sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Um poema ainda existe e fala de saudade




Também sentimos saudade do que não existiu 
Por Antonio Siqueira



By Space Blog




















A ausência diminui as paixões medíocres e eleva as paixões verdadeiras
Assim como o vento apaga as velas,
Mas atiça as fogueiras.
A ausência torna o coração mais amante.
A saudade precisa da distância para crescer.
Debruço-me na sua ausência
Como se o vazio fosse dotado
De ombros largos
Cor
Calor
E pudesse me ouvir ao relento a roçar o ponto mais sensível
Da imensa falta que você me faz.
Conservar algo que possa recordar-te
Seria admitir que eu poderia esquecer-te.
Também temos saudade do que não existiu...
E dói bastante.


6 comentários:

Anônimo disse...

Agora leio, sinto, as lágrimas rolam...
Você exagera, mas é fantástico.
Um beijo

Luana Campanelly - BH

Anônimo disse...

Sem palavras...ainda mais ao som de Rod... "^^"

mariza lourenço disse...

saudade, se não existisse, não teria a menor graça. não nos faria pensar no passado ansiando por um encontro no futuro. taí a beleza dolorida da saudade que a gente sente. que nunca passe, são meus melhores votos.

o amor, afinal, também precisa disso.

e seu poema, de uma beleza doída, é a tradução perfeita de um estado da paixão.

viva você, Antonioni!

beijo.

Dayana disse...

Lembra do "A Poesia te Abraça"? Pois é, Antonio; aqui em Berlim existe há 5 anos o "Poetry in den Straßen". Poetas e amantes da poesia recitam nas ruas. Eu estou imbuída em traduzir alguns poemas seus e eu mesma recita-los nos eventos diários. Vou pedir ao Voghan para filmar e publicaremos no Youtube. Você está nos brindando com maravilhosas pérola do seu arquivo pessoal, amigo.

Ein Kuss für dich

Day

Anônimo disse...

Junto à noite escura
gerou o homem ganância e amargura
Pertencendo só a si,
o poder de suas mãos aniquila o amor,
encontrando comodidade e dor.
Mas um novo dia nasceu
e com ele a flor do bem floresceu.
Dia pleno de verdade.
Não é sensação vulgar a compaixão de Deus.
Sandra Britto

Anônimo disse...

És, de fato, um poeta brilhante!
Viva você mesmo, Antonioni (nome de homem brilhante)

Maria Estela-Belford Roxo-Rio de Janeiro

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