sábado, 25 de junho de 2011

'Minas em Concerto' - Reliquias no baú do tempo


Minas Cinco Estrelas

Por Antonio Siqueira


Se houve um show que marcou para sempre, esse show foi o antológico “Minas em Concerto”; que contou com a reunião de cinco ilustres mineiros que contribuíram cada qual com a sua ideologia musical, para que uma revolução sonora fosse imposta à MPB contemporânea, entre os anos 70 e 80 do século que passou. Beto Guedes, Lô Borges, Toninho Horta, Wagner Tiso e Flávio Venturini (acompanhados pelo sensacional baixista Paulinho Carvalho e pelo fenomenal baterista Neném), levaram o movimento “Clube da Esquina” para o Brasil de uma geração que começava a respirar os primeiros ventos de uma democracia confusa, porém revitalizadora. Esse show viajou o Brasil por Belo Horizonte, Rio, São Paulo e Porto Alegre e deixou uma saudade imensa e uma sugestão da própria razão para que tal evento se repita.

Cada um desses musicos já tinham  suas próprias tragetórias, cada um, uma obra magnífica e uma história bonita para contar. A ausência de Milton Nascimento foi bastante sentida na época. Milton, que com Lô e Marcio Borges, Tiso, Beto Guedes e Toninho, germinaram os primeiros acordes do movimento, fez apenas um show com o quinteto de feras em Belo Horizonte, numa das primeiras apresentações, no inicio da turnê. O ano era 1988, o Brasil  andava arcaico de tudo _inclusive de humor_ por conta de alguns desastres que precederam a transição de Governos, mas a musica brasileira vivia um de seus momentos mais criativos.

 Flávio Venturini, Beto Guedes, Wagner Tiso, Toninho Horta e Lô Borges













A internet se demonstra amiga nessas horas; há alguns minutos, navegando pelo FB, percebo uma foto compartilhada a partir do álbum e do perfil do Maestro Wagner Tiso. Tomei a liberdade de posta-la aqui, pois um dos objetivos deste espaço é a preservação da memória artística e cultural de nossa civilização. O Brasil é um país de controvérsias apavorantes é verdade; Em compensação sempre teremos  essas pedras preciosas, gire o mundo para onde for. O poeta esperava que um grande país surgisse do fundo da noite e não era utopia.


Minas em Concerto - Clube da Esquina Nº 1





*A  imagem que ilustra o post  pertence ao arquivo do Maestro Wagner Tiso.

12 comentários:

Letícia Palmeira disse...

Bom que esteja arquivando nossa memória musical, Antonio. Não tive a chance de ver todos esses músicos juntos. Mas estive em um show do Cazuza e também da Legião Urbana. Não esqueço quando o Renato começou a cantar Ainda é cedo. Foi perfeito.

Anônimo disse...

Que post magnífico, meu caro!
Cheio de nostalgia da melhor qualidade.

abraços

Eloy

Maria Valéria disse...

Muito bom, Antônio, valeu!

Abraço,
Maria Valéria.

Anônimo disse...

Agradeço sempre o carinho e reconhecimento da beleza da musica mineira, Antonio.
Seu blog é a casa da arte.
Um grande beijo.

Luana Campanelly - BH

Celso Lins disse...

só maluco bão!

Dayana disse...

Much love.

Anônimo disse...

A musica desses caras faz parte da nossa vida e eu amo a musica do Lô Borges.

Marcelo

blogdoclubedaesquina disse...

Antônio, belo texto.

Boa lembrança esse show "Minas em Concerto" eu estive lá e posso dizer que nada ficou como antes.

Abraços

Pedro Rossi

Anônimo disse...

Vi esse show 3 vz!! E qtas vz tivesse a chance! Inesquecível! Foi realmente fantástico ver essas 'feras' reunidas...agradeço à Deus ter vivido momentos únicos e os melhores da MPB!!

Rose Mirian disse...

Minas tem um quê que não consigo entender, mas senti-lo já me basta. Esses meninos poetas, uma óbvia paixão também dos paranaenses :))) Abraço, Antonio. Rose

Anônimo disse...

Estive neste encontro no Rio por duas vezes: no Tijuca Tênis Clube e no Canecão. Foi um show inesquecível. Houve um projeto em seguida bem parecido que contou com a participação do Zé Renato no Palácio das Convenções do Anhembi. Neste infelizmente não pude comparecer. Ô tempo bão!

Luciano Vasconcelos disse...

Ainda bem que esta turma maravilhosa não deixou Salvador de lado. Eles também estiveram aqui, onde fizeram um mega show na Concha Acústica do Teatro Castro Alves. Estou estava lá!

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