terça-feira, 24 de agosto de 2010

Poemando...

O que a alma não compreende
Por Antonio Siqueira
















Oh solidão
No teto a expressão da face do nada
A atmosfera pulsa em minhas pálpebras
E as paredes comprimem o meu silêncio
Esse apartamento tornou-se labiríntico
E a calçada do outro lado da rua,
A minha highway mais primitiva.

À noite os morcegos são ágeis anfitriões
E as aranhas procriam tranqüilas
No teto que me abriga
Ângela, a lagartixa, me parece intima.
Até um vagalume salvou-se da extinção e aqui fez morada

Oh sim
A solidão é um bem desnecessário
Um livro é amigo mais sincero que o amor
Aquele que sempre atinge os limites dos meus lençóis
Só que meus olhos não compreendem ainda
Que é preciso estar só

2 comentários:

Anônimo disse...

Meu amigo, o poema e a ilustração estão fantásticos. Muito louca essa da lagartixa.

André

Julio disse...

Bom pra mandar pra mulher amada, mas tira a lagartixa, uahsuahsuahsuahsuahsa!!!!

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