimo disse...

O amor produz poetas
Que produzem obras-primas
Que produzem novos desejos ardentes
Que produzem amores
Que reproduzem seres
...E a vida é um ciclo
De amores, poetas, poesias e GENTE!

VOCÊ É MARAVILHOSO!

Luana Campanelly - Belo Horizonte

mariza lourenço disse...

a Luana disse tudo!

mas como eu adoro escrever e escrever vai além dos 'pitacos' ocasionais, não resisto e complemento: Poema lindo que bem vale uma música de igual estatura. o amor é um entranhamento que revela poetas, dobra joelhos, e nos assombra o tempo todo. e a poesia assombra tanto quanto o poeta que a revela.
não há nesse poema maravilhoso um só verso que não arrepie, que não nos faça indagar ao poeta, o caminho a ser seguido para alcançar o sol. é lá que se esconde o amor?

viva você. e a poesia.
e, também, o amor. a causa de tudo.

beijo.

Antonio Siqueira disse...

Comovido demais com suas palavras, Marizinha! Nada como uma escritora de ofício divino, nada como a opinião de uma sumidade literária. Sem palavras...
Lu é uma amiga que achava que eu não existia até pouco tempo. E eu achava que alguém tão especial como esta jovem (que vai casar com um rapaz maravilhoso)também fosse lenda; Quebramos a cara, graças ao astral.

Dostoievsk dizia que "o amor é mestre, mas é preciso saber adquirí-lo, porque se adquire dificilmente, ao preço de um esforço prolongado; é preciso amar, de fato, não por um instante, mas até o fim". Se ser poeta é amar assim, já me considero um.

Beijos pra vocês

Anônimo disse...

Que coisa maravilhosa!

Unknown disse...

O teu poema lembra Neruda e suas belas imagens. Gostei muito de conhecer o teu espeaço...

Antonio Siqueira disse...

Com certeza, Maíra; Neruda passeia influenciando fortemente a obra de muita gente, inclusive a minha.
Obrigado pelo comentário e pelas palavras de incentivo.
abreços

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