segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Notas & Notáveis e jornalistas atrapalhados


Recriando um clássico


Violeta de Outono
      Para quem viveu e curtiu o grande momento criativo dos dourados anos 1980 do rock nacional, uma news muita interessante: O Grupo Violeta de Outono, formado por Fabio Golfetti (guitarra e vocal), José Luiz Dinola (bateria), Gabriel Costa (baixo) e Fernando Cardoso (órgão Hammond e piano) recria no Palco do SESC Belénzinho no próximo no dia 14 de agosto, domingo, às 18 horas, o clima hipnótico que os colocou em evidência, tocando na íntegra seu primeiro LP, homônimo, de 1987, com os instrumentos originais utilizados nas sessões de gravação. O Violeta de Outono desenvolveu uma sonoridade particular ao misturar as tendências da época à psicodelia de Pink Floyd e Beatles.

       O disco "Violeta de Outono" (RCA), traz os hits "Dia Eterno" e "Outono", além de “Luz”, “Noturno Deserto” e “Tomorrow Never Knows”, aclamada versão para um hino psicodélico do quarteto de Liverpool.

        Recentemente, a banda lançou o CD “Volume 7” e também a versão remasterizada do 1º LP (1987) com faixas bônus.


Alivio

      Foi recebida com entusiasmo imediato e um certo alivio por músicos de todo o país, a notícia da decisão que desobriga filiação à entidade de classe, tomada pelo Supremo Tribunal Federal em resposta a uma ação em Santa Catarina na segunda-feira (1º) que demorou a chegar aos principais beneficiados. Não há mais obrigação de vínculo com a OMB (Ordem dos Musicos do Brasil).
É melhor caminhar sozinho do que extremamente mal acompanhado, não é mesmo? “Dormir” com o inimigo é muito perigoso.


Deselegancia, falta de educação
ou falta de ética profissional





     Uma nota pessimamente redigida pela colunista Raquel Faria, no ultimo dia 3 na coluna que mantém no Jornal O Tempo de Belo Horizonte, causou um rebuliço enorme entre os fãs de Beto Guedes e do Clube da Esquina no Facebook. Intitulada “Clube Vive” e mencionando a inauguração do teatro de BH, Sesc Palladium, anunciando a reunião no palco de todos os remanescentes e criadores do movimento que foi o divisor de águas da MPB contemporânea, a notinha infeliz afirmava no fim do pequenino texto, que o mesmo Beto Guedes não compareceria ao grande espetáculo por ter abandonado os palcos devido à problemas com o álcool. Uma mobilização extraordinária capitaneada pelo escritor e compositor, Marcio Borges, ganhou formas gigantesca e deve ter acabado com a semana da inconveniente colunista, que chegou a publicar uma nota da assessoria do artista, mas que não acalmou nem um pouco os ânimos dos clubeiros, sempre ávidos por defender os interesses de seus prediletos. No fim da infeliz notinha de jornal de colégio secundário (alguns bem melhores que a coluna da jornalista em questão), Raquel escreve que “A ausência sentida será de Beto Guedes, um artista brilhante que, lamentavelmente, o álcool afastou dos palcos e dos fãs.” De fato, foi irresponsável, sem fonte segura, haja vista que a agenda do artista está lotada até o começo de setembro. Nem se deu o trabalho de consultar o site www.betoguedes.com.br mantido pela produção do artista e que traz informações atualizadas da agenda de shows. Recentemente Beto fez um show épico na cidade de Lumiar, que empresta o nome à uma das composições mais famosas de sua obra.

     Essa confusão toda rendeu uma ‘Carta Aberta’ redigida por Marcio Borges e publicada na internet como manifestação de repúdio em nome de familiares e amigos do bom mineiro. Vivemos num momento de tolerância zero, de fato. Desconheço se foi ou não maldade desta senhora, mas quaisquer erros primários, qualquer 300 caracteres mal redigidos, podem detonar uma ‘ogiva atômica de problemas. E nunca é tarde para aprender, Dona Raquel, que a pressa e a intuição (maldosa ou não) não são bons parceiros de trabalho para um jornalista e ter uma coluna é uma responsabilidade enorme. Essa loucura toda abre outra discussão: Atualmente, o jornalismo oscila entre a imagem romântica de árbitro social e porta-voz da opinião pública e a de empresa comercial sem escrúpulos que recorre a qualquer meio para chamar a atenção e multiplicar suas vendas. Até onde isso pode chegar? Qual o limite para a informação?
Toma juízo, Raquel Faria!


* O nevoeiro estava tão intenso sobre o Rio que fez com que muita gente saisse mais tarde para trabalhar por total falta de visibilidade nas vias da cidade.

* O vídeo que ilustra a coluna "Notas e Notáveis" é uma homenagem ao Beto Guedes, um cara imune, naturalmente, a qualquer maldade. Um video de uma matéria editada pela Rede Record em 2007, na revista eletrônica semanária Domingo Espetacular. Beto tem uma obra memorável na história da MPB moderna e merece o nosso respeito, gostando-se ou não de sua musica.





3 comentários:

Anônimo disse...

Ela foi maldosa sim, existe um ranço que prefiro não tecer detalhes. Pura implicância, mas existe. Beto Guedes não faz mal a ninguém e não deve explicações de seus atos.

Por outro lado, queria mais informações sobre essa banda, a "Violeta de Outono", cultuada nos anos 80.

Luana Campanelli - BH

Anônimo disse...

Beto Guedes abriu e reescreveu a uma das folhas mais bonitas da MPB. Respeitem este homem!

Marcelo

Dayana disse...

A princípio achei absurdamente exagerada a carta aberta do Marcio Borges, asm uma parte desso: essa jornalista era amiga pessoal dele. Então é pessoal. Dane-se essa senhora. O artista não merece isso.

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