terça-feira, 22 de junho de 2010

Copa 2010...por que futebol também é ARTE...

A Seleção Brasileira que 
não é a da REDE GLOBO. 
Por Antonio Siqueira 


 



             Comprometimento e coerência. Foi com estas palavras que o técnico Dunga definiu os 23 escolhidos para representar a Seleção Brasileira na Copa do Mundo da África do Sul, há quase dois meses; "Minha coerência é com os fatos", bradou e esbravejou o revoltado técnico da Seleção Brasileira. Talvez no limite de um estresse que já se arrasta por longos 20 anos. Dunga foi execrado após a derrota de 1x0 para a Argentina de um já decadente Diego Maradona, na Copa de 1990 na Itália. Mas esse rótulo maldito, o “Anão” deve ao histriônico e egocêntrico, Sebastião Lazzaroni. Mestre na arte de “bostejar” palavras de adequações duvidosas e teorias inexplicáveis até hoje, como a importância de galgar parâmetros, Lazzaroni desapareceu. Passou. Ficou lá atrás, junto com aquele bando de mercenários que resolveram (parte deles) jogar a Copa de 1994 como homens e não como moleques, como na edição de 1990. O Brasil foi tetra campeão 20 anos depois do tri de 1970. Dunga foi festejado como o capitão do Tetra. Dunga era um vencedor, finalmente. 

Esta Copa não apresentou nada de excepcional até agora, a não ser a capacidade  e a genialidade inquestionável de Leonel Messi, a categoria e habilidade de Robinho, a força física e a impressionante aplicação de Maicon  e o Golaço de Luis Fabiano. Assim mesmo, pouca coisa. A nossa seleção sempre entrará em um mundial sendo cobrada e tendo que apresentar novidades. Genios como Messi não temos, mas temos um time que ganhou tudo que disputou nesses últimos quatro anos e com Dunga no comando. Domingo, contra a Costa do Marfim de Didier Drogba _que acabou assinalando o primeiro gol africano sofrido pelo Brasil em Copas e o primeiro dele, Drogba, numa copa, também_ o Brasil jogou o que tem jogado quando a coisa é seria, desde que Dunga assumiu. O mesmo volume de jogo que passou por cima de Italia, Argentina, Portugal e Alemanha como um rolo compressor. Seria muito injusto massacrar Dunga com todo esse retrospecto. O episódio desagradável envolvendo o repórter da Rede Globo,  Alex Escobar,  lançou-o aos leões novamente, só que desta vez com apoio da opinião pública que, de maneira osmótica, vai descobrindo que a Rede Globo não é tão “Tudo a ver assim".   Dunga foi grosso, sim. Mal educado, esculachante e de péssimo exemplo. Mas seu trabalho, até agora, é impecável, queiram ou não. O fato é que a Rede Globo (na minha pífia e elucubração ótica, Rede “Corno”, bem apropriadamente) e seus papagaios não econseguem influenciar como antes nas estatísticas e, eventualmente, na filosofia de trabalho da comissão técnica. Isso, com certeza, deve estar causando mal estar na direção de jornalismo da emissora. Rapidamente arrumaram uma nota para o jovem notável Tadeu Schimith, talentoso, porém, funcionário mandado, manifestar no ar, ao vivo e no Fantástico, o repúdio da Central Globo de Jornalismo.



Pessoalmente, não só eu, mas milhões de indivíduos acham Dunga insuportável. E é mesmo. Mas eu gosto da seleção dele. Não é a seleção dos sonhos, mas é muito melhor que a de 2006. Mais aplicada, menos comprometida com a mídia, menos "salto altista", menos vendida, menos "Roberto Carlista", enfim; existe um empenho enorme e Dunga, com certeza, convocou os remanescentes certos daquela. Copa da Alemanha. Passaram pela experiência de perder para França por duas vezes e em menos de 2 copas inteiras. Essa turma que está na África é menos mundana e mais racional. São jogadores que se destacam em absoluto na Europa e têm a reputação, a competência e a seriedade devidamente reconhecidas em seus Clubes. Até o Robinho está menos sandeu, menos babaca. Acho que se transformaram em homens sérios e tomaram para si o espírito guerreiro do seu líder técnico, tetra campeão mundial, ex capitão da aguerrida seleção de 1994 e da "convulsiva" seleção de 1998.


Dunga pode ser um "carroceiro", mas acertou em tudo até agora. VENCEDOR! Eu é que sou implicante e o acho antipático demais. Ele, pessoalmente, é o próprio anticristo, sem exageros. Arredio demais desde os tempos de Vasco da Gama. Porém, Dunga prima pela aplicação de um trabalho sério e fechado. Isso já vale pelas boas intenções e o gaúcho enfezado é sempre foi um obreiro do esporte que defende.

Redde caesari quae sunt caesaris et quae, o quanto antes e não te arrependerás, torcedor.




3 comentários:

Celso Lins disse...

Perfeita a menção que vc fez a partir de um comentário da Mariza Lourenço. mencionado em latim para ficar bem nojento. Nojento como o que o Lazzaroni fez com esse cara, nojento como a mídia da TV Globo. Dunga sempre foi sacal, mas é sim, disciplinado, aplicado e sério. O futebol brasileiro agradece.

Celso

Anônimo disse...

Beleza meu amigo Antônio. De fato o Dunga foi/é grosso, mas olha que a sua atitude (a dele), acho, representa a vontade de boa parcela de brasileiros. Concedamos a ele a "licença poética" de deitar o pau nos seus poderosos desafetos (mas se perder a copa, tá fu...zilado!). Abrasss Lúcio André Paiva

Anônimo disse...

Dando a Dunga o que é de Dunga JÁ

INÁCIO PLAYSSON

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