quinta-feira, 26 de maio de 2011

Falar de amor não é tão simples como se pensa...




  O amor à curitibana
       Por Antonio Siqueira

A Banda mais bonita da cidade























Falar de amor é complicado, falar de amor é perigosomente consensual, falar de amor é brega, é antiquado, é careta; porém ninguém sobrevive sem o desgarrado e imprevisto amor. Todo mundo tem, nem que seja bem escondidinho, uma poção de amor dentro de si, por mais camuflado que este esteja. Oscar Wide já dizia: "O amor deveria perdoar todos os pecados, menos um pecado contra o amor. O amor verdadeiro deveria ter perdão para todas as vidas, menos para as vidas sem amor". Pois bem, Amor pode significar afeição, compaixão, misericórdia, ou ainda, inclinação, atração, apetite, paixão, querer bem, satisfação, conquista, desejo, libido, etc. Um vínculo emocional com alguém que possa retribuir o mesmo. Ninguém consegue se esconder sob o manto do ceticismo por muito tempo, por mais que banalizem ou tentem desmistificar o dito Amor a todo o momento. E cantar o amor, tem lá as suas vantagens e delicias, porém esbarra num modernismo incompreensível que enaltece a maldade e sepulta os bons sentimentos.

Eis que a internet nos apresenta A Banda mais Bonita da Cidade. Um grupo de musica alternativa criado por jovens de Curitiba que em pouquíssimo tempo fez um sucesso estrondoso nos canais de vídeo e radio em toda web e que também gerou o mesmo volume de críticas, anedotas, sátiras maldosas e muito escárnio. As canções são muito bem elaboradas. Apesar dos meninos abusarem da repetição de refrões e modulações alteradas apenas por transporte de tons ascendentes, o trabalho de Uyara Torrente (vocal), Vinicius Nisi (teclados), Rodrigo Lemos (guitarra), Diego Plaça (baixo) e Luis Boursheidt (bateria) é novidade boa, é musica de qualidade e, como eles mesmos definem: “Um grupo de composições curitibanas. De construção, desconstrução e reconstrução de arranjos, de instrumentos”. De fato, não são instrumentistas virtuosos, mas a simplicidade e a candura de suas composições foi o que embeveceu em beleza ímpar canções como “Oração”, “Boa Pessoa” e “Canção pra não voltar”.

No meu caso, essa novidade fez-me voltar no tempo e recordar uma juventude que eu tive e com pessoas valorosas. Se os valores estéticos são tão anormais, que essa divisão de tribos e mundos seja, ao menos, ética. O Novo tem esse poder de encantar e espantar as pessoas e “A Banda mais Bonita da Cidade” que o diga. Além de ser prova de que esse fenômeno existe, é bonita mesmo, como o nome a define tão bem.



Oração - A Banda mais Bonita da Cidade





*Reparei, principalmente, no detalhe do cãozinho no colo do baterista.

3 comentários:

Anônimo disse...

Esses meninos são maravilhosos, são bonitos de ser ver, cantam lindamente e transmitem uma mensagem que contem alguma esperança de que ainda existe algo de bom para se viver. Essas criticas todas são reflexo do que vivemos atualmente, esteja certo.

Esse blog é maravilhoso

Martha Sandroni - SP

Anônimo disse...

Eu acanei assistindo a uns 6 vídeos dessa turma. Antonio, esse ambiente não lhe faz lembrar daqueles longos ensaios na sua casa? Muito legal esse som deles...Me fez viajar no tempo!

Tive que comentar como ANÔNIMA, pois há dias o seu blog não aceita meus comentários a partir do meu login; não me identifica.

Beijo grande

Dayana

Anônimo disse...

Eles são muito fofos, trazem uma mensagem maravilhosa e não tem nada de bregas! O mundo é que está uma lata de lixo mesmo!

Drica Oliveira

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